Capitulo 3

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Dormi até meio dia Clara me ligou para me acordar, se não fosse por ela eu ia direto.

-Mama vou fazer nosso almoço!-digo vendo ela sentada na sala assistindo TV.

-Quer ajuda minha filha?

-Não precisa, quando estiver pronto eu te chamo.

Entro na cozinha e começo a preparar nosso almoço. E depois de almoçarmos juntas tomo meu banho e espero dar minha hora de ir trabalhar.

Assim que Clara chega me despeço delas e saio pro trabalho, aviso que hoje irei chegar mais tarde então elas não precisam se preocupar.

Chegando ao trabalho começo meu turno, hoje o dia parece que vai ser lotado.

***

-Nem pensando Sofia!-digo a minha amiga.

Ela sempre vem no meio horário quase todos os dias. E hoje ela quer me arrastar pra comemorar meu aniversário em uma das boates do pai dela.

-Não Sofia, não quero comemorar meu envelhecimento!

-Você vai fazer 24 anos Manu, não exagera! E nos vamos sim.

-Não.

-Sim, já combinei com o papa. Vou te buscar depois do trabalho e você vai se arrumar na minha casa.

-Mais Sofia.-tendo protestar.

-Não adianta Manu, vou vim te buscar e vamos comemorar seu aniversário.-o celular dela apita- Tenho que ir!

Ela levanta.

-Problemas no paraíso?-pergunto.

-E isso que vou descobrir. Depois de conto!-ela vem até mim e me abraça.

Depois que ela saiu fui atender outros clientes, hoje a noite vai ser longa e demorada!

Algumas horas depois o movimento aumentou novamente, pessoas saindo do trabalho, alguns jovens com namoradas, pais com crianças. Todos passavam por ali.

A troca de turno ocorreu às 21:00 o horário que eu deveria ir embora. Fiquei mais um tempo ali atendendo alguns clientes e por voltas de 23:00 quando o movimento baixou eu fui fazer uma pausa para o café. Esse é o único jeito de aguentar até as 3 da manhã.

Quando eu volto para a parte da frente tem poucas pessoas

-O que faz aqui?-Tainá uma das meninas que trabalha de madrugada me para.

-Pagando hora, ontem tive que ir embora mais cedo mais cedo.

-Você parece muito cansada.

-Não dormi direito!-digo e escuto a porta atrás de mim abrir- Estou virada.

-Tenho que ir, sentou na minha mesa!-ela diz passando por mim, e eu me viro pra ela- Senta um pouco esse horário e mais tranquilo!

Resolvo então me sentar um pouco no balcão, não a ninguém na minha área de atendimento então posso descansar um pouco.

Fico então desenhado coisas aleatórias no meu bloquinho, mais sabe quando você se sente observada? Eu estava com essa sensação. Levantei meu olhar e não vi ninguém a me olhar, então voltei minha atenção ao bloquinho.

-Mulher o cara que sentou na minha mesa e um gato!-Tainá diz parando ao meu lado, ela entrega o pedido ao Luan- Os olhos dele são penetrantes minhas pernas ficaram igual gelatina, se ele me pedisse qualquer coisa ali naquele momento eu faria.

-Não exagere vai!-digo e rio do comentário dela.

-Se você visse você iria concordar comigo!

Mais então algumas pessoas entram e sentam no meu lado de atendimento.

-Ver seu gato vai ficar para depois, agora tenho trabalho!-digo e me levanto, indo até a mesa e os atendendo.

Pego o pedido deles e levo ao luan também.
Então uma sensação diferente faz todos os pelinhos do meu corpo se arrepiarem, olho pra trás e vejo um homem alto e forte passar pela porta.

-Viu ele?-Tainá para ao meu lado.

-Só vi de costas!-digo.

-Você perdeu a visão do paraíso!-ela diz sorrindo.

-E um pena então!-nesse momento luan volta com os meus pedidos, eu pego e volto até a mesa dos meus clientes e entrego os lanches.

Aquela noite demorou a passar, o movimento foi quase zero. Quando deu três da manhã peguei minha bolsa para ir pra casa.

-Você vai andando?-Tainá pergunta.

-Sim porque?

-E perigoso Manu, pegue um táxi!-ela diz.

-Eu faço esse caminho todo dia, e super tranquilo.

-Não as três da manhã manu!

-Do que vocês estão falando?-luan aparece.

-Ela que ir embora andando. Eu disse que é perigoso.

-Você enlouqueceu?-luan protesta- Pegue um táxi até lá.

-Não vou pagar quase 20 dólares para andar poucos quarteirões. Eu vou andando!-digo.

-Você tem certeza?-Tainá pergunta.

-Tenho! Fiquem tranquilos, eu mando uma mensagem quando chegar.

-Vamos esperar a mensagem!-Luan diz.

Então me despeço deles e saio, a noite está fria. Quando começo a andar sinto o vento gelado bater em meu rosto.

As ruas por onde eu passo estão bem movimentadas, vários bares estão abertos então tem um fluxo alto de pessoas.

Mais a medida que vou chegando em casa isso vai diminuindo, até restar só eu na rua.

Quando estou na esquina da minha casa vejo que a um carro preto vindo atrás de mim, ele anda lentamente. Meu coração começa a disparar de medo.

Começo a andar mais rápido e o carro continua a me seguir, por sorte minha casa está logo à frente. Não corro pra não mostrar que estou com medo, quando me aproximo mais de casa começo a procurar a chave em minha bolsa consigo encontrar rápido.

Abro a porta o mais rápido que posso e entro em casa, trancando a porta subo até o quarto e olho pela janela mais não vejo mais o carro.

-Manu?-escuto a voz da minha irmã.

-Sim, já cheguei. Volte a dormir.

Ela vira pro canto e volta a dormir novamente. Mando uma mensagem a Tainá avisando que cheguei bem.

Já mais calma eu tomo um banho e depois deito em minha cama. Estou tão cansada que durmo quase que imediatamente.

Envolvida com o Perigo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora