capítulo 7 • el restaurante.

2.1K 109 17
                                    

Valentina Sanches.

Não lembro de quase nada da noite passada, só me recordo de apagar repentinamente depois daquele tedioso e decepcionante jogo da Sociedade Esportiva Palmeiras.

Aos poucos, fui despertando e minha ficha finalmente havia caído. Eu dormi mesmo fora de casa?????

Em um pulo, levantei-me do sofá e a primeiramente coisa que fiz foi olhar o celular já imaginado oque me aguardava.

25 ligações perdidas da minha mãe, 43 ligações perdidas de Joaquín e +13 do meu pai. Ligações dos meus pais já eram de se esperar, mas assumo que as de Joaquín foram mais surpreendentes que o normal.

Primeiramente retornei para a minha mãe e avisei que estava tudo bem, fato que aliviou ela de um jeito indescritível. Também mandei um aúdio para Joaquín e expliquei tudo que havia acontecido para não ter atendido nenhuma de suas ligações de voz.

Após me desculpar com eles, arrumei minhas coisas (que estavam espalhadas pela sala e sofá), escovei os dentes e saí, mas não antes de mandar um áudio para Jazmin avisando que iria embora.

O trajeto que percorri até minha casa foi curto e tranquilo. Sentir a brisa do vento abafado batendo contra o meu corpo e (provavelmente) bagunçando até o meu último fio de cabelo foi a melhor parte de caminhar na rua 7 horas da manhã.

O dia finalmente fazia sol, estava radiantemente feliz por isso... e a minha felicidade se tornou mais intensa quando avistei Piquerez do outro lado da calçada. Ele estava com o uniforme de treinos e eu estou surtando por dentro com tamanha beleza desse homem.

Acenei gentilmente para o jogador, que respondeu o cumprimento com um sorriso de canto.

Em código morse, o mesmo me pediu para que atravessasse a rua e seu "pedido" foi irrecusável.

Após atravessar a rua, o uruguaio me envolveu em um abraço forte e demorado. Enlacei meus braços ao redor do seu pescoço e senti suas mãos descerem até a minha cintura, dando um leve aperto.

Por um breve momento, meu fôlego tornou-se descompensado e minhas pernas bambearam com o seu toque. Mão na cintura é o meu ponto fraco.

- você está linda com esse vestido e essa cara de sono. - murmurou no meu ouvido.

Apertos leves na minha cintura, elogios em um sussurro... este é o meu fim.

- e você está um tanto quanto perfeito nesse uniforme... - me desvencilho de seus braços. - combina com você.

- eu fiquei gatão, né? - se gabou, em seguida levou suas mãos ao próprio cabelo para ajeitá-lo.

- ficou. - dou uma leve risadinha. - como está Juan?

- ele está bem... quis ficar dormindo, então deixei a babá cuidando dele... - encarou o pulso. - bom, eu vou indo para não me atrasar.

- não vai de carro? - ergo uma sobrancelha.

- não, ir andando pode me fazer bem. - TALVEZ eu esteja um pouco surpresa.

- uau. - foi a única coisa que saiu da minha boca.

- tchau, Sanches. - deixou um beijo em uma das minhas bochechas.

- tchau, Piquerez.

[...]

Depois de me redimir com os meus pais e passar a tarde à toa no quarto com o meu cachorro, irei sair para jantar com Dudu e Rony.

Eles disseram que levarão seus respectivos filhos e esposas e eu não tenho outra previsão além de virar babá nessa noite de domingo.

𝒎𝒚 𝒈𝒊𝒓𝒍 - joaquín piquerez. Onde histórias criam vida. Descubra agora