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S/n DiCaprio's pov

Desci do carro após meu pai abrir a porta para mim. Agradeci com um sorriso enquanto caminhávamos até a entrada do restaurante. Meu pai falou rapidamente com o atendente que logo em seguida nos levou até a mesa que meu pai havia reservado.

Conversamos um pouco e logo fizemos nossos pedidos. Meu pai pediu algo que envolvia picanha e eu pedi macarrão ao molho branco. Quando terminamos de comer, ele decidiu pedir sobremesa.

- Filha, vamos pedir a mesma coisa? Esse cheesecake de morango parece bom. E não se preocupe, tem opção vegana também. Pode ser esse?

- Pode ser - sorriu e chamou o garçom. Depois de fazer nossos pedidos, me olhou com uma cara indecifrável - O que?

- Você cresceu muito rápido, filha. Ainda me lembro de quando você veio me falar que queria ser cantora. Você não sabia como me falar isso, coitada. Você se lembra?

- Eu não queria que o senhor ficasse decepcionado. Eu sabia que, bem lá no fundo, sua vontade sempre foi que eu me tornasse uma atriz. Mesmo que o senhor nunca tenha me dito isso.

- Eu não iria ficar decepcionado por causa disso, filha. Eu sempre te apoiei com qualquer coisa que você quisesse seguir. Na verdade, eu tenho muito orgulho de você, S/n. Eu sempre tive e absolutamente nada vai mudar isso.

Fomos interrompidos pelo garçom, que até pediu desculpa por nos interromper. Deixou nossos pratos na mesa e se retirou.

- Eu coloquei algum tipo de pressão em você? - olhei confusa para meu pai - Sobre a profissão que deveria seguir.

- Não. Claro que não, pai. A verdade é que eu sempre procurei não te decepcionar porque eu não queria que o senhor desistisse de mim. Eu não suportaria que isso acontecesse de novo, entende? Na minha cabeça, o senhor só ficaria orgulhoso de mim se eu fizesse exatamente o que o senhor queria. Eu sempre soube que a sua vontade era que eu seguisse seus passos e tudo mais, então eu tinha medo de te contar e você não reagir muito bem. Na minha cabeça, isso fazia sentido.

- Eu não sei o que te fez pensar dessa forma, mas é óbvio que isso não é verdade - concordei e ele deixou seus talheres de lado - Eu sinto muito que você tenha passado por tanta coisa, filha. Eu sei que você era muito pequena para entender, mas eu nunca iria desistir de você. Tem uma grande diferença entre sua mãe e eu. Acredito que hoje você sabe disso.

- Eu sei... e ela não é minha mãe. Por favor, pare de usar essa palavra - concordou e eu suspirei - Eu não sei porque, eu só pensava dessa maneira. Quando o senhor saía para trabalhar, eu tinha muito medo de que nunca voltasse. Às vezes o senhor precisava ficar mais tempo longe de casa, aí eu realmente me preocupava, mesmo que o senhor ligasse para falar comigo.

- Por que nunca me contou isso? - dei de ombros brincando com a sobremesa que estava em meu prato - Você ainda pensa assim?

- Não - sacudi a cabeça - Com o tempo eu percebi que o senhor, independente de quanto tempo ficasse fora, voltaria para casa. Mas teve um tempo que foi muito difícil. O que eu quero dizer é que, quando eu nasci, sua carreira estava no auge. E isso foi aumentando com o passar do tempo. Teve uma época em que o senhor não estava nem no meu aniversário. Hoje é bobagem, mas naquela época significava muito que você estivesse.

- Você falou sobre isso com alguém? Na época.

- Não, eu não via nenhum motivo para fazer isso. Além disso, eu não tinha ninguém para falar sobre isso. Bella e Gigi entraram na minha vida muito depois.

- Se te incomoda já é motivo para falar com alguém - dei de ombros. Meu pai deixou seu prato totalmente de lado e pediu a conta - Quer pedir mais alguma coisa?

Sacudi a cabeça e segundos depois o mesmo garçom nos trouxe a conta. Meu pai fez questão de pagar e eu nem me dei ao trabalho de discutir. Ele sempre ganha. Antes de voltarmos para o carro, meu pai tirou foto com algumas pessoas.

Meu pai me deixou dirigir o carro dele no caminho da volta. Estranhei pelo fato de que ele nunca me deixou dirigir nenhum dos carros dele. Dei de ombros pegando a chave e entrei no carro.

- Apenas não bata meu carro, S/n.

- Eu não vou bater - olhei pro meu pai que me encarou com tédio - Estou falando sério, Leonardo. O senhor, por acaso, já me viu batendo algum dos meus carros?

- Não, mas é porque são seus. Você cuida deles como se sua vida dependesse disso - concordei enquanto colocava o cinto de segurança - Dirija como se o carro fosse seu.

- Pode deixar, senhor - liguei o carro e meu pai riu.

Estacionei em frente a minha casa e me despedi do meu pai que me abraçou apertado. Após toda a despedida, entrei em casa e me joguei no sofá. Peguei meu celular pela primeira vez no dia e vi mensagens da Gigi. A loira havia me enviado um link e pediu para eu olhar quando tivesse tempo.

Abri o link e dei de cara com uma matéria sobre Kendall e seu namorado. Eu não sabia que ela namorava. Pelo que parece, nem a Gigi sabia. Perguntei o porquê dela ter me enviado isso e ela respondeu que foi porque ela quis.

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Unexpected Love - Kendall Jenner/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora