capitulo 3

49 44 17
                                    

Faltava só mais 20 minutos para meu turno de hoje terminar e eu tinha que atender mais um cliente.

— Boa tarde, o que o senhor vai... Ah hoje certamente não era meu dia mesmo .
O que o senhor vai querer — falei olhando pra meu professor que no mesmo (estante) parou de ler o livro e olhou pra cima.

- Você está me seguindo? - Perguntou Arthur

— Você é quem está me seguindo — disse isso o encarrando — primeiro demara suco de sei lá o que em mim, depois descubro ser meu professor e agora vem no local do meu local de trabalho.

Ele ia falar algo, mas mudou de ideia, e falou outra.

— Você é nova aqui não é?

— E se eu for?

— Você deveria ter respeito pelos mais velhos sabia?

— Vai fazer o pedido ou não?

Ele não respondeu nada, e aquilo estava me deixando mais eritada ainda.

— O que o senhor vai querer? — Tentei falar com um pouco mais de respeito eu não poderia perder aquele trabalho, nunca mais encontraria um fácil assim.

— O mesmo de sempre. — Disse ele me encarando com um olhar sério no rosto, mas eu percebi um pequeno sorriso se formando no canto de seus lábios.

— Você poderia me dizer o que seria o mesmo de sempre? Droga!

— Você não sabe? Que pena, se fosse novata aqui eu te diria, mas já que não, só posso falar pro teu chefe que você não é atenciosa com os clientes.

Respirei fundo, droga ele estava conseguindo me estressar, e ele parecia estar gostando disso.

— HEY Arthur, eu queria mesmo falar como você, ainda bem que veio — Disse senhor Carlos atrás de mim.

— Você sabe que eu sempre venho aqui — Respondeu Arthur tirando seus olhos de mim para Sr. Carlos.

— Eram só formalidades, vejo que já conheceu Ângela, a nova miúda daqui a — Respondeu Sr. Carlos

— Sim, na verdade, ela é minha aluna.

— Que mundo pequeno — Disse o senhor Carlos, então o que está achando do atendimento dela?

Dessa vez Arthur olhou para mim, fazendo “suspense”, e eu só conseguia pensar que meu trabalho ali terminou, com certeza ele falaria que eu fui grossa e me demitiriam.

— Quase 5 estrelas — Disse Arthur finalmente -ela estava sendo atenciosa comigo e tal, acredito que o senhor não teria feito escolha melhor.

— Ainda bem que gostou — disse Sr. Carlos, fico feliz por saber que nossa nova amiga aqui é tão boa atendente, dessa vez se virou pra mim.

Porque que ele mentiu? Pensei comigo mesma.

— Um café sem açúcar por favor — Falou Arthur
— Dois -. Acrescentou Sr. Carlos e rosquinhas por conta da casa!

— Certo — Falei me retirando dali.

Entreguei os pedidos na cozinha e sai voando pra casa, mas eu não conhecia ainda bem esse lugar né onde eu estava e acabei me perdendo, o restaurante era um pouco longe de casa, e sem contar que nos não saímos de casa diretamente pra o restaurante, Frã me levou pra biblioteca primeiro, Que Droga.

Tentei ligar pra Frã mas celular dela não chamava.

Tentei refazer o caminho pra o restaurante mas não pude encaixar nada com nada.
Só me restava perguntar para as pessoas, mas pro meu azar aquele lugar parecia deserto , então continuei caminhando na direção contrária a que eu estava, e tentando ligar pra Frã.

O diario de duas irmãsOnde histórias criam vida. Descubra agora