O Imperador do Cinema Sofre Danos Cerebrais [PT-BR]

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Nos dias que se seguiram, o imperador do filme não contatou o psiquiatra para convidá-lo, já que ele tinha que correr para uma filmagem ao ar livre.

As cenas ao ar livre que ele teve de filmar foram ambientadas nas montanhas. Era um local bem remoto. Após o término das filmagens, todos os funcionários só puderam descansar em um albergue no sopé. Mesmo isso foi considerado a melhor opção que tinham nas proximidades.

Em uma noite, uma tempestade começou. Relâmpagos acompanhados de trovões podiam ser vistos do lado de fora da janela. O imperador do cinema se levantou e engoliu dois comprimidos de Valium, mas ainda se sentia inquieto.

Ele ligou para o psiquiatra.

"Desculpe por incomodá-lo tão tarde da noite."

Era óbvio que a pessoa do outro lado da linha foi acordada pelo telefonema. Sua voz soou um pouco rouca. Ele disse: “Está tudo bem. Há algo de errado?"

"Está trovejando lá fora e não consigo dormir."

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O psiquiatra disse a ele: "Experimente desligar as luzes primeiro."

"OK."

O imperador do filme fez o que disse.

“Feche os olhos e relaxe o corpo.”

O imperador do filme deitou-se na cama. Suas sobrancelhas estavam franzidas, sua respiração engatada.

Ele ouviu o psiquiatra perguntar: "O que você vê?"

“Um carro. A estrada."

"Sua mãe está aí?"

"Sim."

A voz do psiquiatra era gentil. “Não tenha medo, está tudo bem. Não há outros carros na estrada. Seu carro está indo bem, você vai chegar em casa muito em breve.”

"Mhmm."

"Devo cantar uma canção de ninar para você?"

"OK."

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Um canto suave e gentil veio do outro lado da ligação.

Era uma canção muito antiga que a mãe do imperador do cinema costumava cantar para ele quando ele era criança. Em suas memórias, ele nunca disse a ninguém que gostava dessa música. Mas, ao que parece, ele provavelmente disse ao psiquiatra antes.

O psiquiatra cantou de forma bem diferente da maneira como sua mãe fazia. Faltava um toque doce e feminino, mas mais de outras emoções.

O imperador do filme não sabia dizer como era, mas uma coisa é certa, ele gostou muito.

Ele adormeceu ouvindo a música.

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Quando ele acordou na manhã seguinte, o dia já havia clareado. O imperador do cinema ainda segurava o telefone com força e a ligação continuava.

Ele o segurou contra o ouvido e vagamente ouviu os sons de respiração lenta e constante do outro lado da linha.

Um sorriso suave enfeitou o rosto do imperador do cinema. Então, ele desligou cuidadosamente o telefone.

Mesmo que não houvesse diferença se ele fizesse isso bruscamente.

Durante o dia em que o imperador do cinema estava filmando uma cena de luta na floresta, a estrela veio visitá-lo.

Só então ele se lembrou de que tinha namorado. Um que ele não contatava há muitos dias.

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Graças à influência do imperador do cinema, a estrela tinha recebido muitas ofertas ultimamente. Sua popularidade cresceu sem parar e ele brilhava como uma pessoa totalmente diferente.

A estrelinha trouxe uma lancheira para ele, o que fez com que todos os funcionários olhassem com inveja.

O imperador do filme abriu a lancheira, mas seus pauzinhos permaneceram intocados. Quando não havia ninguém por perto, ele sussurrou para a estrela: “Eu não como cenouras”.

A estrela olhou para a lancheira cheia de nada além de arroz frito com cenoura. Seu rosto ficou vermelho de estranheza.

Depois disso, a estrela não apareceu novamente, nem mesmo até o final das filmagens ao ar livre.

Quando o imperador do filme parou de filmar, ele pesquisou os poucos programas em que a estrela havia participado recentemente. Ele percebeu que a estrela tinha um bom senso de variedade e também era muito inteligente. Suas interações com os outros convidados também eram divertidas e naturais.

Ele pensou consigo mesmo: Esqueça. Dar um empurrão nele também não era uma coisa ruim.

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O imperador do filme ficou nas montanhas por quase um mês. Ao chegar em casa, ele tomou um banho quente e confortável e mergulhou na jacuzzi. Depois de trocar de roupa, ele foi à clínica para se encontrar com o psiquiatra.

As duas meninas na recepção sabiam quem ele era e o informaram: “Dr. Song está com um paciente agora. Por favor, espere um pouco na sala de estar.”

O imperador do filme disse 'ok' para eles, virando-se e dando dois passos à frente antes de fazer o retorno. “O Dr. Song tem um parceiro?”

As garotas trocaram olhares e depois fofocaram com o imperador do cinema.

“Achamos que sim. Antes durante as pausas para o almoço, sempre podíamos ouvi-lo ao telefone com alguém. Esse tom dele era tão doce... tsk, tsk, deve ser seu parceiro."

“Ele até o chamou de 'bebê'. A outra parte deve ser muito mais jovem do que ele e é bastante pegajosa. ”

“Mas, recentemente, não o ouvimos mais falando ao telefone. Quem sabe se eles já se separaram.”

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O imperador do filme sentou-se no banco da sala enquanto esperava. Sua conversa com as garotas na recepção ia e voltava em sua mente.

O psiquiatra era uma pessoa muito gentil. Ele deve ser bom em cuidar dos outros quando se trata de namorá-los, certo? A outra parte parecia ser muito jovem também, eles devem estar muito felizes por estarem juntos com ele.

Nesse momento, a porta do consultório se abriu e o psiquiatra saiu de dentro. Ele ficou realmente surpreso ao ver o imperador do cinema, “Por que você está aqui?”

O imperador do cinema apontou para a grande sacola de coisas ao lado dele. "Estou aqui para deixar alguns souvenirs."

Eram os brotos de bambu secos e os vegetais silvestres que ele comprou nas montanhas durante as filmagens.

O psiquiatra deu uma gargalhada.

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"Você sabe cozinhar?" O imperador do filme perguntou.

O psiquiatra acenou com a cabeça. "Um pouco. Quer experimentar minha carne de porco assada com brotos de bambu?”

Claro, o imperador do filme disse que sim.

Ele ficou na clínica por mais algum tempo, até que o psiquiatra saiu do trabalho. Em seguida, os dois foram ao supermercado comprar um pouco de carne de barriga de porco.

O imperador do cinema usou uma máscara o tempo todo, mas ainda era difícil esconder seu comportamento de superstar, de modo que muitos transeuntes olhariam para ele algumas vezes.

O psiquiatra pagou por suas compras na velocidade da luz, arrastou-o e correu de volta para o estacionamento.

O imperador do filme colocou as coisas no porta-malas e riu dele: “Se as pessoas não soubessem melhor, pensariam que estamos tendo um caso”.

O psiquiatra corou ao ouvir isso.