E se você se apaixonasse pelo seu melhor amigo?
Durante quase toda a vida de Cristine, Arthur estava presente. E não tinha como ser diferente, já que os pais de ambos são amigos e vizinhos, os dois nasceram quase na mesma época e (como se todo o res...
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Não sei como aconteceu Sentimento apareceu De forma inesperada Eu não imaginava Éramos amigos E isso bastava
Apenas Amigos - Phillip Nutt
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Arthur e eu seguimos o fluxo de pessoas e logo chegamos na parte das escadas para chegar até o topo do morro e, finalmente, chegar pertinho do Cristo Redentor.
Mesmo ainda estando distantes do topo, já é possível observar a grandiosidade da estátua. Só de pensar que, daqui a mais alguns poucos metros, estaremos lá em cima, pertinho do Cristo e olhando toda a cidade maravilhosa lá de cima, meu coração já acelera.
Tem várias pequenas escadas para chegar até lá em cima, além de uma escada rolante e o elevador para a prioridade ou para quem não quer enfrentar as dezenas de degraus (como eu não quero). Enquanto continuamos nossa caminhada lado a lado, passamos por várias lojinhas de souvenirs.
Apesar de ser pouco mais das oito da manhã, o sol já está esbanjando toda sua glória acima de nossas cabeças.
— Nossa, tá quente, né? – comento, me abanando com a bolsa, numa falha tentativa de aliviar o calor.
— Muito quente! – Arthur concorda. — É melhor a gente comprar uma garrafinha de água antes de subir, não acha? – Ele aponta para algum lugar ao meu lado e eu viro a cabeça, encontrando uma pequena fila de gente comprando garrafas de água numa lojinha.
— Boa ideia – digo, já começando a andar em direção a tal loja e Arthur me segue logo atrás.
Enquanto esperamos nossa vez, um cheiro bom de comida vinda de algum lugar próximo de onde estamos chegar até meu nariz, e o aroma gostoso me faz salivar de vontade de experimentar. Meu estômago não demora a se manifestar, roncando alto o suficiente para que até mesmo o Arthur escute.
— A gente mal tomou café da manhã e você já está com fome? – ele zomba.
— Pois é. – Encolho os ombros, levemente sem graça. Não sem graça por minha barriga ter roncado alto (não é a primeira nem última vez que isso acontece na frente dele), mas sim por estar omitindo algo do meu melhor amigo. A gente sempre conta tudo um para o outro.
