Ato IV: Agressividade + excitação = Acordo

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Pretendia soltar esse cap amanhã, mas ocorreu um imprevisto. Perdão por algum erro, não tive tempo de revisar.
Fiquem aí com esse cap polêmico.
Lembrando: não estou romantizando violência e semelhantes!

Minho já estava há quase meia hora encarando um esquilo perdido entre os edredons. Observava o menor com curiosidade e desgosto. Não gostava nada do que havia sentido mais cedo e isso estava o desconcertando. Desbloqueou o aparelho que tinha em mãos e discou um número rápido levando o celular à orelha.

Nada.

Tentou outra vez e finalmente foi atendido.

— Quero falar com sua irmã... — Pediu, a voz pouco trêmula o irritava. Só queria socar o próprio rosto por ser tão estúpido. — Por favor, me escuta dessa vez--

(Estou pedindo "por favor"?)

— Eu... Quero pedir desculpas- E-Eu sei que já fazem três an-- Quem se importa, Yeri...? Por que me trocou por ele, talvez? — Finalmente o riso anasalado e cheio de deboche apareceu. Simplesmente encerrou a chamada e levou as mãos à cabeça.

(Imbecil, você é um imbecil Lee Minho...)

Respirou fundo e desceu as mãos até o apoio da sacada, observando a área da piscina na parte de embaixo.

(...)

Virou-se e se assustou com o montinho de edredom ao pé da porta. Levou a mão ao peito e fechou os olhos brevemente.

— Que porra você tá fazendo? — Jisung baixou um pouco da coberta para olhar o loiro.

— Então é por isso que é um porre? Por que foi abandonado? — Minho riu fingido.

— Seus pais não te ensinaram que é falta de educação escutar a conversa dos outros? — Entrou no quarto sendo seguido pelo ser enrolado pelos cobertores.

— Seus pais não te ensinaram que é falta de educação não responder às perguntas dos outros? — Minho fez careta.

— Não? — Arrumou sua cama rapidamente ainda com o Han no seu pé.

— ... Você ainda gosta da sua ex, por isso é um idiota. Pensava que Lee Minho era temido por ter feito coisa pior. — Riu provocando o maior que parou o que fazia e respirou fundo fechando o punho, sem que notasse.

(Esse desgraçado tá "corajoso" demais pro meu gosto)

— Agora te acho mais-- — Assim que o Lee virou-se para Jisung, o menor apenas viu um borrão rápido quando Minho o jogou na cama e segurou seu pescoço com brutalidade.

— Não aja como se me conhecesse, pare de falar merda- sua voz me irrita, seu animal imundo. — Mandou grotesco entre os dentes assistindo o rosto do acastanhado ficar vermelho enquanto tentava livrar seu pescoço das mãos do maior. — Se você contar a alguém do que ouviu, eu vou te matar, entendeu? — Quando Han estava quase desmaiando sem oxigênio, soltou-se do menor com o cenho franzido e um nó na garganta.

Odiava fazer isso. Agir por impulso.

Ainda estava em cima do menor enquanto o mesmo tossia com a cabeça doendo.

— Desculpa-- desculpa, eu entendi. — Minho viu o canto dos olhos de Jisung lagrimarem e por impulso limpou seu rosto desviando o olhar instantaneamente para os lábios convidativos do outro. Mordeu o próprio rapidamente e inclinou o corpo para alcançar os de Jisung que mais uma vez naquele dia, entrou em choque.

(De novo não...)

Sem preliminares, as mãos de Minho foram rapidamente para dentro da camisa do menor, dedilhando cada centímetro do tronco forte do menino que se contorcia sob si.

Jisung não entendia porque sempre acabavam assim, mas não podia negar que gostava. Gostava muito.

Em um solavanco, separou-se do Han e tirou sua camisa, olhando-o desnorteado. A expressão aparentemente inocente com uma mistura de necessidade no rosto do acastanhado deixava Minho ao ponto da loucura. Adorou a ideia de fazer o menino gemer seu nome com uma imagem cheia de luxúria.

— Vamos fazer um trato. — Jisung engoliu em seco apenas ouvindo o mais alto. — Eu prometo não te matar se fizermos isso mais vezes. — O menor franziu o cenho.

(Você tá brincando...)

Não esperou Han dizer qualquer coisa, tirou sua camisa jogando em qualquer lugar do quarto e começou a desabotoar o cinto quando o menino entrou em desespero.

— Espera! Espera! — Minho deixou o cinto de lado para olhar o menor com as sobrancelhas juntas. Jisung desviou o olhar e apertou os lábios ficando violentamente corado. — E-Eu sou virgem. — De início, o Lee pareceu surpreso com a confissão, mas depois relaxou a expressão quando deitou o tronco outra vez para beijar Jisung. Um beijou lento e estranhamente carinhoso. Se afastou, não a ponto de ficar muito distante do rosto bonito do rapaz e mostrou um sorriso ladino, que no fundo, deixou Jisung ainda mais temeroso.

— Eu prometo ser cuidadoso...

🌈⁴*⁴🌈

Mais um dia normal mal havia começado e os casais da casa já estavam intrigados se perguntando o que aconteceu com os outros amigos, em especial Jisung.

O acastanhado andava mancando e quando perguntado, dizia que tinha torcido o pé. Os amigos apenas relevaram mesmo vendo que aquilo não fazia muito sentido já que um pé torcido doía com um inferno.

Changbin tinha uma cara de paisagem e vivia no mundo da lua. Falar com ele era o mesmo que conversar com uma parede. Ele sempre iria perguntar se alguém falou com ele.

Jeongin ainda estava na cama e com a cara emburrada. Os amigos apenas o deixavam sozinho quando estava de mal com a vida.

Já Minho parecia outra pessoa. Vez ou outra o quarteto o via sorrindo do nada. Ninguém tinha coragem de falar com ele, "vai que tava planejando coisas ruins", como dizia Felix.

A tarde logo chegou e todos se preparam para partir depois do dia estranho.

🌈⁴*⁴🌈

Duas semanas se passaram rápido e os dois quartetos que antes não se suportavam, agora pareciam mais unidos do que nunca. Minho e Jisung quem eu diria.

O grupo certamente notou isso já fazia alguns dias. Eles ainda brigavam, muito, mas de vez em quando, os amigos podiam ver Minho sorrir com Jisung. Não um sorriso de sarcasmo, deboche, mas um sorriso genuíno e certamente suspeito. Cenas assim sempre eram um choque para os outros seis.

— Programa de casais no sábado. Alguém pra segurar vela? A gente aproveita pra comprar as fantasias de halloween! — Felix sugeriu batendo palmas animado. Como podem ver, era sempre ele quem inventava os rolês.

— No sábado é aniversário da vovó, tenho que visitar ela. Consequentemente, também vou passar o feriado fora. — Jisung fez bico.

— Eu tenho que trabalhar no sábado por causa do feriado. — Chan suspirou mexendo seu almoço de um lado para o outro com o garfo.

— Alguém mais não pode ir? — Como mais ninguém negou, Felix bateu na mesa. — Beleza! Amanhã, às 16 horas, vamos nos encontrar em frente ao shopping. Vou comer o cu de quem se atrasar, entenderam?

— Posso atrasar então? — O Lee riu com o comentário idiota do namorado, então estapeou seu braço.

— Para, se não vou levar à sério. — Hyunjin apenas mostrou um sorriso sugestivo enquanto o resto do grupo fazia careta.

Eles não podiam ser menos óbvio.

4 x 4 = Sentimentos e ConfusõesOnde histórias criam vida. Descubra agora