Onde Christopher Bang, ao se ver em uma situação de vida ou morte, acaba contando todos os seus segredos a um estranho que estava sentado ao seu lado. O que ele não esperava, além de sobreviver, é o que sujeito seria Felix, o presidente da empresa e...
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Capítulo O3: Cuecas laranjas e um cara de sardinhas bonitas.
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Assim que chegou à porta do avião, pegando os cartões de embarque, o jovem cheio de má sorte reconheceu a aeromoça que tinha um lindo sorriso e usava seus cabelos presos com coque de trança. Era a mulher sentada no bar do restaurante, antes.
━ Oi, de novo - disse sorrindo. ━ Que coincidência!
A aeromoça me encara. ━ Oi. Hmm... - a mulher voltou a olhar para cima meio sem graça.
━ O quê? - Por que ela pareceu sem graça?. O que Bang havia feito de errado?
━ Desculpe. É só que... você viu que... -A mulher sinaliza sem jeito para baixo.
━ O que é? - perguntou, em um tom agradável e ao olhar para baixo, congelou.
Ele não sabia como, mas seu zíper estava aberto e a sua box laranja, bem chamativa, estava à mostra.
Era por isso que todos sorriam para ele, não pelo aeroporto ter muitas pessoas boas, mas sim porque Christopher Bang era o homem de cueca laranja que andava por aí com o zíper da calça todo aberto...
━ Obrigado.. - murmurou, e fechou seu ziper com os dedos desajeitados, seu rosto estava quente de humilhação.
━ Não está sendo seu dia de sorte, não é? - A aeromoça o consolou com simpatia, e o desajeitado estendeu a mão para o cartão de embarque. ━ Desculpe, eu não pude deixar de ouvir.
━ Tudo bem. - Forçou um meio sorriso. ━ É, não está sendo o melhor dia da minha vida. - Há um silêncio curto enquanto ela examina o cartão de embarque.
━ Vou sugerir uma coisa - ela baixa a voz. ━ Você gostaria de ficar em uma classe melhor?
━ O quê? - Encarou a mulher com um rosto vazio.
━ Anda! Você merece uma folga. Não gosto de ver pessoas tristes.
━ Verdade. Mas... vocês podem trocar as pessoas de classe, assim? - Sussurrou.
━ Se houver lugares vazios, podemos. Nós usamos nosso critério. E este vôo é muito curto. - Logo a mesma lhe lançou um sorriso conspiratório. ━ Só não espalha, certo?
A mulher logo o levou para uma parte diferente do avião e logo apontou para uma poltrona grande, larga e confortável. Christopher nunca havia andado em uma classe chique como aquela. Ele nem ao menos estava acreditando em sua sorte!
━ Aqui é a primeira classe? - sussurrou, absorvendo a atmosfera calma e luxuosa. Um homem de terno elegantes está digitando em um notebook à sua direita, e duas senhoras idosas no canto estão colocando fones de ouvido.
━ Classe executiva. Não há primeira classe neste vôo. - Ela ergue a voz até o volume normal. ━ Tudo bem para você?
━Perfeito! Muito obrigado.
━ Tudo bem. - Ela sorriu de novo e se afastou. Christopher, feliz com a boa vontade da mulher, enfiou sua mochila e pasta de informações no bagageiro. E pensou: — Isso é realmente um barato. Poltronas grandes e largas, descansos para os pés e tudo. Vai ser uma experiência completamente prazerosa do início ao fim, obrigado universo!
Puxou o cinto de segurança e o fecho com um gesto casual, tentando ignorar os tremores de apreensão na barriga.
━ Gostaria de champanhe? - A sua mais nova amiga aeromoça, perguntou rindo.
━Seria ótimo. Muito obrigado! - Comentou animado e novamente, em um sussurro repetiu. ━ Champanha!
━ E para o senhor? Champanhe? - O homem ao lado de Christopher não havia nem ao menos levantado a sua cabeça, ele estava usando um suéter marrom, que combinava com suas calças também marrons e um boné amarelo de tom pastel.
Porém, após o mesmo se virar para responder, Christopher captou um belo vislumbre em seus olhos castanhos, uma pele cheia de pintinhas, parecidas com sardas e um franzido vertical em sua testa, representando seriedade ou falta de paciência. ━ Não, obrigado. Só um conhaque mesmo. - Sua voz é grave, porém, de alguma forma também seca. Bang quase tomou coragem para perguntar — educadamente — de onde aquele moço bonito era, mas ao vê-lo se virar para a janela, percebeu que não era bom incomodá-lo.
O que pareceu ser ótimo, Christopher para ser honesto queria aproveitar mais daquele momento, sem perder tempo com conversas fúteis.
