39º

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- S/n -


Após um almoço e uma manhã um tanto quanto conturbada, resolvi dar a ela um espaço para respirar, gostaria que ela entendesse meu lado? sim, gostaria! mas eu não forçaria ela a me entender, acredito que ocorrerá de forma orgânica esse nosso acerto.

Dirijo calmamente até o prédio, entrou um tanto quando cabisbaixa, entrou no elevador relembrando nossos amaços naquele ambiente, logo chego em meu andar, coloco as chaves na porta, entro, quando ia fechar a porta escuto 

- Ei! - meu coração parou, minha vontade de estar com ela era tanta que agora estou escutando vozes - s/n! - duas vezes? penso nisso tudo encarando a fechadura e com a porta levemente aberta, logo ela empurra a porta me encara e me beija 

- Demi? - digo entre os beijos 

- eu não posso ficar mais tanto tempo sem você - ela diz quase chorando - por favor, vamos conversar - ela me abraça enquanto suplicava - eu não quero te perder pela minha profissão, não quero ficar longe por conta de um mau entendido, não quero ficar mais um dia sem te beijar ou te ver, por favor vamos conversar? - ela diz com lágrima e lágrimas, meu único extinto é a abraçar. 

- Demi - coloco minhas mãos uma em cada lado de seu rosto, com o meu polegar seco as lágrimas que caem de seu rotos - calma! - conduzo ela até o sofá, antes de me sentar ao seu lado tiro o casaco que eu estava e o tênis, sabia que iria passar o resto da tarde e noite, ali, dando o aconchego que não dei nos anos em que ficamos separadas. Sorri para ela na intenção de dizer que tudo está bem ou que ao menos ficaria - vem cá - a abraço e faço carinho

- vim para conversar e não para dormir em seus braços - ela coloca sua mão e minha perna e faz carinho ali 

- posso fazer carinho enquanto conversamos, na verdade posso fazer várias coisas e conversar - ela se levanta, me encara, a insegurança está estampada em sua cara - tá bem, Dems - respiro fundo - não estou acostumada com câmeras ou com pessoas famosas ou com o meu novo trabalho - respiro novamente - é tudo novo pra mim, e também tem a insegurança, eu não me acho o suficiente para você, não tenho sequer um apartamento para morar - sim, não ter minhas coisas me incomodava 

- Amor! - ela diz levemente e se levanta, eu a amo tanto - eu amo você! - se jogou em meu colo como uma criança manhosa - e nenhum dinheiro do mundo pode comprar meu amor, ele é todo seu, eu sou sua, minha mente, minha alma e meu coração - coloca o rosto na curva de meu pescoço 

- Demiii - respiro, parte de mim sabe que ela vai aceitar e outra parte tem medo por conta da insegurança - você me causa coisas boas - ela sorri - eu te amo tanto - ela beija meu pescoço - casa comigo? - me estico até a mesa de centro e pego a caixinha que comprei a um tempo atrás, a mostro - não posso passar mais um dia sem você, o que me diz? - ela está paralisada ainda em meu colo, sem reação, sem qualquer expressão em seu rosto, não sei se isso é bom ou ruim

- S/n, eu, eu... - ela se levanta e começa a andar de um lado pro outro...

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