capítulo 14 • nosotros.

1.3K 79 9
                                    

Valentina Sanches.

Hoje o sol não brilhou, os pássaros não cantaram, os risos se calaram e as lágrimas rolaram em meu rosto mais uma vez. +1 dia em que acordo sem ele, sem as mensagens de "bom dia" dele e todo aquele sentimento que sentia quando estava com ele. O meu coração sofre em silêncio.

Me levantei da cama, abri as janelas do meu quarto para entrar um pouco de ar e fui em direção ao banheiro.

Lavei o meu rosto, escovei os dentes, penteei meus cabelos castanhos, arrumei meu quarto e me deitei novamente na cama. Estava indisposta e com muita preguiça de me levantar da cama.

Para falar a real, ainda estou abalada com tudo que aconteceu. Não tenho mais forças para sair do quarto. Não tenho mais forças para ir na rua. Não tenho mais forças para sair com os meninos. Não tenho mais forças para fazer exatamente NADA. A única coisa que faço é sair do quarto, comer um pouco e voltar para o quarto.

Depois da discussão, Joaquín não veio mais jantar aqui e isso me preocupa mais do que o imaginado. Não sabia que palavras machucavam tanto.

Fui interrompida dos meus pensamentos quando meu celular começou a vibrar, fazendo o móvel ao lado vibrar também.

Me estiquei um pouco para ver quem me ligava as 8h da manhã e o contato de Gustavo apareceu no visor do aparelho eletrônico. Resolvi atendê-lo depois de recusar suas 44 ligações nesses últimos 4 dias.

 Resolvi atendê-lo depois de recusar suas 44 ligações nesses últimos 4 dias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— porra, finalmente! — praticamente gritou. — achei que estivesse morta.

— mas agora sabe que estou viva, ebaaaa. — ironizo.

— para de graça sua idiota. — me repreendeu. — por que não fala mais conosco? — referiu-se à ele e os meninos. — não responde uma mensagem que mandamos, recusa nossas ligações e não dá um sinal de vida.

— estou com preguiça. — digo cínica.

— se fosse SÓ preguiça estava ótimo. — deu ênfase no "só". — você está bem?

— quer que eu fale a verdade ou a mentira?

— a verdade, né. — respondeu óbvio.

— não. Não estou muito bem ultimamente. — suspiro derrotada. — não tenho mais forças e nem disposição para sair de casa. Não faço mais as coisas que fazia antes, saio do quarto apenas para comer e passo o dia inteiro deitada assistindo, dormindo ou lendo algum livro.

— você está em estado puro de decadência, uau... — pausou sua voz. — não quero que fique assim por Piquerez, mesmo que a errada seja você. Eu sei que desculpas são apenas palavras, mas não há nada que você possa fazer além de pedir perdão por todas as coisas que disse à ele.

𝒎𝒚 𝒈𝒊𝒓𝒍 - joaquín piquerez. Onde histórias criam vida. Descubra agora