Capítulo 11

724 89 44
                                    

O resto da noite após a conversa com Amren em Velaris foi relativamente mais tranquila

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O resto da noite após a conversa com Amren em Velaris foi relativamente mais tranquila. Mor esperava Alynna na rua do apartamento de Amren, e não tentou puxar assunto ou conversar quando reparou na frieza impassível no rosto de Alynna. Elas atravessaram de volta para o palácio acima da Cidade Escavada em um silêncio confortável. Mor entendia mais que ninguém a necessidade de silêncio em alguns momentos.

Então elas apenas caminharam pelos corredores do palácio até o quarto de Alynna. Ao chegar na porta, Alynna entrou no quarto e antes de fechar a porta, virou-se para Mor para se despedir.

— Obrigada por hoje. Por tudo, na verdade.

Mor apenas assentiu, e segurou a mão de Alynna, lhe oferecendo um lindo sorriso como resposta.

— Aquilo que eu disse mais cedo, foi para valer. Eu quero te ajudar, e estou aqui para o que você precisar. — Alynna lutou contra uma lágrima que insistia em se formar no canto de seu olho. — Não vou fingir que sei o que você passou, ou como você se sente. Mas se você precisar apenas de um abraço silencioso ou uma companhia, é só me chamar. Aqui é seu lar também, Alynna, não se esqueça. Não importa o que o Rhys ou qualquer um diga.

Alynna assentiu, apertando a mão de Mor com mais força, carinhosamente.

— Foi um dia cansativo, você deveria descansar agora.

As duas fêmeas se despediram rapidamente, e Alynna fechou a porta atrás de si, desabando no chão em lágrimas. Lágrimas de exaustão, de desespero. Alynna chorou e chorou, encolhida no chão, até sentir que todas as lágrimas haviam saído de seu corpo. Lágrimas que ela aprisionava desde o dia em que fugiu de Hybern. Chorou por tudo que tinha lhe acontecido, por sua mãe, por seu irmão, por seu corpo.

Alynna ficou por uma hora no chão, mesmo quando já havia parado de chorar, em completo silêncio, até que parasse de tremer. Ali, na quietude do quarto em meio às montanhas, Alynna começou a refletir sobre seu dia. Por que apesar de estar em casa, mesmo depois de ter lutado tanto, ainda não se sentia segura? Por que ninguém queria confiar nela? Ela se esforçava, mas sentia ser em vão. Até agora, tinha aceitado tudo que haviam lhe dito para fazer, mesmo que a incomodasse, mas parecia que ninguém se esforçava para ser recíproco com ela.

Antes que a tristeza a abatesse de novo, Alynna reuniu forças e se colocou de pé, forçando o seu corpo a ir até o banheiro. A fêmea tirou as roupas de couro suadas, que ainda estava usando desde a manhã. Seus músculos reclamavam com cada movimento. O vapor da água quente já preenchia o cômodo, iluminado por suaves luzes feéricas e luz das estrelas, que invadiam pelas janelas abertas para a montanha. As velas na parede ao lado da banheira se acenderam conforme Alynna entrou naquela banheira; á água escorrendo silenciosamente para o além. Permitiu que todo seu corpo ficasse submerso, com apenas seu rosto exposto. A água quente envolvia seu corpo todo, relaxando e aliviando as dores de seus músculos. Alynna estava completamente calma, como se água estivesse a embalando em seu colo como uma mãe a ninar seu filho.

Corte de Trevas e TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora