E se você se apaixonasse pelo seu melhor amigo?
Durante quase toda a vida de Cristine, Arthur estava presente. E não tinha como ser diferente, já que os pais de ambos são amigos e vizinhos, os dois nasceram quase na mesma época e (como se todo o res...
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É, e na hora que eu te beijei Foi melhor do que eu imaginei Se eu soubesse eu tinha feito antes
Medo Bobo - Rubel
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— Ah… desculpa! e-uu… você – começo a gaguejar, e me sinto patética por isso.
Pra quê esse drama todo, Cristine? Foi só um selinho não intencional e, além disso, é só o Arthur, seu melhor amigo!
— Caramba, Arthur. Eu só ia beijar sua bochecha! Tinha que se virar na hora errada? – Dou um tapa no seu ombro de brincadeira, abrindo um sorriso sem graça.
Por dentro, meu estômago está mais gelado que o pico do Everest.
É perceptível o momento em que o Arthur solta o ar pela boca e relaxa os ombros, parecendo aliviado.
— Culpa minha? Foi você que veio me agarrando do nada – ele ri, mas percebo que não me encara diretamente nos olhos.
A nossa vez na fila chega e eu me sinto salva pelo "gongo". Enquanto Arthur procura por minha mala rosa no meio das demais, eu não consigo evitar pensar no que acabou de acontecer.
Foi só um selinho bobo, que aconteceu sem qualquer intenção, mas minha mente, como sempre, me leva a pensar demais.
Minha boca encostou na de Arthur. De novo! Quatro anos depois de termos cometido esse erro pela primeira vez.
•••
Durante todo o caminho a pé, fiquei pensando em tudo que tinha acontecido na casa da Carmen. Arthur tagarelou durante todo o percurso, mas eu só abria a boca para falar quando ele me perguntava alguma coisa.
E ele, claro, não demorou a estranhar o meu silêncio.
— O que você tem, Cris?
— Eu? Nada! – Encolhi os ombros. Continuamos a andar, já quase chegando ao quarteirão das nossas casas.
— Você está estranha – comentou, pegando uma bala do bolso da calça. — Quer um pedaço? – ofereceu, mas recusei quando vi que era de abacaxi.