O dia passou tão rápido que me perguntei se o universo estava ao meu favor. Eu ainda dormia envolto pelo meu Edredom de gatinho, alí dentro estava tão quentinho, ótimo para acordar tarde.
Ouvi várias batidas na porta, minha mãe já havia chegado, só ela me acordava daquela maneira! Eu me recusava a abrir os olhos, e então ouvi vozes.
- Lenny, seu preguiçoso, ou você acorda ou eu como esse seu cuzinho aqui mesmo - ouvi aquela voz no meu ouvido e abri meus olhos, me olhava.
- Que porra? - falei. Olhei para seu corpo ele estava com um calção de banho - Thomas, são 8:00 horas! Caralho, eu vou arrancar seu pênis!
- Depois você arranca! Agora, ACORDA! - ele falou mais uma vez, mas eu já estava dormindo novamente. Ele de repente tirou o lençol de cima de mim e abriu as cortinas, a claridade entrou em meus olhos - Tô te esperando lá em baixo, seu gay! - ele gritou da porta.
Inferno! Pensei e então levantei.
Após me preparar, desci para a sala e ele já estava na porta; com uma cesta na mão e uma toalha de banho no ombro. Seus chinelos eram verdes, com flores amarelas. Seu calção de banho, por sua vez, era vermelho, como o meu, só que o de Thomas tinha bolinhas.
- Você está patético com esse calção de banho e esses chinelos - zombei, rindo dele. O mesmo olhou com uma expressão engraçada
- Você tá uma delícia.
- Vai se foder! - falei, mas só eu sabia a festa que estava dentro de mim. - Preparado para o melhor penúltimo dia de férias da sua vida?
- Sempre.
Me aproximei da porta e então ele abriu, o dia estava lindo, pássaros voando para lá e para cá, a Praça Dos Velhotes estava movimentada naquela dia ( infelizmente ). As casas estavam todas movimentadas, e aquele bairro nunca foi tão animado, infelizmente.
Olhei para Thomas e então sorri, uma ideia brotou na minha cabeça, sorri de lado e então a pus em prática, abaixei suas calças e corri, ele estava sem cueca por baixo por isso metade das pessoas alí na rua viram o seu amiguinho, em uma tentativa de se reerguer, ele acabou caindo, deixando cair sua cesta, assim que ele levantou, ele correu atrás de mim.
- Seu viado, eu vou te matar - ele dizia atrás de mim, e eu só conseguia rir, tão alto que as pessoas olhavam pra mim.
- Se conseguir me pegar - falei, correndo mais ainda.
Acabamos que chegando ao lago depois daquela correria, eu estava suado, e Thomas parecia mais ainda. Ele colocou a cesta no chão e se deitou na grama verde.
O lago estava tão calmo, o vento fresco batia no meu rosto, meus olhos pousaram no corpo de Thomas, não era a primeira vez que eu tinha o visto assim, só que era diferente, eu não conseguia ver seu corpo somente como uma ferramenta sexual, agora eu o via como uma parte de mim, algo especial; quando nos beijamos na cozinha e eu senti seu pênis duro no meu umbigo, quando eu cai por cima dele no banheiro e senti seu corpo nú. Minhas pernas tremeram e então me sentei.
- Você é um babaca, Lenny. - disse Thomas, se levantando e pegando uma toalha dentro da cesta. Como algo nem um pouco clichê, a toalha era xadrez, vermelha com quadrados brancos.
- Eu? Não fui eu que te tranquei no quarto por horas. - me defendi, sorrindo.
- Eu devia te matar agora - ele falou, simulando um soco
- Prefiro formas mais... Digamos, prazerosas - disparei, ele virou o rosto e então continuou a fazer o que estava fazendo. Bem na mosca! Consegui deixar ele com vergonha! Pensei. - Não tinha algo clichê pra fazer aqui? Tipo, pique no nique.
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Era Uma Vez Nós Dois
RomanceLenny Izaguire se ver em um dilema quando o ódio que sentia pelo seu primo, Thomas , se transforma em algo maior.