Capítulo 12, Mais dor de cabeça

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   Narrado por Matheus:

      

        Sábado, 8 da manhã, mais da metade das pessoas

estão dormindo neste exato momento, mas eu? Estou

aqui, quebrando a cabeça para saber qual era o local que

eu mais visitava ou tinha mais contato. O que me resta

são apenas dois locais, nesse caso, a biblioteca da escola

e a livraria que meu pai me levava para ler, desde de

pequeno ele me incentivou a ler, agradeço a ele por isso.

        Saio de casa, tranco tudo, passo na padaria e

compro uma coxinha(amo coxinha e quem não gosta não

é normal) e vou direto para o a livraria, é um pouco longe,

mas dá para ir a pé. Chegando na porta, me lembro dele

me trazendo e eu fazendo birra para voltar para cama, ri

com isso, são tantas saudades, entrei e tinha um moço,

aparentava ter uns 27 anos, me olhando mas me ignorou

quase na hora:

- Bom dia para você também!- Ele me olhou e soltou

a frase:

- Quando for bom me avisa, porque não estou vendo

nada de bom!

Grosso, eu hein, deixando isso para lá, fui procurar

entre as sessões, cada um mais improvável que a outra,

até que cheguei a sessão infantil. Abria os livros e nada,

fui fazendo isso em todos, mas não tinha nada! Só

quando cheguei na última e vi que acabou, irritado,

chutei uma pilha de livros que estava próxima, ótimo,

agora vou ter que arrumar isso! Fui empilhando

novamente, quando peguei no livro que meu pai lia para

mim quase toda vez, O pequeno príncipe, eu amava esse

livro, sentei no chão coberto de uma espécie de tapete

felpudo e comecei a ler um pouco alto, lembrando de

como era que ele lia, o quanto o tempo passava rápido, " a leitura é uma magia que poucos aperfeiçoam, pode te levar a qualquer lugar, mas não sou todos que essa floresce, cresce e cria raizes.", ele me disse isso um noite quando ele me pôs para dormir.

       Cheguei no final do livro quase chorando, quando vi algo escrito na capa do livro:

     Meu filho, procure na garagem o mesmo livro que este e lembre-se, interprete tudo até mesmo a menor frase!

      Estranho, pq ele escreveria isso? De qualquer forma, agora tenho duas coisas para resolver. Peguei a carta que tinha guardado no bolso e a reli, quando me dei conta, precisava ir para a escola! Mas preciso esperar até segunda, que droga, levantei, olhei o relógio 10 horas, nossa, e percebi que o recepcionista da biblioteca olhava fixamente para mim, sai de lá o quanto o antes, homem louco.

      Voltei para casa, a abri e fui para a garagem, tinha uma pilha de caixas, ninguém as levou como último pedido deles, vasculhei todas até que achei, estava novinho, coberto com plástico. Dentro tinha um CD, tirei e abri o livro, tinha muitas palavras marcadas em amarelo e em cada página marcada, em cima estava escrito "pense!". Parecia um código, que raiva! Porque não disseram logo o que queriam! Entrei com o livro e o CD nas mãos, deixei em cima do sofá e peguei meu celular, tinha 3 mensagens:

        Rafael

     - Como você tá?

        Ainda a mesma coisa?

      

      Desconhecido

      - Se divertindo com o joguinho? Divertido não é? Seus pais amavam xaradas também. Vc irá receber mais mensagens minhas então se acostume.

  - S-
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    Olá gente, turu bom? :). Desculpe a demora por postar mas está aí mais um capítulo hihi, espero que curtam. Até a próxima e vou tentar não demorar com com os próximos.

Amor Imprevisto( Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora