Fragilidade - Sakusa Kiyoomi x Female OC

Capítulo 13 - Piquenique

Quando o sol começou a se esconder e dar o ar da bela noite que viria, Lilly e Komori foram embora com a promessa que voltariam sempre que pudessem e Lilly em especial ainda acrescentou que viria me levar para comprarmos roupas que deixassem nossos maridos de cabelo em pé. Nunca ri tanto quando vi o rosto pensativo e vermelho de Sakusa e o sorriso que Komori direcionou a esposa.

Eles eram o tipo de casal que não se abalavam por bobagens e se apoiaram em todos os momentos. Sei que Sakusa será assim também.

No tempo atual, deveria ser por volta das nove da noite e a pedido de meu marido, estava em nosso quarto depois de tomar meu banho e me perfumar, a desculpa da vez para me ter entre seus braços fora que a madrugada seria extremamente fria e cobertas não nos esquentariam o suficiente. Bendito seja esse homem inteligente, mas no meu coração sabia que ele não precisava de muito esforço para me ter durante a noite.

Enquanto divagava sobre ele, o moreno entrou no quarto usando apenas a calça de dormir e uma toalha para secar os cabelos no pescoço. Omi mal me notou ali e caminhou até sua penteadeira para terminar de tirar o molhado dos cabelos cacheados e perfumar se e mal resistir a brincar com ele.

"Esse é o segredo para cachos tão perfeitos?" - Sakusa me olhou e negou.

"O segredo é dormir. O travesseiro amassa meu cabelo e deixa eles assim." - ele pegou uma mecha pequena e enrolou nos dedos, com uma expressão simplória e me fazendo cair na gargalhada.

"Oh! Que belo segredo a madame me revelou!!"

"Gracinhas demais para um dia." - ele me respondeu e sorri me aconchegando nos travesseiros à espera dele.

"Assim que te vi, achei que fosse ser o homem que não gostasse de entrar nas minhas brincadeiras. E até me repreendesse por alguns atos..." - suspirei ainda sorrindo. - "Obrigada por não ser tão fechado comigo."

"É fato que sou bem mais fechado e rígido, por assim dizer. Na verdade Komori e Lilly dizem que eu tenho um péssimo humor. Talvez ele goste de mim pelo nosso laço sanguíneo." - Sakusa veio até o outro lado da cama e se sentou, olhando para a parede. - "Peço perdão antecipado se um dia não estiver no meu melhor, mas eu quero ser bom para você Eleonor. Não quero jamais que se arrependa de se casar comigo."

"Está tudo bem Sakusa. Todos temos nossas peculiaridades e personalidades..." - ajoelhei-me na cama e passei as mãos pelo seus ombros em um carinho singelo. - "Sei que me fará bem mesmo sendo mais fechado para alguns aspectos, é o jeito que você é..." - me aproximei mais dele e comecei a deixar selares por sua bochecha, pescoço e costas. - "Nunca deixe de ser quem você é e eu prometo que não serei alguém que não sou."

Ouvi ele rindo e me afastei o suficiente para que o moreno me agarrasse e tomasse meus lábios num beijo afoito e carinhoso.

"Com certeza me casei com a mulher certa." - ele me beijou mais uma vez e mal resisti a segurar a risada de alegria e os carinhos apaixonados. - "Gostaria de ir em um piquenique amanhã? Será meu último dia sem ter de trabalhar."

"Sim, eu amaria!" - Trocamos mais alguns sorrisos e beijos até que a noite estivesse escura o suficiente e finalmente pudéssemos descansar.

Quando o dia amanheceu e os raios de sol começaram a me incomodar e até esquentar mais do que deveria, me espreguicei e quase cedi a vontade de dormir mais algumas horas na cama confortável e carregada do cheiro dele.

Nosso romance, se é que eu podia chamar assim, não estava caminhando rápido demais? Sei que somos casados e não esconderei o que sinto por ele, mas em alguns momentos Sakusa parece ser muito mais carinhoso do que ele é de verdade, será que ele não está fingindo para poder me fazer bem? Talvez eu devesse pôr limites, para não irmos tão rápido?