Capítulo 30

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ISAAC

Capitulo um pouco longo!!

Estava esperando Elisa chegar na porta de casa, olho para minha frente e vejo um carro e ela saindo dele. Fiquei com uma mistura intensa de sentimentos, ela me viu e me deu um sorrisinho de lado. 

Corri até ela e abracei forte seu corpo, contrai ele todo contra o meu e o girei no ar, o risinho sincero que ela deixou escapar me fez ter uma onda de calor pelo meu corpo. Eu precisava da risada dela. 

Me acalma saber que ela não foi embora, para longe do cara que espancou o próprio irmão. Mas, tinha consciência de que ela precisava entender algumas coisas sobre mim e eu já estava preparado para as perguntas. 

Caminhamos de mãos dadas até a minha casa. 

Isaac- Eu posso fazer o jantar agora. - falei olhando para ela sentada no sofá com seus olhos que pareciam dizer claramente que a mesma estava com MUITA fome. 

Elisa- Nossa, por favor! - ela gargalha de sua própria piada e eu pisco para ela, indo para cozinha.

A sorte é que já havia comprado comida no Boobles, que fica bem perto daqui, agora seria apenas esquentá-lo e colocar nos pratos. Dito e feito, fico admirando ela arrumando a mesa para nós dois e pode parecer egoísta o que vou pensar agora mas, não vejo a hora dela morar aqui e fazer esta casa, a nossa casa.

Elisa- Já está tudo pronto ai? - ela grita para mim do outro cômodo sem perceber que eu estava do seu lado. 

Elisa- Ai, que susto Isaac! - ela dá um pulo quando me vê e acho isso muito fofo, sabia que ela iria começar a me xingar então, antes que isso acontecesse eu devoro sua boca. Meu deus como eu estava com saudade de colar sua boca na minha! 

Deslizei a mão pela sua bunda perfeita e a agarrei, senti ela sorrir durante o beijo e isso já a via ganhado meu coração por inteiro. Mas como nem tudo são flores, ela, infelizmente, interrompe nosso momento.  

Elisa- Ok... agora vamos comer? estou faminta! - ela sorriu meiga mostrando seus dentes esbeltos.

Volto para cozinha e pego a comida, levo até a mesa e ela me ajuda a pegar os pratos e talheres. 

Começamos a comer. Tudo estava calmo demais, Elisa estava quieta e com seus pensamentos longe. Já sabia perfeitamente o que era, então comecei primeiro.

Isaac- Quer falar sobre o que... - nem termino de completar a frase e sou interrompido por um grito espontâneo dela.

Elisa- SIM! quer dizer... sim, se você quiser. - ela se empolga e eu sorrio sem nem saber por onde começar. 

Procuro jeitos, formas de como falar esse assunto e sinto a mão de Elisa sob a minha. Seu olhar me trazia a confiança e coragem que eu precisava, confio nela e a amo, mas tenho muito mais medo de perdê-la. 

Isaac- Tudo bem, o que quer saber? - pergunto, deixando o meu prato de lado. 

Elisa parecia receosa de falar algo, então eu a asseguro olhando bem no fundo de seus olhos azuis cristais, e falo:

Isaac- Não precisa ter receio de perguntar, vou responder todas as suas perguntas meu amor. - seguro ainda mais forte sua mão e ela parece se convencer de que eu não ficaria desconfortável. 

Eu amo isso nela, essa empatia pelo próximo e procurar entender aqueles que são parcialmente incompreendidos. Elisa é a mulher mais maravilhosa que conheço e com certeza não é exagero.

Elisa- Eu percebi quando te olhei que, não era você ali no escritório de David. Algo tinha mudado e não era por minha causa... estou certa? - não poderia estar mais correta... - pensei.

Isaac- Sim, está. - respiro fundo e começo a explicar:

EXPLICAÇÃO DO PASSADO DE ISAAC

Isaac- Tive motivos para ficar assim e não que justifique mas, David já machucou muitas pessoas e na hora em que eu vi ele levantando a mão pra você, tudo retornou a minha mente. Memórias do passado que eu tive com ele... absolutamente tudo. - digo e ela parecia atenta, curiosa, esperando eu começar a falar mais sobre mim e do meu passado. 

Isaac- David e eu erámos muito próximos, andávamos praticamente colados um no outro e todos sabiam disso. David era o único irmão que era mais próximo de mim, nem meu pai era tão apegado a mim quanto ele e eu, erámos inseparáveis desde os 5 anos de idade;

Isaac- Quando completamos 18 anos, começamos a frequentar bares, baladas, shows, cabarés e etc... Mas algo em entre nós dois tinha mudado, David começou a andar com um bando de drogados e isso fez com que ele me deixasse um pouco de lado;

Isaac- Ele começou a ter surtos de raiva e ficar estressado com qualquer tipo de coisa. Uma vez ele confrontou nosso pai e todos da família ficaram em choque com o que estavam vendo, meu pai bateu na cara de David, que caiu no chão e eu tentei ajudar, mas pela primeira vez na vida, ele recusou a minha ajuda;

Isaac- O clima entre eu e David não era mais o mesmo, mas mesmo assim ele veio me pedir para ir com ele numa festa que iria ter na casa dos Salvatore. Eu havia aceitado, pois  pensei que seria uma boa oportunidade para voltarmos a ser como erámos, grandes amigos; 

Isaac- Chegou o dia da festa e fomos escondidos, deixando de lado os compromissos da família. Pulamos pela janela e pegamos um taxi para ir na casa dos Salvatore. Até aí, David agiu normalmente comigo e até pediu desculpas por ter me tratado de jeito ríspido aquela noite. Eu não tinha visto problema até então, entretanto... nada saiu como o esperado; 

Tiro alguns segundos para assimilar o que iria dizer e tento conter meus pensamentos. 

Elisa- Ei.. está tudo bem. - ela sai de seu lugar da mesa e se senta ao meu lado, acariciando meu braço em conforto para que eu me acalmasse. Respiro fundo e continuo:

Isaac- Saímos do carro e caminhamos para aquela casa, que mais parecia uma mansão no meio da floresta. Não conhecia ninguém daquela festa então fiquei com David por um tempo, até um ex amigo meu aparecer e  eu começar um papo com ele. Não fazia ideia onde David estava e já tinha se passado 4 horas, tínhamos que voltar para casa antes que nos descobríssemos. 

Isaac- Fui a procura de David e... nada. Procurei na casa toda, menos em um lugar... no quarto de hospedes dos Salvatore. Foi então que comecei a escutar gritos vindo de lá, mas não tinha ninguém por perto, ninguém mesmo. Achei estranho e caminhei até a porta, não me pareciam gemidos de prazer e sim de dor e pedidos de socorro;

Isaac- Eu abri a porta e... 

𝙲𝚘𝚗𝚝𝚒𝚗𝚞𝚊....

𝙲𝚘𝚗𝚝𝚒𝚗𝚞𝚊

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