Capitulo 1: Jenny

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- Jenny Lee Laurence. Nenhuma atividade curricular. O que está acontecendo Jenny? Suas notas são excepcionais, mas não posso dar uma carta de recomendação sem um ensino médio completo e as atividades curriculares são essenciais até para te ajudar a decidir o que fará no futuro
- É justamente isso o que eu não sei. Tentei uma vez fazer economia doméstica e você lembra do incidente que deu com aquele bolo.
- E ginástica? Me lembro muito bem da sua apresentação de balé no fundamental
- eu era uma árvore
- Mas você era uma ótima árvore- Margaret sorriu por seu próprio comentário humorístico- eu sei que você canta, e aqui na escola tem um ótimo grupo musical que se apresenta sábado à noite no teatro, você deveria ir ver, pode ser interessante, mesmo não sendo muito popular entre os alunos
- seria um suicídio social
- é um suicídio de carreira, olha, Jenny, você tem um ótimo potencial para entrar na Universidade de New York que você tanto deseja, mas precisa de algo a mais para oferecer, e eu sei que você tem muito a oferecer, só basta procurar.
Tempo é tudo aquilo que não tenho para ir à procura. Sei disso. O último primeiro dia de aula. Ainda não sei o que fazer com relação ao meu futuro e ainda não estou pronta para decidir. Seria perfeito ter mais tempo.
Havia sim um talento secreto, eu poderia facilmente entrar na parte artística da escola, mas também não tenho certeza. Para minhas escolhas serem palpáveis eu preciso estar decidida do que quero. E tenho muita insegurança com meus desenhos sendo Sophie e Matt as únicas pessoas ao qual já os mostrei até agora. "Isto está incrível, você deveria mandar para uma escola de artes, isso com certeza colocaria em uma ótima faculdade com algo que você ama fazer" foi a reação de Sophie "mas quero trabalhar com algo fixo, como contabilidade, psicologia, algo que eu tenho certeza de ser culto e de dificilmente passar dificuldades, por mais que eu goste de algo diferente" foi minha resposta.
Ao sair da sala da orientação Sophie já estava ao lado sentada no banco de espera flertando com um calouro bonitinho que procurava pela sua sala, porém se encantou por Sophie, não era difícil, ela tinha uma beleza radiante, era engraçada, simpática e muito bonita, o que fazia os meninos se derreterem. Já eu era do tipo reservada e pra ser sincera bem grosseira, não por mal, acho que é uma ideia de campo de força para minha própria segurança de não me passar por ingênua, eu era muito branca e magrinha, não tinha uma beleza muito aparente. Não atraia muitos meninos como Sophie, mas não me importava realmente. Apenas com um, Matt. Era o único que não dava em cima de Sophie, ele preferia um tipo específico de garotas, aquelas que não eram superficiais, eu já tinha uma vantagem, mas mesmo assim era muito orgulhosa para admitir que sentia algo por Matt.
Mesmo Sophie sendo engraçada ou simpática ainda era muito superficial, mas não de um jeito mesquinho. As vezes no colégio ia com ela no banheiro na hora do almoço e a ouvia vomitar, não tinha coragem para perguntar, mas já sabia do que se tratava, Sophie sempre falava o quanto tinha inveja por eu ser magra, mas era ela quem era admirada, por seu corpo esbelto, o corpo que todas as meninas gostariam de ter, eu realmente era um pouco mais magra do que ela, mas não de um jeito bom. Gostaria realmente de mudar sua mente destes distúrbios, mas não sei nada sobre e não quero ser um peso para ela então só tento ignorar e elogia-la para aumentar sua autoestima, o que geralmente ajuda. Felizmente.
- Oi meninas, como estão? No nosso último primeiro dia de aula- chegou Matt segurando um livro de Jane Austen nas mãos
- Emma? O que, virou feminista agora?- brinquei
- Ei, é um livro interessante ok? Sophie que me indicou e eu já vi Orgulho e Preconceito em cima da escrivaninha de seu quarto
- Eu sou menina
- Nossa, que Estereótipo
- Desculpa eu sou machista moço.
- ah, entendo, e gosta de Jane Austen?
- sou uma pessoa complicada Matt
- gosto de pessoas complicadas
- então você precisa de tratamento psicológico
- Ei pombinhos, chega de discussão, bora pra aula- interrompeu Sophie se sentido excluída da conversa, sendo bem direta para a brincadeira de nos chamar como se fôssemos um casal, algo que não faz ficarmos com vergonha por conta de está ser uma brincadeira frequente. Ela sempre me diz que Matt deixa bem na cara seus sentimentos por mim, porém não consigo expressar o mesmo, realmente flertamos as vezes, mas nada muito sério, até como mencionei, tenho muito orgulho para demonstra-lo.

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