Prólogo

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* este é um capítulo do futuro

* espero muito que gostem, e caso o façam, por favor, comentem

boa leitura!


***

Os braços de Lucien estavam colocados de forma cautelosa sobre sua cintura, enquanto os embalava em um ritmo apenas dele

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Os braços de Lucien estavam colocados de forma cautelosa sobre sua cintura, enquanto os embalava em um ritmo apenas dele. Não havia música. Não havia multidões. Gwyn olhou para o macho de cabelos tão parecidos com os dela, e quis, ardentemente, poder responder à pergunta, sem machucá-lo. Porém, nenhum toque, mesmo antes de tudo, mesmo agora após, fazia-lhe esquecer o que Azriel representava. Uma vez salvador. Outra vez amigo. Em uma bagunça de quase algo mais. No fim, apenas a lembrança de algo tão sagrado que ela não teria.

Assim que ela abriu a boca para responder, Lucien a virou, fazendo-a se curvar, como se fosse o par perfeito, e ela riu. Era algo que ele conseguiu fazer por ela, e ela por ele. Uma troca que eles não imaginavam que aconteceria. Lucien se tornara seu amigo, em meio a todo o caos de rejeição que apenas eles sabiam que vivenciaram. Quando ficou ereta novamente, viu-se puxando o macho para si, e o abraçando. Ele não precisava da resposta dela em palavras. Ele sabia, assim como, entendia. Fechou os olhos, encostando a cabeça contra o seu peito e buscando nele, o que ela perdeu por alguns dias, até eles se reestabelecerem – paz.

— Obrigada por tudo. — sua voz saiu baixa, mas assim que se afastou para olhá-lo, soube que ele ouviu.

— De tudo isso, ter você como amiga, foi o efeito colateral que eu nunca pensei ser bem-vindo. — ela sorriu, e segurou as mãos dele com carinho. —Sempre será bem-vinda, Gwyn.

Batidas na porta, fizeram-na estacar no lugar, e trocar um olhar com Lucien, como quem gritava: ninguém sabe desse lugar, então...

Gwyn pensou em enviar as sombras que se escondiam sob seu cabelo e enroladas em seus pulsos, sob a túnica, porém, apenas ficou parada ali, vendo Lucien caminhar em direção à porta.

Viu-se fazendo o mesmo trajeto e quando a visão da pessoa ali na frente, chegou até ela, não pensou duas vezes, em entrar na frente de Lucien.

Mesmo que ela não pudesse julgar, ela o fazia. Porque ela poderia perdoar qualquer coisa, menos, aqueles que magoassem seus amigos. Lucien se tornara um.

— O que você quer, Elain? — a pergunta saiu, sem que ela pudesse evitar, e notou o rosnado baixo que vinha dela, no segundo em que sua mão chegou ao peito de Lucien.

— Desculpe, eu...

Gwyn apenas a ignorou e se virou para Lucien, como se pedindo alguma orientação. Se ele quisesse, ela a tiraria dali, sem pensar duas vezes. Porque sabia que ele mesmo poderia não ter forças. Contudo, o macho lhe deu um olhar tão certeiro, que ela soube. Lucien precisava falar com Elain.

— Eu vou estar próxima. — avisou para ele, e apertou sua mão, antes de passar por Elain, que trazia consigo uma cesta e um olhar repleto de confusão.

Gwyn caminhou pela floresta e considerou se deveria ser o momento de voltar a biblioteca, ou para a cabana que ficava tão bem protegida e escondida como a de Lucien, mas há alguns metros dali. Suspirou fundo, e resolveu apenas se sentar próxima a uma árvore.

Rever Elain lhe acertara em cheio, de forma que tudo o que acontecera, voltara com ainda mais força. Tinham sido dias bons, ignorando o que pulsava dentro dela, e o que seu corpo exigia. Tinham sido dias em que Lucien lhe mostrou uma rotina tão boa, que ela pensou que aquele era seu lar. Mas não era. Não o dela.

Ela queria rever suas melhores amigas. Ela queria poder agradecer a Casa por mais uma refeição. Ela queria as pequenas coisas que a simples rotina na casa do Vento lhe traziam. Ela queria a visão dele, mesmo que lhe matasse por dentro, e sabendo do risco que corria.

As sombras se mexeram sobre seus pulsos, como se pedindo para serem libertas e ela os deixou. Não eram muitas, e ninguém sabia que elas estavam ali por elas. Ao menos, ela não tinha ideia se Azriel sabia.

Elas se enrolaram sobre seu rosto, fazendo-a sorrir, enquanto agradecia, pela milésima vez, por terem a protegido. Eram muito mais que sombras, eram minhas amigas... ela lembrava do encantador lhe confessando aquilo, e não poderia concordar mais. O único problema era que elas foram suas amigas, no momento em que Azriel a quebrou, e quebrou o que ela nem sabia que era.

Corte de Perdas e Recomeços (GWYNRIEL)Onde histórias criam vida. Descubra agora