Envolvida com o Perigo - Livro 1

Capitulo 17

-Como e que é?-Clara diz- Se mudar? Casar? O que aconteceu Manu?

-Vamos nos mudar até quarta.-digo e olho pra minha mãe- Você esta muito quieta mama.

-E por conta do dinheiro minha filha? Eu vou dar um jeito, você não precisa se casar por conta disso!-ela diz.

-Não e por conta de dinheiro mama, eu me apaixonei, foi isso.-minto, mais minha mãe não precisa saber de todas as coisas, não agora.

-E quem é ele?-ela pergunta.

-O Matteo.-disparo- Matteo Romano!

Elas arregalam os olhos.

-E por causa de dinheiro, eu sabia!-minha mãe diz- Ele e da máfia minha filha você sabe disso.

-Eu sei mama mas aconteceu! Pessoas se apaixonam, você não pode me culpar.

Um silêncio cai sobre nós.

-Minha filha espero que o que vou dizer agora não te magoe mais eu não concordo muito com isso.-ela diz e eu assinto- Mais se você está feliz eu não posso fazer nada, não mandamos em nossos sentimentos.

-Obrigada mama!-digo e vou até ela é a abraço- Você não vem Clara?-pergunto a minha irmã, e então ela se junta a nos.

Ficamos um tempo abraçadas em silêncio só aproveitando aquele tempo juntas.

***

Logo cedo os seguranças trouxeram caixas para a mudança, mandei mensagem a Sofia e ela esta vindo não ajudar.

-Cheguei!-escuto a voz dela.

-Estou no quarto!-grito.

Logo minha amiga passa pela porta

-Você pode me explicar isso direito?-ela diz se aproximando.

-Feche a porta.-peço e assim ela faz.

-E então?

-Vou me casar com o Matteo.

Digo e ela arregala os olhos

-Está brincando não é? Ele esta te obrigando a isso? Se estiver eu posso conversar com meu pai e tentar ajudar.

-Não ele não está me obrigando.

-Então e por causa do tratamento da sua mãe? Eu já disse que posso pagar pra você. Meu pai disse que pagaria pra você!

-Estou em perigo Sofia.

-O que como assim?-ela pergunta.

-A bomba na lanchonete, os tiros não eram pro Matteo. Eram pra mim!-digo e ela arregala os olhos.

-Você esta falando sério?-ela pergunta e eu assinto.

-Matteo me prometeu segurança. Não sabemos quem foi que mandou me matar, mais estou com medo pela minha irmã e minha mãe, ela já sofreu demais Sofia não quero mais perigo.

-Porra Manu isso é muito sério.

-Eu sei.-digo triste, então ela vem e me abraça.

-Mesmo você tento escolha de não entrar pra essa vida você está sendo praticamente obrigada.

-Não estou.

-Está sim!-ela diz quando nos separamos-Por essa pessoa que está te perseguindo. Você era livre.

-Você também!-digo.

-Não e assim que funciona Manu.-ela diz.

-Como assim?

-Na máfia as mulheres não tem muita escolha, os pais escolhem com quem elas se casam. Meu pai era o consigliere então não tinha muita pressão, mais um dia ele terá que escolher um homem pra mim.

-E você não pode escolher?

-Não, vai acontecer de acordo com as necessidades. Acordos entre famílias e por aí vai.-ela diz triste- Mais vamos esquecer isso agora, temos muita coisa para embalar!

Passamos o dia inteiro colocando as coisas nas caixas, no final do dia os seguranças começaram a levar as coisas. Matteo só apareceu no final do dia para poder levar minha mãe e irmã ao apartamento.

Seguimos em silêncio até o local. Chegando lá notei que a segurança era o que o Matteo priorizava, por todo o condômino fechado avisa seguranças.

O prédio que minha mãe irá ficar e bem alto e lindo, subimos até a cobertura. Assim que entramos fiquei de boca aberta com quão grande era o lugar.

-Espero que goste do apartamento senhora Grecco.-ele diz assim que adentramos ao local.

-Não precisava de tudo isso.-minha mãe diz.

-Tudo do melhor para a família da minha mulher!-ele diz sorrindo.

Depois de instaladas e de muito choro eu e ele fomos embora, minha ficha já estava caindo mais ainda não queria aceitar.

Fomos o trajeto inteiro em silêncio. Ao chegarmos a casa dele fomos recepcionados por uma simpática senhora, a Carmen ela e a governanta a casa do Matteo.

-Vem vou te mostrar seu quarto.-ele diz ao me ver analisando a casa, não tinha feito isso na outra vez que estive aqui.

Nos subimos a escada e fomos em direção aos quartos.

-Aqui.-ele para em frente a uma das portas e a abre pra mim, me dando espaço para passar.

O quarto e enorme, com uma cama de casal gigante.

-O closet.-ele aponta a uma das portas- E o banheiro.-ele aponta pra outra- Suas coisas já foram arrumadas no devido lugar.-ele avisa e eu assinto.

-Bom eu vou tomar um banho pode ficar a vontade. Meu quarto e o da frente se precisar de alguma coisa e só bater.

-Tudo bem, pode ir.-digo e ele sai.

Volto a analisar tudo do quarto, vou até o closet e vejo minhas poucas roupas todas arrumadas, noto também que tem várias roupas a mais que não são minhas ele gostou mais dinheiro comigo, em seguida vou até o banheiro e me deparo com uma linda banheira.

Naquela noite depois que tomei um banheiro ele me chamou para o jantar. Assim que terminamos avisei que iria me deitar pois estava cansada.

Já em minha cama comecei a pensar em como minha vida deu um 360 de um minuto paro o outro. Mais os problemas estão longe de acabar.