capítulo 7- Filhote

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Desculpem pelo o horário.

Irei revisar os erros depois.  Boa leitura, leiam com calma e boa noite!

Não se esqueçam de votar e comentar, bjss

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Karla Camila P.o.v. 

Depois das meninas terem despertado e terem se alimentado, eu me dispôs a ajudá-las com o restante das coisas que ficaram no carro. A trilha que fizemos até o carro foi tranquila, elas três conversam animadas e eu apenas caminhava ao lado da Lauren. Antes de sairmos da casa, eu mostrei para a ômega as flores brancas que haviam nascido em frente ao nosso abrigo, ela achou adorável. Eu sorri por ela ter gostado e ter visto antes da neve esconder a sua beleza.  

Enquanto elas conversavam, eu prestava atenção. Achava estranhos seus costumes. Elas falavam sobre fazer o cabelo, fazer a unha, mas elas já tinham naturalmente, não precisava fazer. Eu fiquei abismada por elas não quererem ter filhotes, elas tomavam remédio para evitar, mas era natural ter bebês, elas não achavam bonito os deuses nos presentear com lindos anjinhos. Eu daria tudo para ter um Cabeyozinho em meus braços, ter um pedacinho de mim no mundo, enquanto as pessoas da cidade simplesmente evitavam ter bebês, para eles, era algo normal. Mas para mim, era triste, porém, eu respeitava. Outra coisa que eu achei estranho é que, pelo o que as meninas conversavam, era normal ter vários companheiros no decorrer da vida e que tinha alfas e ômegas que não gostam de marcar e ser marcados por sua prometida com a mordida. Era estranho. 

 Eu aprendi que quando nasce um alfa, nasce uma ômega para ele. Eles eram destinados a ficarem juntos e o destino tratava de uni-los. Então, era normal um alfa esperar por sua ômega. Porém, não eram todos que seguiam essa tradição. Eu particularmente, acredito que eu era uma alfa condenada por ter sido escorraçada da minha vila. Nenhuma ômega selvagem ousaria ficar comigo. Como uma alfa selvagem, era meu destino me unir a uma ômega selvagem, mas como? 

 Eu estava acostumando com a ideia de ficar sozinha, aquele era meu castigo. Mas então a ômega de olhos verdes chegou com suas amigas me tirando da minha zona de conforto, me fazendo repensar nas minhas ideologias, me deixando confusa e fazendo uma bagunça nos meus órgãos internos. Meu coração nunca bateu tanto por uma ômega. Meu nariz nunca exalou um aroma tão doce, tão feminino, capaz de me deixar necessitada. Eu não sabia que precisava sentir seu cheiro, sua pele macia na palma da minha mão, até sentir. A ômega tinha um corpo pequeno e delicado, não tinha um arranhão, nenhuma cicatriz, era tão delicada quanto um rubi, tão preciosa como uma jadeite, era tão linda quanto um Niebieski diament. A ômega da cidade era perfeita aos meus olhos, perfeita para mim e para minha alfa interior. 

 Para mim, era confuso. Ela precisou apenas me encontrar para eu querer me entregar. 

 A ômega de olhos verdes é perfeita, enquanto eu tinha várias marcas no corpo. Eu possuía alguns arranhões e cicatrizes. Eram marcas de meus treinamentos na Vila, marcas de minha luta com animais selvagens e outros alfas solitários no decorrer de minha trajetória. Eu não me envergonho, mas me comparando a Jane, eu era um trapo. 

ㅡ Você está quieta.- Lauren comentou chamando minha atenção. Eu respirei fundo. 

ㅡ Passei meses sozinha. Ficar quieta não é um problema para mim.- Contei.  

 Atualmente estávamos voltando para a chácara com suas inúmeras bolsas e malas.  

ㅡ Eu gostaria de te conhecer. Me conta porque estava sozinha?- perguntou. 

ㅡ Oh, tem um animal aqui.- Eu pronunciei baixo. Eu havia escutado um miado de longe e parei de andar, tentando me concentrar para descobrir de onde vinha o som. 

Uma Alfa DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora