31° Capítulo - A conversa

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O Colin me liga uns dias depois. Ele quer que eu vá até a casa dele praticar, eu aceito, até porque o foco é a banda. E ficar perto dele também me parece bom. Então cá estou.

O Colin me oferece uma cerveja e depois se joga no sofá próximo a sua guitarra. Ele me olha fixamente como se me analisasse.

- O que.....!

Colin- Nada!

Arqueio a sobrancelha sem desviar o olhar.

Colin- Pensei que não viesse! Você não está assustada?

- Não! Porque diz isso?

Colin- Minha vida não é muito edificante. Você não veio aqui pra isso...
Aliás, porque você veio exatamente?

-Você não lembra? Para que um de nós finalmente se comporta-se como adulto.

Colin- Eu não ganhei aquela rodada. Você sabe mais sobre mim do que eu sei de você.

- Eu admito que você fez um bom trabalho!

Colin- Mesmo?

- Você conseguiu falar comigo como um ser humano. Bom pra você Colin!

Colin- Sim, mas ao menos eu falei com você. O que você me contou sobre você mesma exceto que você ama música?

Seu olhar se aprofunda no meu. Eu suspiro, o que posso dizer a ele? Minha vida foi fácil comparada a dele....

-Minha vida não foi tão trágica quanto a sua. Eu sai da casa dos meus pais para morar em Nova York.

Colin- Porque veio para Nova York?

-Meu pais se recusavam a me deixar viver a minha vida do jeito que eu queria. Eles me controlavam em tudo: carreira, namorado, amigos e a música. Eles queriam me afastar do piano porque eles acham que não dá futuro.

Colin- E o seu namorado?

Fico surpresa, com tudo que falei ele se interessou na minha vida amorosa.

-Ex-namorado! Eu o deixei quando vim pra Nova York.

Colin- Porque?

- Ele era como os meus pais. O Samuel era meu melhor amigo, mas ele queria me impedir de florescer e explorar outras possibilidades. Ele queria controlar tudo, minhas escolhas, meus desejos... Eu estava cansada de viver em uma gaiola. Queria ser livre...

Não sei se o Colin pode me compreender. Ele balança a cabeça e seus dedos brincam com as cordas da sua guitarra por um instante. As notas me arrepiam. Ele olha pra cima e me pega olhando pra ele. Um sorriso satisfeito aparece em seus lábios. É como se ele esperasse isso, como se ele só quisesse saber se eu estava disponível.

Colin- Vem aqui!

Ele me pega pelos pulsos e me puxa contra ele.

-O que você está fazendo?

Colin- Shhi....

Seu shhi... derrete o meu ouvido enquanto ele me põe entre suas pernas. Ele coloca a guitarra contra a minha barriga e coloca meus dedos nas cordas. Sua respiração acaricia meu pescoço e seus cabelos fazem cócegas nas minhas costas.

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Meu ColinOnde histórias criam vida. Descubra agora