capítulo 11

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~ Francisca ~

Eu realmente achava que fosse morrer ali, aquele homem me puxou e me levou para um beco, Ângela ainda estava lutando contra o outro, eu ate tentei gritar, mas ele colocou sua mão contra minha boca, lágrimas já estavam saindo do meu rosto, o pânico tomou conta do meu corpo todo, eu não sei como foi que não desmaiei.
Ângela apareceu nó beco indo em cima do primeiro cara que tentou a travar, e quebrou seu braço, depois outro cara apareceu por trás e a segurou com força e um outro a deu um soco bem certeiro nó rosto, eu tentava controlar minha respiração e batimentos cardíacos, mas parecia impossível, foi quando apareceu um outro garoto por trás do que estava me segurando e colocou seus braços a volta de seu pescoço, o cara me soltou imediatamente e cai nó chão, tentou se livrar o aperto do outro, não conseguiu de imediato, mas depois de um tempo conseguiu eu acho que o herói se distraiu tentando ver se eu estava bem.
Eles começaram uma luta perigosa, até porque o outro cara tinha uma faca na mão que eu não sei de onde tirou, ele tentou cortar o herói com a faca, mas esse esquivou pegou sua mão e quebrou, arrancando um grito do outro cara que soltou a faca, mas não se deu por vencido, e tentou dar um chute frontal nó herói, algo que eu não faria, pois o herói pegou seu pé e partiu.
Por outro lado, Ângela tinha se destraido com esse novo membro da luta e quase não percebeu quando um dos rapazes tentou a atingir com um pedaço de ferro que tinha em suas mãos, Ângela foi rápida e esquivou, porem tropeçou nó chão.
Eu tentava ligar para polícia, mas não conseguia, minhas mãos estavam tremendo tanto que ficou impossível segurar meu celular.
- Você está bem? - Perguntou a rapaz que lutava contra o que tinha me segurado, olhando em meus olhos, se fosse em um filme de romance, eles colocariam uma música de fundo bem romântica, eu tinha me perdido em seus olhos e ele parecia meio perdido também, mas o som da luta do outro lado nós tirou do transe, ele avaliou meu corpo para ver se tinha um ferimento, até chegar em meu cotovelo que estava sangrando.
- Sim, fisicamente, vai ajudar ela por favor. - Respondi.
- Quando ele chegou perto dela, já tinha outro cara lutando para a defender também, eu agradeci a Deus por eles terem chegado, eles acabaram com a raça daqueles caras bem rápido e a polícia chegou assim que o show terminou, não sei quem chamara, porque eu não consegui. Eu me sentia uma inútil.







~ Ângela ~

Quando a polícia chegou a luta estava no fim, um dos rapazes conseguiu fugir, enquanto os outros que tinham um de seus membros quebrados não.
A polícia entrou nó beco levando todos nós para a delegacia, eles não queriam saber quem tinha culpa ou não, e honestamente eu entendo, não tinha como eles adivinharem quem era o mocinho e quem era o vilão. Eu e Francisca ficamos nó mesmo carro, enquanto os outros em outros carros.
- você está bem Frã ? - Perguntei depois de 5 minutos dentro do carro da polícia, ela não tinha se pronunciado, tentava esconder suas lágrimas com seu cabelo e sua cabeça baixa, mas eu sabia que ela estava chorando, estava assustada ainda, ela estava tremendo tanto.
Não respondeu apenas abanou a cabeça para cima e para baixo.
Eu não tinha nada para cobrir ela, os policiais tinham levado minha bolsa e minhas mãos estavam algemadas. - Vai ficar tudo bem. - Foi a única coisa que consegui dizer.
Depois de um tempo tínhamos chegado na delegacia e eu finalmente podia ver o rosto de todo mundo e pra minha surpresa Danny estava lá, aliás Danny e Raffa, então foram eles que me ajudaram. - Pensei comigo,fazia sentido já que eram os únicos aqui na delegacia, os outros provavelmente estavam nó hospital.
- O que está fazendo aqui? - Perguntei quando nos colocaram nas celas. Claro eu e Frã eu uma e Danny e Raffa em outra do lado.
- Você deveria dizer obrigada por me salvar Danny, meu Herói.
- Como você chegou e como me encontrou?
- Cheguei mais cedo e tua mãe veio me buscar, era para fazermos uma surpresa, mas você estava demorando, tua mãe me falou onde você trabalha e eu tentei chegar lá, vi alguém lutando de longe e tentei ajudar, era você, te segui e... - Pausou o que ia dizendo arregalando os olhos. - Ângela sua amiga... - Me virei nó mesmo estante, e vi Francisca nó chão, fui correndo até ela, ela ainda tinha pulso, mas não era forte, sua respiração estava muito lenta, tentei fazer os primeiros socorros enquanto Danny e Raffa gritavam chamando os Guardas.
-Francisca fica comigo - Falei enquanto tentava fazer uma massagem cardíaca nela. - Por favor Frã.
Os guardas chegaram, abriram a cela e tiraram na dali, eu queria ir junto mas me barraram.
- Não há nada que você possa fazer Ângela. - Falou Raffa se pronunciado pela primeira vez.
- È, ele tem razão. - Disse Danny - Ela está em boas mãos agora, devem ter a levado pro hospital.
So me restava esperar...
Depois de um tempo minha mãe chegou, assim outro senhor que eu supus ser responsável pelo Raffa
- Filha, meu Deus, você está bem? - Perguntou minha mãe do lado de fora da cela. - Abra logo eu quero falar com minha filha. - Falava apressando o Guarda.
Assim que entrou me deu um abraço sufocante.
- Filha eles te machucaram? Perguntou olhando meu rosto, mas deve sua resposta depois que viu meu olho inchado.
- Eu estou bem mãe. - Falei a abraçando de novo.
- O que aconteceu? Conta pra mamãe! -falou quando finalmente nos soltamos.
- Eu não sei mãe, apareceram uns caras, no início em pensei que fosse um assalto, mas depois,... Eu realmente não sei mãe.
- Eu vou tirar você daqui, tá?
- Eu sei que vai.
- Está com fome ? - Perguntou
- Não!
- Sei, eu tenho que ir nosso tempo está acabando, eu volto com algo para você comer tá? Eu sei que está com fome, só não tem apetite, mas precisa comer, para ficar forte e ajudar sua amiga. - falou acariciando meu rosto.
- Tá certo mãe, eu te amo.
- Te amo muito mais
- Danny meu bem, você quer algo para comer? - Perguntou mamãe antes de sair.
- Não tia Géssica, eu estou bem. Obrigado.
- Tá certo, eu vou tirar vocês daqui okay, não se preocupem, e tentem não falar palavrão nenhum com nenhum polícia.







~ Francisca ~

Quando chegamos na delegacia, Ângela parecia reconhecer os dois garotos que tinham sido levados em outro carro da polícia, e eu só reconheci um o Raffael Machado, um dos amigos de Leu e Meu também, eu nao Sabia porque que eles eram amigos, já que eram tão diferentes ... mas em fim, eu e Ângela somos amigas e bem diferentes.
Depois fomos levadas para uma cela, Ângela ficou falando com os garotos através das grades, enquanto que eu tentava controlar minha mente, minha ansiedade, mas eu estava falhando, eu não conseguia respirar direito, e estava tremendo muito, a sala parecia estar girando, eu precisava de ar, tentei sentar mas acabei caindo antes de chegar na caminha, tudo foi ficando escuro e eu apaguei.
Acordei em um hospital, tinha um fio de soro ligado ao meu braço, eu me sentia fraca, meus olhos pesavam, mas eu não estava com sono, na verdade eu acabava de acordar.
- Frã, você acordou. - Disse Priscilla se levando da cadeira e acordando Arthur consequentemente, assim que eu tentei me ajeitar para ver melhor o quarto em que estava.
- Como você está? - Perguntou Arthur chegando perto da minha cama com Priscilla.
- Eu tou bem, quer dizer um pouco tonta... O que aconteceu? Cadê a Ângela e o outro pessoal?
Me arrependi de fazer às perguntas logo depois de ter feito, pois às lembranças da noite voltaram e com elas uma grande dor de cabeça.
- Ainda na delegacia, você não lembra de nada Frã? - Perguntou Priscilla apertando minha mão e me olhando com compaixão e preucupaçao nó rosto .
- Eu lembro, eu só... Foi um impolso. Porque que ainda não soltaram eles? Nós fomos às vítimas, eles nos atacaram.
- Eu sei maninha - Disse Priscilla. - Mas é a vossa palavra contra a deles.
- Conta para nós o que aconteceu, talvez nós encontremos uma forma de tirar eles de lá ainda hoje ou amanhã de manhã.
Resumi tudo para eles, tentando me manter forte para não desabar.
- Tem câmeras de segurança nessa rua, algumas nó beco, eu lembro que os moradores colocaram umas escondidas para que encontrassem os marginais que assaltavam suas casas, meu pai que sugeriu isso - Disse Arthur depois que terminei.
- Você tem certeza que ainda tem? - Talvez eles tenham descobrido e tirado. - Perguntou Priscila.
- Tenho, às câmeras não têm né uma semana lá, e a conversa foi só entre os moradores mais velhos. - Disse Arthur.
- Eu tenho que ir e tentar buscar às fitas de gravação, fiquem bem. - Disse depoositando um beijo na minha testa e outro na testa da minha irmã.
- Quando é que eu vou poder ir para casa? - Perguntei assim que Arthur saiu.
- Amanhã, essa noite passará em observação.
- Mas, eu já estou bem, é serio, você pode me observar em casa como está me observando aqui.
- Ha ha ha, não é desse tipo de observação que estão falando, tem que trocar teu soro, dar outra injeção, controlar os teus batimentos cardíacos...
- Tá tá, eu já entendi, mas eu estou bem, eu quero ir para casa.
- Não, espere até amanhã, o que custa?
- Você fala isso porque não está nó meu lugar.
- Eu falo isso porque sou tua irmã mais velha, e quero o teu melhor, eu falhei com você antes e não quero repetir denovo.
- Você não falhou comigo.
- Falhei sim, eu deveria ter percebido antes que você tinha depressão, você deu todos os sinal disso, quando voltou para a escola depois que papai e mamãe morreram, você parou de sair com Amigos, se distanciou de tudo e de todos, você não canta mais, fica sempre trancada nó quarto ouvindo música ou lendo um livro ou estudando, você nunca foi assim. Nó início eu pensei que fosse luto, mas faz muito tempo Frã, eu ...- Respirou fundo e continuou. - Eu abandonei você, fui para fora do país no natal, eu deveria ter ficado com você e Genny ... Era tanta coisa acontecendo, eu preferi fugir e por conta disso você se afundou nesse rio.
- Priscila não se culpe, não estava sendo fácil para nenhuma de nós,... Todas falhamos.
Nossa conversa foi interrompida por uma batida na porta.
- Oi como está nossa paciente? - Perguntou uma médica que entrou nó quarto.
- Bem e pronta para ir para casa. - Tentei falar com otimismo e um sorriso falso.
- Vamos confirmar. - Falou medindo os meus batimentos cardíacos, Hmm.... hmm, você parece bem, mas falta terminar esse soro aí.
- Eu posso terminar eu casa, por favor, por favor eu imploro.
- Não é não. - Disse Priscila.
- Meu trabalho por aqui já está feito, amanhã eu volto para te liberar, se sentir qualquer coisa me avise. - Disse a médica saindo da sala.
- Porque que não tenta dormir assim amanhã vai chegar rápido. - Disse Priscilla.
- Talvez porque eu tenha acabado de acordar. - Respondi com carra trancada.

O diario de duas irmãsOnde histórias criam vida. Descubra agora