Capitulo 2: Matt

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Eu realmente não sei muito bem como e quando começar a contar histórias. Mas digamos que meu irmão e eu já passamos por muitas coisas distintas para acreditar que aquilo era verdade. Para eu descobrir que, definitivamente, era verdade.
- não acredito que você fez isso- disse
- para o nosso projeto precisamos desses materiais e eles são caros demais para comprarmos, mas com isso, é muita grana maninho
- isso é errado, esse dinheiro não é seu
- tecnicamente é sim. Aquele idiota do Garry roubou a ideia de mim, além da vida também, isso é para ele aprender a lição e não fui eu que roubei, foi a empresa, eu só fui cúmplice e vou ganhar 50% do dinheiro por ter ajudado. Então com a ajuda do pessoal vamos conseguir trabalhar no seu projetinho temporal.
- não é apenas um projetinho, é uma descoberta científica que pode revolucionar a humanidade- o corrigi
- tanto faz, olha, eles estão contando com a gente então se vacilarmos vão cobrar de nós, pretendem investir muito dinheiro nisso, então vê se não erra.
- sabe, preferia antigamente quando vinha aqui em casa ficar com a gente e trazer seus jogos, mas tá se deixando influenciar por seus colegas de trabalho, pai Edward disse várias vezes pra arrumar um emprego mais justo, ele nem sabe o que realmente é essa empresa
- e nem vai ficar sabendo, não somos lá muito legais
- Jake, são mafiosos
- você fica de boca calada tá ouvindo? Preciso de você e sei que não vai me decepcionar- gritou me empurrando contra a parede e segurando meus punhos a força- espero que sua amiguinha já esteja com a planta feita até amanhã- acalmou-se se afastando e ajeitando as mangas- custe de cobra-la
Logo após ele ir senti lágrimas se formando em meus olhos e tentei pará-las. Não teria como contar para Sophie e Jenny o que estava acontecendo. Sei que elas haviam notado minha preocupação mas isso vai muito mais além do que simplesmente uma saída de uma puta do colégio. E realmente não sabia como iria cobrar Jenny, não tínhamos nos falado muito a pesar de eu tentar não tornar as coisas tão estranhas. Havia a instruído do que fazer e precisava ajudá-la, mas não saberia como ficar perto dela depois de minha falha tentativa de beija-la. Mas tinha que ser forte, pois sabia que no final sobraria para os nossos pais e não queria fazer isso com eles, então segurei o choro e fui em direção ao carro, já eram quase nove da noite e prometi buscar as meninas. Quando estava entrando no carro, pai Victor me chamou
- esta tudo bem pai?- perguntei
- eu que pergunto, vi Jake saindo, tem algum problema? Ele não veio nos cumprimentar, sei que anda distraído mas somos os pais dele, vocês conversam muito então queria saber se está tudo bem
- está- menti- ele só está muito estressado com o trabalho e só veio me ajudar em um projeto, nem deu tempo de ficar, mas aposto que da próxima vez ele vai dar um oi para vocês
- ele foi o único que não nos viu realmente como seus pais quando o adotamos, isso foi difícil para ele, mas eu gostaria que você pudesse conversar com Jake algum dia sobre isso, eu e Edward não temos muito sucesso
- eu falo, vai dar tudo certo pai, agora tenho que ir, vou buscar Sophie e Jenny para a festa
- tudo bem, sem bebidas se for dirigir hein
- pode deixar pai- respondi dando a partida no carro
- e juízo, manda um beijo pra Jenny do seu sogro
- pai!- exclamei
- estou só brincando, te amo filho
- também te amo pai. Tchau.

Eu e Sophie estávamos ao caminho da casa de Jenny. O seu perfume (de Sophie) era forte e inundava todo carro, mas era já de costume, nos acostumávamos com o cheiro, era bom, só exagerado. Mas os meninos gostavam. Por nós três sermos quase irmãos por tanto tempo, meus amigos sempre me vinham pedir conselhos de como chegar em Sophie. Ela era realmente bonita e divertida mas nunca entendia eles, nunca se quer trocaram uma palavra com ela e ficavam babando por ela em cima de mim, então percebi como a maioria dos garotos eram bem superficiais. Quando chegamos a casa de Jenny ela ainda não estava lá fora então resolvemos sair e tocar a campainha, quando a porta foi aberta mostrou um belo rosto familiar, Marta, mãe de Jenny, com um rabo de cavalo bem amarrado, um moletom azul e uma calça jeans o que significava que ela estava na sala passando roupa, já que só usa moletom pelas causas de trabalhos em casa como lavar, passar roupa e cozinhar, mas lavar roupa seria na quinta, era sexta feira e além do mais Ethan (pai de Jenny) estava em casa o que significa só uma coisa: nada de testes com comidas.
- oi Sophie, Matt, como estão bonitos, podem entrar, Jenny está terminando de se arrumar, teve um imprevisto, sabe com a enxaqueca
-sério? Ela está bem?- perguntou Sophie preocupada
- está, levamos ela ao médico, mas agora já está tudo certo, foi alarme falso, tem a ver com a ansiedade- respondeu- mas enfim, fiquem a vontade se precisarem de qualquer coisa, vou ficar aqui passando roupa.
Entramos e deixamos nossos casacos ao lado. Enquanto esperávamos ficamos em pé nos distraindo com um programa de colecionadores que Ethan estava assistindo e Marta enquanto passava a roupa.
- Mãe!! Viu minha carteira?- gritou Jenny de cima do sobrado onde ficavam os quartos e uma pequena sala cheia bagunça que quando criança chamávamos de o quarto da bagunça e ficávamos lá vestindo as roupas velhas da avó de Jenny e usando os chapéus do avô.
- está aqui em baixo querida. Ah e seus amigos já estão aqui te esperando- quando Marta terminou de falar Jenny já estava na escada. Não vou falar que foi uma das cenas clichês de filmes românticos para adolescentes. Mas foi uma cena clichê de filmes românticos para adolescentes. Ela estava simplesmente linda. Usando aquela calça jeans costumizada que eu sempre adorei, uma blusa preta de gola alta e uma jaqueta de couro combinando com o coturno. Uau. Não parece ser impressionante, mas era algo que combinava com ela, mais do que seus looks simples com camisas largas e cabelos amarrados para esconder sua beleza. Seu cabelo estava solto, ondulado, não estava usando nenhuma maquiagem apesar de seus lábios serem rosados naturalmente o que dava a impressão de sempre estar usando batom. Algo que me dava ainda mais vontade de beija-la. Quando ela se veste mais como, ela.

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