Prólogo - O Destino Perigoso.

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Aviso: Neste capítulo possui violência.

Quando Volpe era mais nova, sua mãe costumava dizer, que o destino era escrito por linhas tortas. Ela jamais acreditou em tal coisa e simplesmente pensava que sua mãe não passava de uma sonhadora descontrolada. Não que isso não fosse algo bom, Serafine conseguia contar as melhores histórias e conseguia arrancar risadas infinitas da garota. Porém, o destino como sua mãe costumava falar tão bem, não fora assim tão carinhoso com Serafine e logo a mulher que ela tanto admirava e amava, se foi,  levada por um homem sem coração que um dia jurou eternamente amá-la.

Pelo menos essa era história contatada...

(...)

Julho de 1985

Em uma noite tempestuosa de julho, a pequena Volpe de nove anos estava deitada em sua cama ouvindo o som dos trovões que sacudiam as janelas de seu quarto pequeno. Sua mãe contava a história de uma pirata valente que junto de sua tripulação avançava contra uma tempestade no mar hostil em busca do mapa que os levaria ao tesouro perdido das tumbas de Slytherin. Ela encarava sua mãe com os olhos castanhos grandes, cheios de curiosidade, enquanto ela dizia que o pirata estava prestes a chegar em seu destino, quando naquele instante, as luzes da casa piscaram.

— Não sinta medo, minha pequena...— Ela disse, sua voz era suave e calma. — Está segura.

— Eu não gosto de ficar no escuro.— A menina disse observando o rosto gentil de sua mãe.

Assim como Volpe, Serafine era dona de belos cabelos cor de fogo tão selvagens quanto o dela, a diferença era que seus olhos eram azuis- esverdeados como cristais.

— Não há nada no escuro, minha pequena... nada que possa lhe atormentar.— Serafine disse dando um beijo em sua bochecha. — Não enquanto eu estiver aqui.

— Mas, e se um dia você não estiver?— Volpe perguntou.

— Ora, não seja boba!— Serafine riu.— Eu sempre estarei aqui!

A menina sorriu para sua mãe e então levantou-se e a abraçou.

— Eu te amo, mamãe. — Ela afundou o rosto no pescoço dela, sentindo o aroma floral de seu perfume. Jasmim.

— Eu também amo você, minha pequena bruxinha!— Serafine disse fazendo cócegas na mais nova.

(...)

Serafine continuou a história de onde havia parado, contando os feitos do pirata ao encontrar um baú recheado com os mais diversos tesouros, e que logo casou-se com uma bela mulher, que dizia que o destino havia sido traçado belamente para que eles ficassem juntos, já que ambos carregavam a mesma marca em seus rostos, como se elas se complementassem. 

— Você acredita que isso um dia vai acontecer comigo?— Volpe perguntou. — Um dia o destino trará alguém que me ame...

— Quando eu era mais nova, existia um livro que dizia que o 'destino é escrito por linhas tortas que se encontram na imensidão do desconhecido, surpreendendo a alma mortal daqueles que se amam de verdade.' — Ela disse, mas a garota franziu a testa, fazendo a rir.— Isso quer dizer que, quando alguém está destinado a ser seu, ele ou ela serão.

— E se essa pessoa for ruim?— A garota tornou a perguntar.

— Você a deixa ir, Volpe...— Serafine respondeu com seriedade.— Não é porque alguém é destinado a você, que você precise ficar ao lado de uma pessoa que a machuca.

— É por isso que você não está com o papai?

— Seu pai é um bom homem, mas ele é uma alma livre e as vezes se perde por isso.— Ela disse sentindo uma tristeza profunda.

Destiny | George Weasley { Em Andamento}Onde histórias criam vida. Descubra agora