Prólogo

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Egito 3 mil anos A.C

Anubis observava os humanos caminhando por Duat, todos em fila passando pelos portões, logo enfrentariam os demônios, e se passassem as provações seriam julgados por Maat e Osíris, a deusa da justiça e o senhor do submundo, eram sempre justos o que em grande parte não era um bom sinal para os humanos.

Seu corações eram pesado, aqueles que não tivesse o coração leve como a pena seriam devorado pelo demônio Ammit, um destino cruel, aqueles bons passariam para o além vida,vivendo para sempre ao lado dos deuses, e retornando ao mundo humano como a aparência antiga, que foi preservada pelo ritual de mumificação.

A fila nunca diminuía cada dia novos humanos chegavam para serem julgados, era um trabalho interminável, e assim seria para sempre, ele os encaminhava para os deuses, abria as portas do além vida, supervisionava os julgamentos, as vezes condenava alguns, também acompanhava as mumificação juntamente com sua dita esposa Anput, nunca foram de fatos casados, a associação veio pela proximidade de seus trabalhos, Anput era a deusa da morte responsável pelos rituais para mumificação ele foi o primeiro a fazer tal prática não era de se espantar, que os considerasse um casal.

Anubis ponderou, poderia se envolver com Anput, ela já mostrou interesse nele diversas vezes, mas ele não tinha o mesmo sentimento, na verdade ela já declarou ama-lo e considerar o casamento como verdadeiro, ele não se importou em negar novamente a obviedade que não existia nada, deixou Anput nas suas própria ilusões.

Ele tinha muito o que se preocupar, foi ao mundo dos vivos para abrir o caminho para uma nova alma, entretanto algo incomum chamou sua atenção, parecia algo como um sopro nas suas orelhas, nunca tinha ouvido tal coisa, acompanhou a alma até duat, e voltou, virou um chacal para evitar um maior alvoroço, não era como os outros deuses que viviam pelas terras do Egito, e provavelmente não seria bem recebido, sua presença era sinal de morte, o que deixava todo humano com medo.

Caminhou rapidamente em suas quatros patas, mas não esperava o que viu, Anubis foi pego de surpresa, ao saber que havia um templo para ele, não era cultuado como os outros deuses, então o templo foi uma surpresa, não sabia ao certo se tão grata.

Os humanos não lidavam bem com sua chegada, depois de séculos já era considerado mal agouro, não ficava entre os homens por isso, algumas pessoas diziam que seu toque podia matar, uma grande bobagem, era mortal como todos os deuses, um lutador, com habilidades marciais, com armas em geral e tinha seus poderes, mas não matava com o toque.

Ao caminhar até o templo escuta melhor os zumbidos, na verdade orações, não propriamente para ele, sim para os mortos, algumas tristes outras com ódio, o culpando por levar a alma dos seus amados, Anubis ficou ali deitado ouvindo cada uma delas, quando o dia estava findando, ouviu um oração em particular que lhe chamou a atenção, alguém lhe agradecia.

Se aproximou do templo, tomando as sombras em volta de si, seu templo era negro de pedra polida com tons em dourado, tinha máscaras de chacal por vários lugares e uma estátua sua, em altar com velas e tochas que clareava o local, tinha algumas oferendas aos pés da sua estátua, não chamou sua atenção, sua curiosidade estava em outra coisa no momento.

Observou quem rezava, era uma mulher humana, tinha a cabeça baixa, mas julgar pelas roupas era uma serva, ou uma simples moradora de vila, mas porque agradecia a ele ?

Ouviu a oração com atenção, e ficou surpreso de alguém entender seu trabalho.

__ Eu lhe agradeço grande Anubis, sem ti não valorizarmos a vida, sem ti jamais viveríamos entre os deuses, não passaríamos para o além vida, e viveríamos preso neste mundo....

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