Depois de quase trinta minutos naquela maldita estrada para chegar ao local do evento, deixamos o carro estacionado em meio aos outros e entramos para dentro. Era até aliviador chegar depois de quase todo mundo, planejávamos ser os primeiros a ir embora, logo não teríamos dor de cabeça na hora de sair com o carro do estacionamento cheio.
— Merda, eu nunca saio boa nessas fotos com flash. — Meester praguejou entre dentes fazendo-me rir diante do fotógrafo estrategicamente colocado na entrada. Toda aquela palhaçada para registrar nos mínimos detalhes a primeira aparição do Monstrinho de Phillip Thorpe como membro da diretoria das empresas Styles.
Soltei sua cintura pegando sua mão quando o homem já tinha conseguido fotos o suficiente. Entramos após nos identificarmos para a funcionária e nos deparamos com um extenso gramado verde, repleto de mesas redondas apostas em frente a um pequeno palco com um púlpito escuro, onde mais tarde aconteceria o tal leilão beneficente.
Como meu pai era benevolente com os mais necessitados. Não sei se aquele gesto tão lindo vindo dele iria compensar o fato de ele renegar a própria neta.
Ao fundo, instrumentais de músicas clássicas tocavam num volume agradável apenas para endossar o que eu já imaginava encontrar ali, uma festa de ricaços tão entediante que chegava a dar sono. O pior era que eu não estava vendo nenhum tipo de mini bar ou a menção da presença de um barman para preparar drinks e nos ajudar a passar por aquela seção de tortura ilesos, nem que fosse para ficar um pouco tonto.
— Styles? — Paramos próximos da entrada assim que ouvi uma voz conhecida chamar meu nome, procurei pelos lados encontrando o dono dela atrás de nós, encostado no grande portão com um cigarro na mão.
Encarei o homem alto, um tanto franzino que me sorria cheio de ironia e franzi o cenho. Ele jogou o cigarro no chão e pisou em cima antes de vir até nós.
— Não está me reconhecendo não, cara? — Encarei seus olhos azuis pequenos com as pequenas ruguinhas embaixo de ambos e soltei uma risada surpresa.
— Mclain! — Soltei a mão de Ella, indo até ele o abraçando forte, lhe dando tapas nas costas. — Cara, quanto tempo! — Me afastei encarando-o admirado.
— É, andei sumido por uns tempos, sabe como é né, Los Angeles...The hills... — Chris riu, mas eu não o acompanhei, muito menos Ella, que na certa nem sabia que se tratava de uma clínica de reabilitação caríssima.
Encarei a bituca do cigarro no meio da grama e lamentei, pelo visto alguns vícios iriam acompanhá-lo até a morte.
— É bom te ver bem de novo. — Lhe sorri complacente.
— Já não posso dizer o mesmo de você, irmão. — Olhou para Meester, que continuava a olhá-lo estranho, de certa não o reconheceu. — Casado! — Sorri amarelo vendo-o fazer aquela piada manjada sobre casamento.
Eu não era o maior fã e se não tivesse sido obrigado, talvez não estaria casado, mas já que estava, não iria ficar caçoando como se fosse a pior coisa do mundo. Até que não era, inclusive.
— Essa é Ella, você já a conhece. — Meester e ele se olharam surpresos.
Ela por talvez não ter relacionado aquele Chris ao pré adolescente um tanto gordinho que vivia pra cima e pra baixo ao meu lado nas férias escolares, já ele, bom, por ser Ella Meester. Assenti comprimindo os lábios quando Mclain se virou para mim, ainda boquiaberto.
— Cara, eu não acredito nisso! — Riu da minha cara, enquanto Meester se mantinha séria ao meu lado. Provavelmente lembrando-se de todas as nossas presepadas que aprontamos com ela naquele tempo.
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Ruin my life - H.S.
RomanceDizem por aí que existe uma linha tênue entre o amor e ódio, que quem desdenha quer comprar, que duas pessoas que se odeiam provavelmente irão acabar juntas e outros milhares de ditados populares. Ella e Harry prefeririam morrer a acabarem juntos de...