Uma semana se passou e cada vez mais eu estava odiando a presença daquele embuste. Como alguém aguentava um ser humano daqueles? Em uma tarde no meu quarto, ele me trancou, meus pais não estavam, então eu fiquei horas preso.- Thomas, abre essa porta! ABRE ESSA PORTA! - gritei, batendo fortemente na mesma, ele apenas gargalhou.
- Pede por favor, pede...
Eu não ia pedir nada! Eu podia ficar horas preso, mas eu não ia passar por aquela humilhação. Uma hora meus pais chegariam, e eu contaria tudo.
- Eu não vou pedir nada! Thomas, você vai me pagar!
- É uma ameaça?
E eu não ouvi mais nada, o maldito tinha saído. E foi aí que me surgiu a idéia de deixa-lo sem roupa o dia inteiro no banheiro. Enquanto ele tomava banho, eu peguei sua toalha, e suas roupas, ou qualquer coisa que pudesse o cobrir. Ele ficou desesperado.
- Lenny, me dá isso! Cara, eu estava apenas brincando. - suplicou ele, enquanto estava enrolado no pano do box do banheiro, seus cabelos caiam na sobre sua testa.
- Brincando? E se eu tivesse claustrofobia? Hum?
- Me desculpa, tá? Eu não faço mais! - ele ponderou, mas eu não acreditava em uma só palavra dele.
- Vou pens...
Fui interrompido por sua ação abrupta de me pegar, mas ele tropeçou no pano do box e caiu por cima de mim, senti seu pau na minha barriga, não estava duro nem nada, mas eu me desesperei. Sentir seu pau na minha barriga me deixou nervoso, eu estava constrangido, e ele também.
Que vergonha!
- Se você não me der a minha roupa - ele pegou o pano do box no chão e então se enrolou novamente. Graças a Deus, não queria ficar olhando para aquele pedaço de carne no meio de suas pernas, mesmo que fosse do meu interesse. Porra, ele era meu primo!
Eu terminei que entregando de volta as suas malditas roupas, depois do que tinha acontecido, eu queria dormir. Ainda bem que meus pais estavam dormindo, não tinha chance de eles nos pegarem naquele estado. Eu não queria que eles pensassem que eu estava de "casinho" com meu primo insuportável.
É terrível acordar no meio da madruga para tomar água, e terrível ter que andar na cozinha a noite e sentir a presença de "fantasmas" eu não acreditava naquilo, mas com certeza me dava medo.
E o Estranho aconteceu:
Ao chegar na cozinha, vi alguém de branco, meu coração acelerou e então eu gritei.
- MEU DEUS UM FANTASMA! - eu exasperei, e ia jogar o copo de vidro que segurava na "visagem", mas o corpo se moveu e segurou na minha mão.
Não era um fantasma, era outro ser do capeta.
Thomas Rossier
- Que fantasma o que, tá maluco? - ele perguntou, colocando o copo de volta na pia, ele riu, me deixando confuso.
- Do que está rindo?
- De você! - ele deu mais uma gargalhada - "AI MEU DEUS UM FANTASMA" - caçoou ele, rindo mais ainda, aquilo me irritou. - Meu primo tem medo de fantasma.
- Eu não tenho medo de fantasmas, onde já se viu? - falei, gargalhando mais ainda, não saiu tão bom assim, mas tudo bem.
- E de mim? - ele se aproximou de repente, me assustando e me deixando estranhamente excitado. - Tem medo?
Eu estava nervoso, bastante nervoso, eu não conseguia me mover, não porque ele estivesse me impedindo, mas porque estranhamente eu não queria, eu... Eu estava gostando.
- Eu não tenho medo de você, Thomas - falei, e ele riu.
- É claro que não.
Ele se afastou, e o mais estranho de tudo isso foi o que aconteceu depois, ele subitamente me pôs contra a parede e me beijou, era estranho beija-lo, mas ao mesmo tempo maravilhoso, suas mãos percorriam minhas costas, sua língua dançava no mesmo r ritimo que a minha, seu pau duro encostava na minha barriga, de novo, e toda sensação de estar no céu se esvai quando nossos corpos e lábios se afastam.
Eu estava imóvel e ofegante.
- Você beija bem, priminho - dito isso, ele saiu, me deixando sozinho...
Eu tinha beijado meu primo...
E tinha gostado.
Eu estava louco, só pode.
...
No dia seguinte, eu fiquei pensando na maldita cena do banheiro, no beijo na cozinha e em todas as coisas que aconteceram ultimamente, eu não sou de ferro, eu me senti terrivelmente excitado com seu pau em minha barriga, seu beijo, seu cheiro...
O que eu estou pensando? Agora eu vi, ficar excitado com o meu primo, e cada coisa.
- Chegamos! - ouvi meus pais dizerem, ultimamente eles andavam ocupados. - Onde estão meus amores?
Tratei logo de descer até lá, não queria ter que ouvir o meu primo me chamar depois de ontem isso virou modinha dos meus pais:
" Lenny , seus pais querem falar com você"
" Lenny, aqui, Lenny alí, Lenny, Lenny"
Aquilo estava me irritando! Que porra! Se eles quisessem me falar algo, que viessem pessoalmente.
- Ah, você está aí. - minha mãe disse, assim que apareci na sala, meu pai estava sentado, assistindo o jogo. Então era esse jogo que eles tanto falavam ultimamente - Lenny, onde está seu primo?
- O que?
- Perguntei onde está o Thomas, você o viu?
- Não, eu não vi não.
- Poderia chama-lo? - não.
- Claro, vou sim.
Onde eu estava com a cabeça ir chama-lo? Depois de tudo o que aconteceu? Eu não ia conseguir olha-lo.
- O pai tá chamando, para assistir o jogo. - falei, assim que ele abriu sua porta. Evitei olhar para sua barriga maravilhosa. Maravilhosa? Que?
- Diz que vou ja já. Só vou tomar um banho. - ele disse, e então fechou a porta novamente.
- Até que não foi tão ruim assim - falei a mim mesmo, e então desci, era o jeito esperar o maldito futebol acabar. que inferno!
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Era Uma Vez Nós Dois
RomanceLenny Izaguire se ver em um dilema quando o ódio que sentia pelo seu primo, Thomas , se transforma em algo maior.