Nada contra ela, inclusive até faria
Mas acho que quem caberia bem melhor sou eu
Sou eu, sou eu, sou eunada contra (ciúme) - Clarissa Müller
— Só se lembre que a gente não vai demorar muito tempo, tá? – Arthur avisa pela milionésima vez, enquanto andamos pela areia fofa e morna da praia.Faz uns cinco minutos desde que saímos do hotel e durante todo esse tempo Arthur não parou de reclamar. Nem por um segundo. Juro que estou a um passo de surtar.
— Estou morrendo de cansaço. Meu plano era terminar a noite vendo TV até pegar no sono – ele continua sua série de lamentações.
— Fala sério! – me canso de escutar calada. — Tem uma alma de um idoso resmungão de 85 anos dentro de você? A gente está nesse lugar incrível e você quer dormir, Arthur! Dormir!
— Para uma alma de 85 anos, meu corpo está muito bem conservado, não acha? – ele graceja, levando a mão até os fios cacheados e os jogando para trás de forma teatral, com um sorrisinho cínico no canto da boca.
— Você se acha o máximo, não é?
— Eu tento – ele ri, e eu apenas balanço a cabeça em descrença. Um dia o Arthur ainda vai me fazer pirar na batatinha. Juro.
Continuamos a andar em silêncio, até que ele questiona:
— Já estamos chegando?
Eu olho ao redor, para a praia deserta, onde a única companhia que temos são as ondas arrebentando nas pedras a poucos metros de nós.
— Acho que sim – encolho os ombros.
— Acha ou tem certeza?
— A Sofia disse que só precisávamos andar direto do ponto da praia onde passamos a tarde, e que logo chegaríamos ao lugar – Arthur para de andar assim que eu fecho a boca.
Eu faço o mesmo, sem entender sua cara amarrada e testa franzida.
— O que foi?
— Você não faz ideia de onde a gente está, né? – ele questiona.
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Até Onde o Amor nos Levar | Amores Platônicos 03
Ficção AdolescenteE se você se apaixonasse pelo seu melhor amigo? Durante quase toda a vida de Cristine, Arthur estava presente. E não tinha como ser diferente, já que os pais de ambos são amigos e vizinhos, os dois nasceram quase na mesma época e (como se todo o res...