Capítulo 4°

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Como eu postei vários capítulos direto, esse vai ser mais curto. Motivo: A primeira fase é apenas um trecho da fic, a segunda irá ter capítulos grandes.

E para não ter confusão, apenas me dividi.

Enfim, enfim, usem a #AmamosCheetos no Twitter.

Boa leitura!

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Muitos dizem que os seres humanos tentam ser perfeitos, esforçam-se para não se perder na obscenidade ou até na perversidade que o mundo pode oferecer. Encontram-se apavorados para fugir dos monstros tão horríveis que os seguem por séculos.

Todavia, lá no fundo, sabia-se que os próprios monstros eram nós mesmos, a própria espécie.

Tentam negar o óbvio, ocultar a verdade, negar o habitual. Um povo tão imundo, que o próprio Deus os colocou para debaixo de um tapete que excarcerava maldade, fazendo com que a escuridão se misturasse entre todos; hipócritas e opressivos. Todos juntinhos. Todos iguais.

Park se sentia perdido entre todas aquelas pessoas. Se sentia tão diferente, tão extraviado. É como se a localização estivesse nítida, contudo, inencontrável.

A sua saia tão rosa, tão bonita e inútil tapava as suas coxas acima do joelho, deixando com o que a sua pele lisinha não fosse exposta.

Suas mãos delicadas foram até a sua bochecha, acariciando-na. Sempre odiou-as, sempre as renegou.

Porém pensava em como isso deixava a própria parte entristecida. Pensemos em um algo bem distante da mente lúcida.

Porque julgava algo de seu corpo? Porque odiava tanto o seu próprio corpo?

Dos pés até a cabeça, do olhar até os fios de cabelo. Tudo parecia tão fora do lugar. Quis arrumar, quis manchar aquilo, quis fugir daquele corpo.

Quis apenas não ser.

ㅡ Primo? O que houve? ㅡ escutou a voz fina de sua prima lhe chamar. Virou levemente a cabeça, encarando a menina, que sorria para si. Devolveu o sorriso.

Chaeyoung era deslumbrante.

Continha os cabelos marrons e ondulados. Seus olhos redondos, pintinhas perto do nariz fino, seus lábios gordinhos. A coloração de sua íris era tão bela e brilhante quanto a sua pele morena.

Suas roupas tão bem ajustadas que lhe deixava vistosa aos olhos alheios.

ㅡ Nada, só perdido em meus pensamentos. ㅡ respondeu-a com a voz doce, arrumando a blusa desajeitadamente.

ㅡ Oras…Park Jimin! ㅡ ela se levantou e colocou as mãos em sua cintura um pouco gorda. Na verdade, seu corpo era belo como um vilão, sua pancinha a deixava ainda mais linda. Contudo, seus olhos carregavam uma leve irritação. ㅡ Sei quando está mentindo mocinho. Desembucha!

ㅡ Aigoo, eu não estou fazendo nada sua chata! ㅡ afinou a voz, indignado com a suposição da prima, esta que revirou os olhos.

ㅡ E eu sou a esposa do Brad pitt. Faça-me o favor, Jimin. Cada vez que mente ou está mal, os seus olhos o entregam!

ㅡ Mentira! ㅡ exclamou, com os olhos esbugalhados.

ㅡ Claro que sim. Fica parecendo um cachorro perdido, assim ó.. ㅡ Ela fez um biquinho, piscando repetidamente. Se desfez da expressão e suspirou. ㅡ Sei que está incomodado com as…Roupas. Mas sabe que o-

ㅡ Meu pai não pode me ver com roupas que não são "femininas"ㅡ Disse antecipadamente, suspirando, virando-se novamente para o espelho.

Sabia que era verdade. Mas bem, como todos dizem, ela dói.

The máfia. ( Jikook) Onde histórias criam vida. Descubra agora