Capítulo VIII - Foi Real!

68 6 0
                                    

InuYasha POV

Ao chegar no vilarejo pude sentir cheiro de comida, era um ensopado de carne com legumes. Velha Kaede havia preparado um banquete para receber Kagome, todos estavam muito felizes com o seu retorno e reuniram-se em uma confraternização de boas vindas. Kagome encantou-se com as gêmeas e passou a conversar constantemente com Sango. Miroku tinha um olhar irritante e desconfiado com um sorriso no canto da boca.
-Por que é que está me olhando com essa cara?
O questionei incomodado.
-Essa é a minha cara de sempre InuYasha!Repondeu o monge com um certo deboche e segurando o riso.
-Sei, como se eu não te conhecesse bem.
Retruquei olhando de canto.
Estávamos famintos e devoramos toda a comida.
Shippo estava mais implicante que o de costume. -InuYasha seu maldito, você comeu toda a carne e só deixou restos de legumes!
Reclamou a raposa.
-Ah que coisa, você já comeu o suficiente!
Rebati
-E porque você está com cheiro da Kagome?
Sua pergunta nada tinha haver com o assunto, Shippo estava com ciúmes de criança e de maneira ingênua afirmou o que todos ali já haviam imaginado a respeito do nosso sumiço.
O grupo fez um misterioso silêncio por quase um minuto, senti meu rosto arder.
-Do que está falando pirralho insolente?
Soquei a cabeça do Shippo irritado com a explanação quando de repente minhas orelhas moveram-se prevendo algo.
-InuYasha senta!
Senti o peso do colar do Kotodama empurra meu pescoço, fazendo meu queixo ir de encontro ao chão. Uma calor preencheu meu peito, me senti estranhamente feliz. Aquele baque me fez perceber que tudo o que aconteceu hoje era mesmo real. Era ela, minha Kagome estava lá, a pesar da dor da queda, me senti completo, sentia falta até mesmo disso. Levantei devagar e em silêncio, alisei o queixo de maneira involuntário e não pude conter um sorriso estranhamente satisfeito por aquilo. Naquele momento quis muito abraçá-la. A minha reação ao comando do Kotodama só serviu para concluir o que todos já estavam pensando porém, já imaginávamos que essa seria uma situação difícil de disfarçar.
Já era tarde da noite e as gêmeas dormiram junto a Kirara.
-Dona Kaede, Rin, InuYasha, já é tarde e precisamos ir. Kagome, seja muito bem vinda de volta.
Disse Miriku ao se despedir.
-Ei Kagome, você deve estar muito cansada, vamos para casa.
Queria muito poder ficar a sós com ela novamente. Kagome me olhou confusa, esqueci de citar que temos uma casa no vilarejo a poucos metros. Estendi minha mão, Kagome estendeu a dela alcançado uma a outra, acenou para velha Kaede e para Rin.
-Tchau, obrigada pela comida!
Chagamos próximo a minha cabana e Kagome me olhou chocada.
-InuYasha essa é a sua casa?
Perguntou incrédula com uma pontada de alegria na voz.
- Bem, é a nossa casa.
Respondi realizado
Ela sorriu e adentrou curiosa. Havia um futon de penas de youkay ganço, uma mesa de tronco sobre uma pele de lan branca e macia, algumas prateleiras com mantimentos e utensílios que usava para cozinhar. Precisava fazer algumas mudanças para receber Kagome, mas por hora aquilo já bastava.
-É perfeita!
A voz de kagome parecia embargada de alegria, aquilo fez meu coração transbordar, encerrei a distância entre nós e dei o abraço que estava guardado desde que estávamos na casa da velha Kaede, ela retribuiu com ternura.
-Está cansada?
Perguntei receoso, seu rosto a pesar de encabulado parecia bem cansado e seus olhos estavam levemente escuros.
-Um pouco.
Disse ela sempre evitando me preocupar
-Deite-se e durma bastante.
Kagome me puxou pelo braço e fez com que eu me deitasse no futon abraçado a ela. Era extremamente confortável sentir seu corpro quente colado a meu e sobre beijos delicados minha amada Kagome adormeceu profundamente, enquanto eu, desperto demais e imerso em pensamentos.
Sem perceber, minha cabeça vontou no tempo para a manhã daquele dia me deixando com um sorriso bobo. Tudo aconteceu tão rápido, seu retorno e a tarde na fonte termal, parecia um sonho. Nunca imaginei que Kagome ousaria se entregar a mim daquela maneira, porém ela já era uma mulher adulta segura de si e cheia de atitudes. A maneira com que ela conduziu, se despindo indica o quanto Kagome havia amadurecido nesses três anos, seu corpo mudou, estava mais alta e suas curvas acentuadas. Como ela conseguiu ficar ainda mais bela? Tentei manter a compostura mas estava claro que não erra isso que ela queria.
O cheiro de Kagome mudou quando a toquei, era extremamente convidativo para aquilo que fizemos, só de pensar me senti tentado a repetir tudo naquele momento, mas Kagome precisava mesmo descansa, jamais poderia desperta la só pra satisfação minha então, me restou lembrar dos nossos momentos, a maneira com que ela me abraçou e me beijou o pescoço arrepiou cada pelo do meu corpo, suas expressões de prazer eram de uma beleza estonteante e me fizeram delirar. Ao julgar pela sua atitude imaginei que Kagome haveria tido outros amantes em sua era natal, um equívoco pois minha amada Kagome era casta, e confiou a mim a honra de ser seu o primeiro. Um sorriso largo preencheu meu rosto ao lembrar o quanto Kagome estava decidida e o quanto eu estava feliz, não imaginava como, e nem o quanto eu poderia estar tão feliz em toda minha vida, era como se todas as cores ficassem mais vivas, o ar mais puro e os cheiros e sabores mais doces.
Virei o rosto para minha amada admirando sua beleza imersa no sono por mais alguns minutos e logo adormeci tranquilo. Tudo estava bem agora.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 07, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Nossa EraOnde histórias criam vida. Descubra agora