capítulo 6- Camz

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Oiii gente, boa noite ❤

Eu sei que demorou mais que uma semana para atualizar mas trouxe um capítulo com 4k de palavras, da pra compensar a minha demora!

No capítulo anterior, eu pedi para vocês decidirem se queriam a fanfic no povs de quem e só 3 pessoas votaram ksksks 2 votos para Camila e 1 para a Lauren, Então os povs vai ser da Camila.

Enfim, quero agradecer pelas views, pelos votos, e comentários, estou feliz com a participação de cada um aqui, é de extrema importância que vocês colaborem.

Vou deixar o capítulo aqui, desculpem os erros e até lá em baixo.

Total de palavras: 4334

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New Hope, Oregon, EUA. Ano 3056, Mês 12, dia 2.

Point of view Camila cabello

Para mim, era estranho estar na companhia de outros seres humanos tão delicados, tão medrosos e tão sensíveis. À uma noite atrás, três pessoas haviam invadido meu abrigo, abrigo do qual havia levado meses para cuidar, manter limpo, manter seguro para que eu pudesse morar. Elas chegaram à noite enquanto eu dormia. Quando eu acordei, eu tinha uma ômega em meus braços, uma ômega não-selvagem por suas vestimentas, mas eu não liguei para aquilo. Ela grudou em mim como o grude que saia da árvore, como uma abelha que quer o pólen de uma flor ou como uma abelha que apenas quer seu mel. Eu tentei afastá-la, mas quando senti seu cheiro de excitação, alguma coisa em mim havia mudado. Nenhuma ômega havia ficado excitada por mim daquela forma, seu cheiro adocicado havia entrado em minha mim como se eu tivesse ingerido algum tipo de ecstasy, me fazendo ter ações e atitudes irreconhecíveis por mim. 

 Minha alfa interior queria morder aquela ômega, que tinha os olhos brancos por mim. Eu havia atingido maturidade suficiente para sentir minha alfa interior. Isso era bom, desde que eu e minha alfa estejamos de acordo com minhas decisões. Porém, desde que eu vi aquela moça da cidade, minha alfa implora para morder a ômega e torná-la minha companheira de alma. Talvez, seja porque nunca estive com uma ômega e o destino não seria bom trazendo outra ômega para mim. Eu tinha consciência o suficiente para lutar contra minha vontade interior e me manter firme. Eu me sentia satisfeita dando carinho a ômega que se sentia confortável em meus braços. Eu a alimentei, cuidei, e passei por cima dos meus desejos para deixá-la confortável, para mostrá-la que não é porque eu sou uma selvagem, que sou como um animal irracional, pois foi isso que suas amigas pensaram de mim. 

 Eu já havia sofrido descriminação e preconceito na Vila onde eu nasci. Eu não tinha amigos, as pessoas me julgavam por não ser bruta, ignorante e agir como um cafajeste, porém, sofrer preconceito por pessoas da cidade, era novidade. As pessoas na Vila sempre comentavam que os engravatados eram muito mais evoluídos que nós. Diziam que eles tinham prédios que tocavam as nuvens, que tinham carros que flutuavam, que possuíam robôs para fazer trabalhos que humanos poderiam fazer, que suas casas não tinham cercados porque ninguém precisava mais assaltar, todos os civilizados tinham condições de viver em casas boas, não havia mais pobreza como havia no século 21. Isso me fez pensar que talvez eles tivessem evoluído em relação a descriminação, preconceito, homofobia, racismo e etc. Porém, o casal que acompanhava a minha ômega, fez eu regredir meu pensamento em relação a evolução deles.  

Infelizmente, eu me enganei e eles tinham um cérebro como o de um passarinho. Um cérebro pequeno. Eu me senti mal com os trocadilhos que elas me lançavam. Eu era a porra de uma selvagem, segundo a outra Alfa. 

Por que pra ela, ser uma selvagem era ruim? Eu não era uma pessoa ruim. 

E segundo a ômega negra, eu não sabia me comportar como uma pessoa normal. O que era normal para eles? O que a fazia pensar que eu não era normal? 
 
 Eu havia decidido ir embora. Eu me senti mal e desconfortável naquele ambiente com as pessoas que estavam me expulsando do abrigo que eu encontrei e cuidei. A ômega Lauren me pediu que eu ficasse, mas as suas amigas me olhavam tão feio que eu preferia ir embora. Dava tempo de fazer um abrigo antes da neve cair. Eu fiz menção de sair da casa. Mas a ômega Lauren, a ômega que meu interior clamava, veio atrás de mim. Ela fez perguntas que eu não sabia as respostas, ela conseguiu me convencer a ficar e eu decidi ficar. 
 
 Eu não havia escolhido ficar por ela. Seu cheiro era doce como baunilha, sua pele era macia como algodão, seus olhos verdes eram como as flores da floresta e água dos mares e rios. Ela era pequena e cabia perfeitamente em meu colo. Suas unhas eram grandes como de um gato selvagem, mas eu gostei de tê-las arranhando minhas costas. Ela era a ômega mais linda que eu tinha visto na vida. Sophie e minha mãe iriam se orgulhar se soubessem que eu estava com uma ômega tão linda e educada. Eu decidi ficar, porque apesar de todas essas coisas, meu coração nunca bateu tão acelerado e forte por alguém. Minha alfa interior nunca quis tanto cuidar de alguém, ficar com alguém como quis a ômega de olhos verdes. Eu queria conhecer ela também. Eu não sabia o motivo ou a razão, mas eu queria ficar com ela o tempo todo, era mil vezes melhor ter a companhia dela do que a companhia do casal. 

Uma Alfa DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora