Não sei o que estou fazendo nesse corredor, mas não pude evitar a tentação. Após o nosso ensaio, o dia anterior é como se eu tivesse desbloqueado algo. Um pouco nervosa, bato na porta. Ouço Colin grunir do outro lado da porta e entro em seu escritório.
-Olá!
Colin tira os olhos do seu computador, parecendo surpreso, então sorri, meio forçado.
Colin- O que te trás aqui?
-Café.
Coloco uma xícara de café em sua mesa. Ele agradece com um movimento de queixo.
Colin- Você só veio me trazer café?
Olho pra ele de forma inocente e me inclino na borda da sua mesa.
-Óbvio que sim.
Minha resposta tira um novo sorriso dele.
-Deveria se sentir privilegiado por isso!
Colin- Vou me lembrar disso na próxima vez.
-Quem disse que terá uma próxima vez?
Colin- Gatinha você não me engana...
Suspiro profundamente e entrego a ele um papel dobrado em quatro.
Colin- O que é isso?
-Um livro de William Shakespeare.
Colin- Que decaída!
Diz rindo e eu concordo.
-Eu voltei à trabalhar nas letras das músicas.
Ele levanta uma sobrancelha, então um sorriso verdadeiro se estica em seus lábios.
Colin- Você tem medo que eu leia?
-Levando em conta que você vai tirar sarro da minha cara pelas próximas semanas, sim, um pouco...
Colin- Eu não sou tão mal assim vai.
-Não... Você é pior!
Ele ri.
-Admito que a recepção ainda é menos hostil do que da última vez que lhe trouxe um café.
Colin- Pronta?
-Rah, Cala a boca e leia logo.
Ele ri de novo e então olha para a folha com a minha música, estou confiante e aproveito para provoca-lo.
-Eu segui o seu conselho e é possível que o texto tenha perdido qualidade.
Colin- Obviamente Gatinha...
Pego a xícara de café e tomo um gole para me acalmar, Colin faz um som de reprovação. Não me importo se o café era pra ele, ele é o motivo do meu nervosismo.
Colin- É meu!
-Egoísta!
Ele nem olha pra mim mergulhado em sua leitura. Tomo outro gole do seu café.
-Está muito bom.
Permaneço segurando o café até que ele solta a folha devagar em sua mesa. Seu olha sobe ao longo das minhas coxas com uma lentidão calculada. Ele faz de propósito!
-Tá bom, para de brincadeira. O que achou?
Colin- Você quer saber o que achei com toda objetividade?
-Não, claro que não, eu quero que você minta pra mim!
Ele ri novamente se indireitando na cadeira.
Colin- É pesada!
-Só isso?
Ele acena com a mão para me fazer calar a boca, depois passa o dedo indicador no lábio inferior.
Colin- Cheia de emoção.
Eu solto um gritinho e ele sorri amplamente.
Colin- Você colocou muita coisa nessa letra, não sei em quem você pensou quando escreveu isso, mas... Eu ficarei lisonjeado em cantar essa música.
Meu Deus eu não acredito!
-Está falando sério?
Colin- Parece que estou brincando?
-Com você nunca se sabe.
Ele se levanta e para bem na frente do meu nariz obrigando a encara-lo.
Colin- Estou falando sério, gatinha, você fez um bom trabalho.
-Obrigado. Por mais que odeie admitir, ouvir isso de você é importante pra mim.
Colin- Você está bem, precisa de um médico.
-Não foi só um mal estar passageiro que não irá acontecer nunca mais.
Colin- Talvez tenha sido o café.
Ele pega a xícara da minha mão tomando um gole.
-Talvez tenha sido a sua cara de desgosto quando eu tomei um gole.
Colin- Dois!
-Que seja, dois.. Egoísta
Colin- Não gosto de dividir o que meu Gatinha.
Ele me olha de um jeito que me dá a entender que não está se referindo ao café.
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Meu Colin
RomansaUm livro baseado no jogo IS IT LOVE? COLIN As Lovetes de plantão iram concordar que o jogo por mais maravilhoso que seja deixa muito a desejar, para resolver o ranço que passamos nada melhor do que escrever uma fanfic com a nossa versão da história...