❨·✈️·❩ CYKS : O2 Chᥲρtᥱr.

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Capítulo O2: Pensamentos negativos e um lugar na classe executiva.

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━ Depois de tudo... fiz merda. - Bang suspirou arrastando os calcanhares pelo saguão do aeroporto, no momento sentiu-se arrasado.

Sua primeira reunião importante. Sua primeira grande chance – e aquilo acontece. Sentiu por um breve momento vontade de desistir de tudo e Christopher estava a ponto de telefonar para o escritório e dizer: "Chega, nunca mais vou voltar e, a propósito, fui eu que estraguei a copiadora daquela vez e queimei a cafeteira antiga."

Mas ele não pode. Ele precisava daquele emprego.

━ Então, o que você deseja? - Logo perguntou um o barman nigeriano que tinha um belo sorriso, mas com toda a sua tristeza, Bang levantou a cabeça atordoado, por se assustar com a grossa voz do rapaz. Ótimo, havia chegado ao aeroporto a uma hora atrás e enquanto esperava seu vôo, já estava em um restaurante querendo álcool para afogar as mágoas. Um restaurante caro por sinal, já que tudo no aeroporto era um absurdo de caro para um assalariado que ganha um pouco mais de um salário mínimo.

━ Hmm... - A sua cabeça estava meio vazia. – É... vinho tinto. Não, na verdade uma vodca-tônica. obrigado. - Enquanto o Barman do belo sorriso se afastou, o mesmo se arrumou no banco. Até que uma aeromoça com coque de trança se aproximou e se sentou a dois bancos de distância do garoto sorrindo para o mesmo, que por não entender muito bem da recepção da mesma, lhe deu um sorriso débil de volta.

Era difícil. Christopher não sabia muito bem como as outras pessoas administravam as suas carreiras. Como o seu melhor amigo, Han Jisung, que desde sempre soube que queria ser advogado – e agora: tchã-ram! É um advogado de defraudações. Já Bang saiu da faculdade sem a mínima pista, apenas tentou trabalhar no que lhe pareceu ser "bom".

O barman colocou uma vodca-tônica em sua frente e o lança um olhar interrogativo. ━  Não fique assim cara. - Tentou o consolar e suspirou soltando um belo sorriso amigável. ━ Não pode ser tão grave!

━ obrigado. - Tomou um gole. A sensação do álcool o deixava um pouco melhor. Mas, após tomar o seu segundo gole, seu celular tocou e bem, seu estômago deu uma cambalhota nervosa. Se fosse do escritório, Christopher se jogava no chão e começava a chorar ali mesmo. Mas, felizmente não foi, já que logo viu o numero de sua casa piscando na telinha.

━ Alô, Christopher falando. - Comentou sério após atender seu telefone.

━ Oi! - É a voz de Jisung. ━ Sou eu! E aí, como foi cara? - Han era o mais antigo amigo de Bang e sim, ambos eram colegas de apartamento a mais de cinco anos. Bem, o garoto desde o ensino médio havia mudado bastante, estava mais bonito e bem, seu QI era de mais ou menos 600 e ele, segundo seu melhor amigo, era a pessoa mais doce e certa do mundo.

━ Um desastre – respondeu arrasado.

━ O que aconteceu? Não conseguiu o contrato?

━ Não consegui o contrato e ainda dei um banho no diretor de marketing com uma bebida energética de uva...

Mais adiante no balcão a aeromoça pareceu estar escondendo um sorriso, Bang sentiu seu rosto ficar vermelho. Ótimo. Agora o mundo inteiro sabe que ele era um desastre.

━ Caramba. - Jisung tentou pensar em algo positivo. ━ Pelo menos você atraiu a atenção deles - exclamou meio sem graça.

Christopher pelo menos se contentou com a ideia que o seu namorado, super bonito e gentil estaria lhe esperando em casa.

Mas aquele simples pensamento não o ajudou muito, pois após desligar seu celular, ele percebeu que já estava perto do horário de seu vôo e mesmo que pela zilhonésima vez, o garoto repetisse a si mesmo que tudo ia ficar bem, ficou impossível se acalmar..

Certo. Ele estava apavorado.

O australiano  morria de medo de avião e ele nunca havia dito a ninguém.

É que parece tão idiota!

E, poxa vida, não é como se seu medo fosse lá uma fobia, mas se o mesmo tivesse a opção de ficar em terra firme, essa seria a sua decisão. Ainda mais em dias como esse, que ele simplesmente exalava má sorte.

Quando o vôo foi anunciado, todos os pelinhos de seu corpo se levantaram pelo medo, mas Christopher tentou pensar positivo.

Seja confiante! — ele pensou.

Quer dizer, Han Jisung podia estar certo, pelo menos Christopher causou uma impressão fortíssima, não foi?

O garoto começou a se sentir como um bom empresário novamente e percebeu que algumas pessoas estavam soltando pequenos sorrisos para si. Veja bem, o mundo lá não era tão ruim, afinal, tudo não passa da lei da positividade!

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