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Sukuna caminhava lentamente, com os dois servos atrás de si e as quatro mãos atrás das costas.

Enquanto caminhava, uma pequena multidão começou a reunir-se à volta dele. Quando achou que já estavam pessoas suficientes, parou de andar.

- Um dos servos do meu palácio fugiu, alguém aqui sabe onde ele está? Seu cabelo é rosa e os olhos negros como obsidiana. - Perguntou, friamente

Ninguém ousou responder.

- Que desilusão. Posso falar com o chefe desta pequena vila?

Hans deu alguns passos em frente.

- Meu caro lorde, penso ter visto tal pessoa. Perdoe-me por me intrometer, mas tenho a certeza que não é só um simples servo para o mestre ir pessoalmente à procura, estou certo?

- Com "todo o respeito", o senhor, seja lá quem for, não tem o direito de se intrometer. Se não me disser onde ele está ou para onde foi, vou matar você aqui mesmo.

- Acontece que, se o Mestre me matar, pode dizer adeus ao seu querido "servo".

Sukuna tentou manter uma expressão neutra.

- O que quer dizer com isso? Onde ele está?

- Agora que perguntou... Guardas, prendam-no! Se o lorde tentar alguma coisa, mataremos o garoto!

O Rei das Maldições não conseguiu manter sua expressão calma e suas pupilas encolheram, sua voz aumentou de raiva.

- Se vocês não mo mostrarem, jamais acreditarem em vocês!

No entanto, nesse momento, um feiticeiro jujutsu que tinha estado escondido entre a multidão já lhe tinha colocado nas costas um talismã de selamento de magia, impedindo Sukuna de a usar.

Os dois servos foram rapidamente mortos pelos guardas, que conseguiram, com ajuda de um perfume calmante especial, atordoar e prender Sukuna, que acabou por cair inconsciente depois de se debater muito.

Quando acordou reparou que suas mãos estavam acorrentadas. Ele estava numa masmorra!

- Sukuna? Nii-san, estás acordado?

Uma voz estranhamente familiar pôde ser ouvida do outro lado da parede esquerda. Itadori estava lá também, e eles estavam separados apenas por uma parede!

- Yuji!

Tentou libertar-se, mas a parede tremeu.

- Sim, sou eu! Não tentes nada, as paredes irão cair se tentares fazer algo!

Sukuna ouviu e parou de se debater.

Depois de um tempo de silêncio, Itadori voltou a falar.

- Nii-san, eles querem tirar-te do trono. Porque estão a fazer isso?

O outro não respondeu.

- Eles disseram... que tu crias massacres. Que extreminaste um clã inteiro, o meu clã, e que eu deveria ter sido morto por ti. Isso é verdade?

O outro lado continuou silencioso. Yuji começou a ficar irritado por não ter resposta às suas perguntas.

- Então isso é verdade? Nós não somos irmãos? Sempre pensei que fosses um bom rei, mas até isso é mentira! Que mais mentiras ainda há por aí?

- Quando sairmos daqui, eu não quero que isso arruíne o modo como tu me vês. Tu és o único que me vê assim...

- Bem, agora já não. Acontece que eu já sei muita coisa sobre a verdade, e descobri tudo em um só dia! Como achas que isto não vai mudar nada? Acho que seria melhor esclarecermos isto tudo aqui e agora, já que nem sequer sei se vamos conseguir sair daqui!

Pareceu que o mais velho ia falar, mas nesse momento, Hans Filligard entrou na masmorra.

- Que pena, estraguei o momento? Adivinhem, já é de dia! Guardas!

Seis guardas entraram. Dois dirigiram-se a Yuji para o pôr inconsciente e os outros quatro fizeram o mesmo a Sukuna. Este estava sem energia amaldiçoada por causa daquele talismã, por isso não pôde fazer nada para além de se debater e tentar arranhar e morder, mas no final também ficou inconsciente.

Meu irmão de outra mãe (e outro pai)Onde histórias criam vida. Descubra agora