APRISIONADA PELO MAFIOSO - Série: Os Irmãos Webber.

IV

P.O.V Aurora.

Mais três dias que não saio de casa, já estou melhor é verdade mas ainda estou muito chateada, Ethore me ligou algumas vezes mas eu fiz questão de recusa todas.

Cretino, cínico...

- Escura meu amor, eu tenho que ir. - Jeiza chama minha atenção.

- Volta logo. - Faço biquinho.

Hoje é o dia de folga dela e ela vai visitar sua mãe, eu não queria que ela me deixasse mas não posso prendê-la.

- Eu volto sim meu amor. - Me da um beijo na testa e sai.

Volto para a sala e me deito no sofá me cobrindo com o coberto grosso, pois Zurique estava nos graus negativos naquele fim de tarde.

Assistir os primeiros vinte minutos do filme até que minha concentração é interrompida pela campainha.

Jeiza deve ter esquecido de alguma coisa. Me levantando e sigo até a porta.

- Esqueceu alguma coisa... - Abro a porta mas não completo a frase surpresa.

Fico em silêncio vendo que não é Jeiza e sim Ethore, ele me encara e sem pensa minha primeira reação é tentar fechar a porta em sua cara.

Sem sucesso é claro, pois ele coloca o pé na porta me impedindo de fecha-la, ele a força com o antebraço e não consigo manter a pressão.

- Vai embora Ethore. - Esbravejo seguindo para a sala.

Ele fecha a porta atrás dele e vem atrás de mim.

- Eu só quero conversa... - Digo num tom tranquilo.

- Pois eu não quero nunca mais fala com você. - Me viro para ele numa expressão dura.

Posso ver que minha frase o abalou, ele fecha os punhos para controlar a raiva que claramente esta tentando esconder.

- Do que esta falando Aurora? Você é minha, sabe disso... Sabe que nunca pode me deixar. - Seu tom é brando mais sua feição é impassível.

Dou um sorriso de irônia e balanço a cabeça negativamente.

- E para que você me quer em? Para me bater e machucar como fez naquela noite? - Cuspo as palavras em sua cara com ódio.

- Eu sei que eu errei querida, mas eu não vou fazer mais... - O interrompo.

- Ah por favor, não me venha com essas desculpas esfarrapadas... Eu não sou burra Ethore e não vou permitir que me machuque. - Digo decidida.

- Você tem que entender que eu estava com raiva, estava nervoso com tudo que aconteceu... Você ali sem me avisar que iria...

- Eu estava numa missão. - Cruzo os braços.

- Uma missão onde tinha que seduzir outro homem... - Diz e dessa vez não faz questão de esconder a raiva. - Eu fiquei maluco quando vi aquilo.

- Seu pai me convocou...

- Não interessa, falasse comigo e eu ia dar um jeito... Mas você não podia ter ido naquela porra de navio.

Jogo a cabeça para trás sem acreditar.

- Você não vai jogar a culpa em mim, ela não é minha... É sua. - Aponto o dedo. - Você é um cretino que acabou comigo.

- Aurora...

- Vá embora da minha casa, eu não quero nunca mais falar com você e faça o favor de fechar a porta quando sair. - Viro as costas para ele e subo as escadas entrando no meu quarto.