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P.O.V Aurora.

Desço as escadas do meu apartamento sentindo o cheiro de café quentinho tomando conta do lugar.

- Jeiza... - Chamo entrando na sala de jantar.

Desde que papai morreu Jeiza cuida de mim, ela é muito mais do que uma empregada já que ajudou meu pai a me criar depois que minha mãe morreu quando eu era pequena.

- Estou aqui minha menina. - Ela diz sorrindo vindo da cozinha.

Vou até ela e lhe dou um beijo estalado na buchecha me sentando ao lado direito na mesa, nunca tive coragem de senta na cadeira da ponta.

Era a cadeira de papai e não posso nunca tomar o lugar dele mesmo sabendo que ele nunca mais vai volta.

- Olha o que chegou para você. - Ela diz apontando para o lado esquerdo mostrando um buquê de flores gigante.

- E quem mandou? - Pergunto me fazendo de desentendida.

Não precisa nem ser um gênio, pela extravagância do tamanho do buquê eu sei que é de Ethore.

- É dele... Eu li o cartão. - Ela responde me entregando o pequeno envelope vermelho.

- Sabia que é feio ler a correspondência aleia? - Pergunto bem humorada.

- Tecnicamente não é uma carta e sim um cartão. - Ela rebate e eu reviro os olhos.

Abro o envelope e tiro o bilhete escrito a mão.

Estava pensando em você e decidi comprar essas flores, o tamanho representa minha saudade e ansiedade para te ver novamente!

Ethore.

Reviro os olhos e guardo o cartão de volta no envelope o deixando de lado começando a comer.

- E então? - Jeiza pergunta.

- Então o que? - Olho para ela.

- Não vai ligar agradecendo? - Franze o cenho.

- Não. - Reponde normalmente.

- Vocês brigaram?

- Não exatamente...

- Como assim Aurora? - Pergunta confusa.

- Eu briguei com ele mas ele ainda não sabe. - Explico.

- Ah... - Ela rir. - E o que ele fez?

- Ele me pôs numa situação muito constrangedora ontem e eu não gostei. - Respondo séria.

- Qual situação?

- Não importa... O que importa é que eu não estou bem com ele.

Óbvio que omiti a parte de que ele estava com a cabeça no meio das minhas pernas enquanto a noiva dele batia na porta, ela não precisa saber disso.

- E o que vai fazer?

- Vou ignorá-lo até minha raiva passar.

- E ele?

- Ele? - Dou de ombros mas abro um sorriso tendencioso. - Deixa ele senti minha falta e então ele vai vir assim. - Estalo os dedos. - Como sempre...

APRISIONADA PELO MAFIOSO - Série: Os Irmãos Webber. Onde histórias criam vida. Descubra agora