Capítulo 18

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Narrado por Matheus:
    Quando acordei no dia seguinte, eu não estava com cabeça para nada, mas precisava ir para a escola, semana de prova é uma porcaria, sem contar que estamos quase no meio do ano, quase em Julho, teremos a segunda parte, a poesia, estou já com uma pronta, que eu particularmente amei escrever.
       Na escola, estava tudo estranho, um silêncio enorme, até que escuto uns berros imensos. Corro até lá e vejo um cara esmurrando uma menina e o pessoal ao redor não faziam nada, qual o problema dessas pessoas?
        - Mas o que?! Sai de cima dela o idiota!- Com toda minha força o empurrei, as pessoas começaram a ficarem aflitas. O cara me olhou, eu o reconheço. É o parasita da escola, não fazia nada além de sugar toda alegria das pessoas, que nem um dementador.
         - Dela? Chama isso de ela? Me poupe, esse traveco aí merece uns socos para virar homem.
         - O que ela merece é respeito e um livramento de um parasita como vocês, todos vocês. Vamos amiga, de plebes a gente só recebe recalque. - A ajudei a levantar e a levei para um lugar mais calmo, olhei para o relógio. Quem diria, sete da manhã e já aconteceu uma dessas, é brincadeira.
         - Obrigada, por ter me ajudado- Sua voz era suave, um pouco grossa.- Eu vou ficar bem agora, se quiser pode ir.
         - Que isso, eu sei como se sente, não da mesma, mas entendo o sentimento... Como é seu nome?
         - Hm.- Ela ficou pensativa, com receio.- Meu nome é Lucas...- Eu a lancei um sorriso e disse pegando em suas mãos.
         - Querida, eu perguntei seu nome.- Lancei a ela um sorriso e a mesma me olhou com seus olhos marejados e então sussurrou.
         - Meu nome é Emily.
         - Agora sim, prazer Emily, me chamo Matheus. Vamos a enfermaria, e depois nos falamos, tenho prova ainda hoje.
         - Tá legal... Obrigada, você foi o primeiro a perguntar meu nome.- Emily deu um sorriso de gratidão e de dor, eu a abracei e caminhamos até a enfermaria onde a deixei e corri até a sala, quase atrasado.
  _Quebra do tempo_
          Finalmente acabei essas provas. Não suporto mais, eu não vi ninguém que eu conhecesse hoje, o que é estranho. Caminhei para ir embora quando escuto sussurros:
        - Está tudo indo bem. Ele não suspeita de nada... Não, ele não está indo bem, além de viado é lerdo. Sério que tenho o mesmo sangue que aquela praga? Sim, senho. Desculpe por tais palavras. Sim, farei o próximo desafio... Mas senhor... Tudo bem, acabaremos com isso em novembro, até lá... Também te amo papai.
           A porta da sala que eu estava escorado para ouvir deu indícios que iria se abrir então corri para longe pensando se era aquela mesma menina que me deu a carta. E quer saber? Eu cansei de ser bonzinho e lerdo o tempo todo. Tá na hora de eu agir!
           O tempo foi passando, as provas foram sendo feitas, Rafael veio em minha casa, nosso relacionamento está ficando forte depois da quebra, ele disse que quando voltou para casa teve uma briga imensa com a mãe, que o fez sair de casa e está morando comigo agora. Caio estava sendo um amigo muito bom, e o João meio que se distanciou por conta própria, não mandou mensagem, carta, sinal de fumaça, nem por bluetooth. Enquanto isso eu conversava com o Silva e aprendia mais sobre meu passado, eu entendi que meus pais não faziam nada de mau para ninguém, eram pessoas incríveis e que eu tinha um tio chamado Sebastian, o qual tinha muita inveja do meu pai, devido a herança que foi deixada em seu nome.
         Estava preste a colocar meu plano em ação, mas hoje teria a segunda apresentação do fim do ano, a poesia. Estava tudo pronto. Chegando lá, todos nós fomos ao auditório e foi seguindo as apresentações, alguns foram fracos, outros só falavam algo clichê pegado da internet, povo sem classe. Quando Emily subiu no palco eu ajeitei-me na cadeira e ela começou falando que aquelas palavras eram como ela se sentia durante o tempo
         "Um erro pode ser mudado;
          Mas nem sempre;
          Já tive que ver que sou o errado;
           Sou defeituosa;
           Sinto que nasci no corpo errado;
           Não pertenço a essa coisa que deveria ser eu;
           Não posso ficar com você neste corpo que não desejei;
           Toda vez pedi para que me consertassem;
           Me dessem o meu eu de verdade;
           Mas não é possível;
           Não pedi para nascer desse jeito;
           Deve ter sido por isso que você se afastou;
           Me perdoe por não ser ELA;
          Quem sabe em outra vida;
          Posso ser finalmente seu;
          Posso ser finalmente sua garota."
         Todos aplaudiram e eu simplesmente estava em lágrimas, senti a dor nas palavras. Sentia a tristeza. E me chamaram, eu subi e falei
         - Eu escrevi sobre meus sentimentos e sobre como tudo está do avesso.
          " Pensamentos vazios;
            Algo sem estrutura;
            Meus olhos encharcados;
            Deitado sem energia;
            Pensando no por quê eu existir;
            No escuro eu choro em silêncio;
            Sempre pelo mesmo motivo;
            Por que não consigo superar?;
            Por que não posso ser normal?;
            O vazio me corrói;
            O único apoio que tenho é o céu;
            E ela... sei que não pode ouvir;
            Mas só ela sabe o que eu sinto;
            Eu pedia para parar;
           Pedia sempre alguém para me acompanhar;
           Para eu ter alguém para sentir o que nunca senti...
felicidade eterna."
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OLÁ MEUS AMORES, COMO VOCÊS ESTÃO? ME PERDOEM O SUMIÇO, ESTAVA MUITO OCUPADO E DEI ATENÇÃO A MAIS PARA MEUS ESTUDOS. ESTÁ CURTO MAS NA PRÓXIMA IREI MELHORAR MAIS, ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO ♥️

Amor Imprevisto( Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora