Capítulo 4

501 69 60
                                    


E aqui estamos de novo...

quem puder comentar, agradeceria muitooo

sou nova em tudo isso, então, gostaria de saber se estão sentindo a conexão entre os personagens, se estão gostando de tudo isso...

boa leitura!

***

— Gwyn, eu...

Ela finalmente pareceu voltar a realidade, segurando o colar com o fecho quebrado em suas mãos. Por um segundo, ela não entendeu porquê, mas foi como sentir seu coração se apertar, a ponto de não conseguir mais se segurar. Existia uma necessidade de choro, que ela engoliu, e revestiu com um sorriso nada relevante.

— Não pedi para estar no meio disso. — falou, deixando o colar próximo a mão de Azriel, esperando que ele abrisse sua palma. — Seja o que for que isso signifique. — complementou, e quando ele não fez menção de abrir ou fazer algo, ela o encarou.

No fundo, sentiu que deveria agradecê-lo. Ele a mostrou que ela deveria parar de fantasiar e acreditar que poderia apenas recomeçar. Um recomeço bonito não era algo que ela merecia. Não depois de ter deixado sua irmã morrer. Sua outra parte. Sua outra metade.

Tentou destinar o colar para Elain, mas ao notar a culpa explícita ali, ela desistiu. Deixou-o deslizar de suas mãos e cair sobre a grama do belo jardim. Quando seu olhar voltou para o outro lado do local, encontrou o macho de cabelos ruivos, que parecia segurar as mãos cerradas ao lado do corpo. Ele estava incomodado, mas não sentiu pena por ele.

Ela sentiu compaixão.

Lucien Vanserra, ela sabia o seu nome. Sabia também, que ele era o companheiro de Elain. Um vínculo tão sagrado e desejado, que fez o estômago de Gwyn revirar, sem entender o porquê, quando pensou a respeito. Desviou do corpo de Elain, e foi até o macho, que parecia segurar tudo de si, com um brilho leve em seu corpo.

— Lucien, certo? — ela perguntou, e o olho dourado foi a primeira coisa a encontra-la. Ele parecia não suportar olhar na direção em que ela estava antes. Gwyn então deu a volta, e ficou a frente dele, oferecendo-lhe um leve sorriso. — Sou Gwyneth Berdara, mas pode me chamar de Gwyn. — falou, estendendo uma mão.

Surpreendendo-a, ele lhe entregou um sorriso debochado, mas apertou sua mão com cuidado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Surpreendendo-a, ele lhe entregou um sorriso debochado, mas apertou sua mão com cuidado.

— Não parece o momento ideal para conhecer alguém, mas... — ela deu de ombros, assustada com todo o seu autocontrole. Por dentro, ela se sentia quebrar por inteira. E por mais que ela já fosse quebrada, ela sabia que ela era a rocha na qual as ondas se quebravam – nada poderia lhe quebrar.

Ela já foi quebrada antes, mas não mais agora. Não quando ela estava lutando bravamente para recompor pedaço por pedaço.

— Não estamos fazendo o jogo inverso, estamos? — ele sussurrou, afastando sua mão, e Gwyn deu de ombros, sem entender de fato o que ele queria dizer. — Você me parece inocente demais, jovem.

— Sou uma boa amiga. — revidou, e cruzou os braços. Ela olhou de soslaio para o local que antes estavam Azriel e Elain, mas encontrou apenas o mestre espião. Ela não tinha ideia do que ele ainda fazia ali, porém, também não era do seu interesse. Não naquele momento. Naquele momento, ela não suportava sequer encará-lo. — Bom, espero ter ajudado.

— Ao que? Me impedir de colocar fogo no mestre espião da Corte Noturna? — ela então sorriu para ele, fácil assim. Se alguém lhe dissesse que ela estaria tão à vontade, a frente de um macho que conhecera apenas por alguns minutos, e que sabia apenas um pouco sobre, ela negaria veemente. Mas não com ele. Com ele... parecia fácil.

— Bom, por te impedir de tentar colocar fogo nele. — comentou, e de repente, ele lhe sorriu verdadeiramente. Nunca imaginou que alguém como ele, pelo que ela ouvira falar, tão quieto e cortês, fosse no caso, um macho debochado e sorridente.

Ele a lembrou de Cassian. Que Nestha não a escutasse, ou a mandaria calar a boca, no mesmo instante. Gwyn acabou por sorrir do pensamento.

— Eu vou entrar, ver como Nyx está, caso queira... — ofereceu, mas ele negou com a cabeça.

— Vou andar um pouco pela cidade. — falou, e fez um leve gesto em direção a ela, como se pedindo permissão para tocar sua mão. Gwyn deu-lhe um leve acenar de cabeça, e ele o fez, puxando a mão dela até os lábios e depositando um leve beijo.

Ela tentou disfarçar o tremor e pânico que lhe atingiram por alguns segundos, mesmo sabendo que estava segura e que ele não a atacaria... Ele não o faria, certo?

Ela engoliu os pensamentos, e Lucien se afastou levemente, como se entendesse exatamente o que ela tinha passado, um olhar que ela apenas vira em Rhysand antes. Gwyn acenou com a cabeça e seguiu em direção a entrada da casa, sem querer pensar sobre. Sentiu o macho seguiu por outro caminho, mas não ousou olhá-lo. Temia que ele, alguém que não fizera nada de ruim com ela, pudesse desencadear os pesadelos que ela lutava para apenas fazerem parte de suas noites.

Ela ainda estava se curando. Um passo para frente e um para trás, mas estava tudo bem. Alguns pedaços que ela estava remontando, ainda estava tortos, e talvez nunca mais voltassem a ser como antes. Mas ela continuaria tentando.

Ela poderia estar quebrada.

Aquele colar poderia mostrar-lhe que ela era de fato assim.

Mas ela se lembrou, quando vestiu seu melhor sorriso, quem de fato era.

A rocha na qual as ondas se quebram, e nada... nem mesmo Azriel, poderia quebrá-la.

— Gwyn...

Ela ouviu-o chamar, e parou um passo, suspirando fundo. Não Berdara. Não Gwyneth. Apenas Gwyn. Ela acabou querendo revirar os olhos para os pensamentos ridículos que se passavam em sua mente.

Por que ele estava ali? Por que ele não seguiu Elain? Onde Elain estava? Por que ele dera o colar para ela?

Virou-se, e com o sorriso de antes, assentiu.

— Eu vou ficar com Nyx, e de qualquer forma, Rhys pode me levar depois. — falou, e ele abriu a boca para dizer algo, mas ela foi mais rápida. — Tenha um bom dia, Azriel.

Ela sabia que ele poderia explicar o que fosse, mas não estava pronta para ouvir. Se ela tivesse que ficar por mais um segundo ali, ela desmoronaria. Então, apenas seguiu para o quarto do herdeiro da Corte Noturna, e se sentou na poltrona ao lado do berço. Sentiu o exato instante em que uma das sombras chegaram até seu rosto. Sempre ela ali, a qual lhe acompanhava fielmente. Mas pareciam ter mais, e era estranho, mas Gwyn parecia saber exatamente quem cada uma era. Que elas eram diferentes entre si.

Sorriu, e apenas deixou uma lágrima descer, enquanto cantarolava baixinho. Ela precisava da música, como sempre, para fugir da realidade. E pela primeira vez, para fugir dos seus pensamentos e sentimentos sobre Azriel.  


***

e acima de Lucien, apenas a coroa do papai Helion... 


ai, tão feliz de começar a introduzir ele...

mas, ainda tem muito chão por aí


e Azriel,  bom... ele tem seu próprio caminho com Gwyn, talvez pedir desculpas? talvez explicar? talvez confessar algo que nem ele entende?


obrigada por acompanhar

Corte de Perdas e Recomeços (GWYNRIEL)Onde histórias criam vida. Descubra agora