Capítulo 20 - Make plans

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───── ❝ Eleonor M. ❞ ─────

"Você já me contou o que está acontecendo ainda, passarinho." - Lilly acariciou meus cabelos que estavam esparramados pelo seu colo. Ela parecia uma mãe ninando uma criança. - "E eu sei que foi alguma coisa feia."

"Sakusa e eu brigamos." - murmurei abatida e ela continuou a carícia, esperando que eu continuasse a falar. - "Quando cheguei da cidade, fui até ele falar que marquei a data do casamento, e ia perguntar se podia ser na nossa capela."

"Aquela capela linda toda de ouro por dentro?"

"É."

"Seria um casamento perfeito." - ela suspirou e concordei com a cabeça.

"Seria. Mas ele brigou comigo, recusou de todas as maneiras, esbravejou, me assustou... Senti que tudo que a gente criou até então começou a ruir." - aquela era a primeira vez que eu deixava uma lágrima rolar pelo meu rosto, desde o começo eu me senti tão confortável com Lilly que agora ela foi a primeira pessoa a me ver chorar realmente. - "Eu fiquei tão chateada Lilly, sem apetite, foi tão ruim a sensação."

"Passarinho, casamentos nem sempre são flores. Eu posso estar com muita raiva do Kiyomi, a ponto de ir lá e estapear a cara dele, e eu só não vou fazer isso porque você está no meu colo e eu quero o padrinho do meu filho vivo pra ele ganhar coisas caras..." - soltei um riso fraco com o comentário e ela continuou - "Mas você sabe o porquê dele ter ficado tão alterado?"

"Não. Quando eu tentei conversar, ele me expulsou do escritório. E de noite ele até bateu no meu quarto tentando conversar, mas eu não queria ver ele." - respondi, me sentindo aos poucos uma criança, que tomava as decisões completamente pelas emoções.

"Está tudo bem. Vocês precisam conversar, tudo bem?" - confirmei com a cabeça. - "E gaste todo o dinheiro dele para ele aprender a deixar de ser um cavalo."

Não consegui segurar a risada gostosa que saiu depois desse comentário dela e pude ver ela rindo comigo também.

"Acho que eu fiquei tão magoada por ele ser meu herói. Ele me tirou de um lugar horrível, me salvou e eu me apeguei demais a ele e seu carinho." - comentei, mudando de posição no sofá confortável e ficando com o rosto para cima, olhando-a. - "Só tenho vocês Lilly, o pessoal de Sussex, os empregados. Não tenho família de sangue que me apoie, minha avó que era a única agora está na Itália... Brigar com o Omi foi como sentir o chão sumir." - desabafei, sentindo meu peito mais leve e vi os olhos dela se encherem de lágrimas.

"Odeio hormônios de gravidez..." - falou baixinho e eu ri um pouco. - "Passarinho, nós somos sua família agora. Mesmo que dê vontade de matar Kiyomi agora, ele iria ao céu e ao inferno por você, então se precisar meu amor, não precisa ter medo daquela carranca ou de vir aqui, somos família." - saí da posição que estava e me sentei no sofá, logo passando os braços no pescoço de Lilly e deixando um abraço apertado.

"Obrigada. Você é incrível." - murmurei e ela me apertou mais forte.

"Você também é, Passarinho." - nos apertamos mais um pouco e agora com meus ânimos melhor, pude começar a raciocinar. - "Agora, qual o plano fazê-lo sofrer até pedir desculpas?"

"Dormir com ele, mas não deixá-lo me tocar?" - pensei.

"Cruel. Gostei." - tive que rir e concordar. - "Agora, um plano para o dia."

"Ignorá-lo até que ele se desculpe?" - sugeri.

"Muito fraco, precisamos de algo mais intenso."

"Tipo?"

Fragilidade - Sakusa Kiyoomi x Female OCOnde histórias criam vida. Descubra agora