Tarde fria, coração vazio

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☆ Notas: nossa, faz tanto tempo que não posto uma fanfic nova aqui que é até estranho dsjkldsjal oi, gente! Como vocês estão? Sejam bem-vindos a minha filha caçula, Voz singular!!! É uma shortfic de sete capítulos que já está concluída e, por isso, as atualizações serão bem rapidinhas. Ela estava sendo postada em um projeto que eu participava, mas o projeto encerrou e agora vou postá-la aqui no meu perfil. Espero que vocês gostem. Por favor, deem muito amor e carinho a ela, essa fanfic é muito especial para mim e espero que acabe sendo para vocês também <3 Boa leitura!

☆ 

Jeon Jeongguk tinha a ligeira impressão que estava passando pela fase mais medíocre da própria vida e o pior de tudo é que ele simplesmente não sabia como mudar.

Olhando para a foto de bloqueio da tela do celular, o jovem suspirou desanimado. Estava preso naquela ação repetitiva há vários minutos, elevando o próprio comportamento a níveis preocupantes de autodepreciação. Nunca se sentira tão patético quanto no último mês e não sabia como mudar, como reagir, mudar o foco dos pensamentos e superar.

— Jeongguk-ssi! Jeongguk-ah! — O moreno levou um susto com o timbre impaciente do colega de trabalho chamando-o. O celular que estava em suas mãos quase escorregou para o chão e, ao levantar a cabeça, encontrou Min Yoongi em cima de uma escada pequena, tirando a poeira dos discos que ficavam na divisão mais alta da prateleira. Aqueles eram os discos que menos vendiam e Jeon Yuseon, a dona da aconchegante loja de discos vinis, vinha tentando usar a estratégia de colocá-los em lugares mais visíveis para atrair a atenção de compradores. Mas não era como se houvesse muitos sul-coreanos fãs de country americano dos anos 80, então Jeongguk desconfiava que os vinis continuariam ali por muito tempo.

Yoongi apontou com o queixo na direção da entrada e, ao olhar para trás, o mais novo notou que tinham clientes. Suspirou baixinho outra vez, sentindo-se mentalmente cansado e enfiou o celular no bolso traseiro da calça, tratando de colocar um sorriso mecânico no rosto antes de se aproximar.

Era um casal procurando duas cópias de um álbum do Fleetwood Mac. Eles pareciam novos, mas Jeongguk não conseguia afirmar a idade com precisão. Nunca dava para acertar a idade dos sul-coreanos só pela aparência.

— Só temos uma cópia de Rumors disponível — informou após voltar do pequeno depósito para confirmar suas suspeitas. Abriu um sorriso sem graça na direção do casal, a mulher de cabelo tingido de ruivo avermelhado imediatamente colocou um bico frustrado nos lábios. — Sinto muito.

— Bom, nós vamos querer — respondeu ela, com um sorriso educado no rosto. — E a cópia vai ficar comigo, obviamente.

— Quem é que decidiu isso? — O namorado perguntou, parecendo incrédulo com a mulher. Jeongguk pensou que aquela era uma ótima hora para se afastar, mas antes de qualquer coisa precisava informar o valor do disco e perguntar a forma de pagamento. Nenhum dos dois lhe deu a chance, entretanto, de prosseguir com a venda, uma vez que iniciaram uma pequena discussão bem ali, na frente do vendedor.

Sinceramente? Jeongguk não achava que a mãe o pagava suficiente para situações como aquela.

— Ora, Jinwoo-ah, eu sou sua namorada. Não seja grosseiro.

— Bem, talvez você deva ser minha esposa. Assim não vamos precisar de duas cópias. Tudo que for meu, vai ser seu, e vice-versa.

Houve uma pequena pausa muito constrangedora na qual Jeongguk desejou ter habilidades mutantes de sumir e evaporar no ar, mas é claro que apenas desejar algo fortemente não funcionou. Ele continuou congelado no local, o coração batendo acelerado parecia absurdo, afinal, nem era ele quem estava sendo pedido em casamento!

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