capítulo 12- você tem duvidas disso?

1.7K 258 74
                                    

Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo?

Demorei, mas voltei, amores!!

Trouxe um capítulo com 2,500 de palavras e vou logo avisando que no próximo cap o circo vai pegar fogo!

Comentem muitooo, votem, me siga na dreame e até logoo

Beijãoo
*************

New Hope, Oregon, EUA. Ano 3056, Mês 12, dia 9 

Ainda naquele mesmo dia, a alfa selvagem se preparava para contar o motivo de estar sozinha a meses naquela floresta. Ela respirou fundo e se sentou no chão, levando seus pensamentos para as lembranças de sua antiga alcatéia.   

ㅡ Eu fazia parte da alcatéia Konstelacja. Fica em  Los Padres.- Começou a contar e Lauren se assustou por conta da distância que a alfa andou até chegar onde estava atualmente.ㅡ Eu e a minha família éramos nobres, pessoas do bem. Nós não tínhamos nenhuma ligação com o líder da alcatéia e muito menos tínhamos algum tipo de privilégio ou benefício. - deixou claro. ㅡ Minha mãe e minha irmãzinha eram tudo o que eu tinha. Eu as amo muito.- Suspirou a alfa ao falar das mulheres da sua vida. Só ela sabia o quanto sentia falta. ㅡ Eu amava o meu pai também. Porém, ele nunca gostou de mim do jeito que eu sou. Desde pequena, ele sempre tentou me moldar, fazer com que eu fosse uma alfa do jeito que ele queria, mas conforme eu fui crescendo, mais longe eu ficava se ser o que ele queria que eu fosse. Ao atingir minha adolescência, eu comecei a treinar com os outros adolescentes da Vila, pois em alguns anos, haveria a grande luta pela liderança da alcatéia. Meu pai queria tanto que eu fosse a líder da alcatéia, que eu acabei treinando justamente para fazer a sua vontade, pois talvez se eu ganhasse, ele me olharia como um alfa de verdade. - Negou a alfa, pensando o quão ingênua foi.ㅡ Conforme o tempo foi passando, mais meu pai colocava expectativas sobre mim. Ele queria que eu vencesse de qualquer forma, e isso não era algo positivo. O meu pai estava ficando cego pelo poder que eu poderia ter caso ganhasse a liderança da alcatéia. Meu pai nunca foi um homem bonzinho comigo. Eu não sei o porquê até hoje, mas as pessoas na Vila nunca me viram como uma alfa de verdade, porque eu era calma, nunca tive uma ômega e nunca briguei por ninguém, por conta disso, nunca tive amigos próximos, nenhum alfa queria seus filhos perto de mim. Acho que era por isso que meu pai tinha raiva de mim, por eu não agir como todos os alfas selvagens da alcatéia. O dia da luta se aproximava, meu pai ficava desapontado comigo e ansioso. Ele era grosso, ignorante e queria que eu ganhasse de toda forma.- A alfa contou com pesar. ㅡ No dia da luta, eu lutei como um alfa, eu cheguei até a final, mas eu não consegui vencer. O alfa, o filho do líder, eu não sei… mas tinha alguma coisa nele. Ele me bateu como se eu fosse uma folha seca e seus olhos estavam amarelos. Isso não era normal.- Lauren apenas franziu o cenho. Ela sabia que existiam drogas que mexiam com os instintos dos alfas, os deixando mais violentos e mais fortes, e os olhos amarelos eram a prova disso. Porém, preferiu se calar. Ela não queria interromper a sua alfa.ㅡ Eu havia perdido a luta, eu estava jogada naquele chão como um verme. As pessoas riam da minha situação e meu pai me olhava com ódio em seus olhos. Ele rosnou pra mim. O rosnado foi tão alto, que minhas orelhas latejavam. Ele usou sua voz de alfa comigo e ordenou que eu ficasse de pé para vencer o filho do líder da alcatéia, mesmo sabendo que era contra as regras e que eu já havia perdido. O filho do líder já havia ganhado, e independente do que eu fizesse, a liderança seria dele. Eu estava brava, estava com raiva, e sentindo ódio do meu pai. Em um momento de raiva, e completamente domada pelo meu alfa interior, eu pulei nas costas do filho do líder, fazendo ele cair de joelho, prendi minhas pernas nele e furei seus olhos com minha próprias mãos. - Disse a alfa completamente enojada, esperando uma reação da omega, que não veio. Então ela só respirou fundo e prosseguiu.ㅡ Depois disso, eu fui escorraçada da alcatéia. Se eu ficasse, eles iriam me matar em forma punição. Na nossa vila haviam regras, e todos seguiam as regras. No dia da luta, eles citaram as regras, só que o filho do líder era o único que tinha os olhos amarelos naquela noite, aquilo não era normal. Parece que ninguém viu naquela noite, somente eu. Ao me expulsarem, eles mandaram avisar a todas as alcateias da região o que eu havia feito e ninguém me quis em sua vila. Eu estava sozinha. Eu havia me tornado uma alfa solitária. Nenhuma ômega selvagem iria me aceitar como a sua parceira, pois eu era uma vergonha. Eu andei por meses nessa floresta. Eu aprendi a viver sozinha, a me defender, a sobreviver e acabei desenvolvendo minha maturidade de alfa. Eu passei por muitas coisas sozinha, até que encontrei o seu abrigo.- Contou a alfa, ocultando completamente tudo que passou na floresta sozinha.ㅡ Eu apenas resumi o que aconteceu para eu estar sozinha. - a alfa olhou nos olhos da ômega. ㅡ Palavras não são o suficiente para dizer tudo o que eu vivi, vi e passei na minha vida. Hoje eu não me arrependo do que eu fiz. Eu me sinto livre.- Explicou alfa, sentindo um grande peso sair das suas costas.

Uma Alfa DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora