Lembranças de uma paixão

Capitulo 2.

O sol entrava pela janela iluminando o dormitório da grifinoria. Ate onde eu sabia ele estava vazio, exceto pela poeira que se acumulava nos moveis, aquele lugar que quase não era ocupado desde que chegamos, as semanas do quinto ano estavam agitadas por causas dos NOMS que aconteceriam em alguns meses.

Quando entrei no dormitório enquanto fugia do treino do time de quadribol (o qual meu melhor amigo avia me arrastado), minha cabeça andava a mil por hora nos últimos tempos, nunca parava, eu estava sempre estudando, sempre sobrecarregado. E quando não estava assim estava pensando coisas que simplesmente não faziam sentido, coisas que eu não deveria pensar, eu pensava nele. Eu estava sempre sempre pensando nele, ate quando devia estar prestando atenção na explicação do professor. Pensava nele no banho, enquanto jogava quadribol o que me fizera levar um balaço na cara. Pensava na cicatriz do seu pescoço que eu não sabia onde acabava. Eu tentava não pensar nele por isso estava com a mente sobrecarregada, tava sempre me ocupando e tentado não surtar por pensar em um dos meus melhores amigos assim. Eu me arrastei ate a estante de Remus, peguei um livro qualquer, me joguem em minha cama e finalmente consegui distrair a mente e me perdi no mundo descritos naquelas paginas, viajando para um pais que não existe mais além da segunda estrela a direita, lutando contra piratas e um crocodilo que engoliu um despertador, me recusando a crescer.

Estava tão preso na historia que nem percebi que na verdade não estava sozinho.

- Não era para você estar no treino de quadribol Pads – Remus perguntou saindo do banheiro.

- É eu devia mas no momento pular da torre de astronomia sem nada para amortecer é melhor opção por que... – desviei os olhos do livro e olhei para Remus que estava parado a alguns metros da minha cama apenas com uma toalha, suas cicatrizes estavam a mostra menos aquela de seu pescoço, bom na verdade dava ver, ela começava no pescoço do lado direito descia ate parte do seu peito  e então ia paras costas, eu queria levantar e ver onde ela terminava.

Mas eu não levantei, não porque eu não queria mais sim porque meus braços e pernas estavam tremendo e para piorar a situação eu fiquei encarando ele sem entender o porque meu coração estava batendo tão rápido e nem porque parecia que tinha uma frota de borboletas na mina barriga.

- Sirius Orion Black você sofreu um derrame, teve uma morte cerebral ou tá encarando minhas cicatrizes? porque sinceramente acho que já passamos dessa fase, oh criatura eu juro que se for essa opção eu vou te dar um murro bem dado no meio dessa tua cara pau porque você literalmente virou um cachorro para me ajudar e só porque você nunca tinha vis...

- ah mas vai tomar no cu senhor Remus John Lupin, não é isso seu louco com mania de perseguição, isso é doença tem que tratar em – falei com um sorrisinho de canto e dei uma risada nasal – Eu só tava me perguntando uma coisa seu maluco estranho, mas assim, serio que você que você achou que eu tava encarando as suas cicatrizes- perguntei indignado- quem vai dar um soco em quem agora sou eu que vou meter a mão na tu cara

- Por Merlin cala a boca, bem não cala só fala o que você estava se perguntando e não me encara quando eu tiver me vestindo. – ele falou enquanto colocava as calças e eu talvez encarasse e logo depois desviei os olhar,

- Eu meio que estava me perguntando onde acaba a sua... sabe sua cicatriz do pescoço.

- Rá eu sabia – ele pulou na minha frente apontando o dedo na minha cara- eu sabia e depois eu sou um louco com mania de perseguição.

- Vai tomar no cu idiota, eu só tava me perguntando sobre isso a um tempo e queria saber onde ela acaba.

- Eu não vou te mostrar onde termina minha cicatriz seu estranho. – ele disse colocando a camisa e se afastou.