𝔸𝕔𝕚𝕕𝕖𝕟𝕥𝕖.

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Nishinoya Yu.
{02/01/2020}.
16:03.

O ar naquele dia era frio e faziam minhas pernas ficarem trêmulas assim como o resto do meu corpo porém não ficava tão preocupado,daqui a pouco eu iria ter um treino árduo de vôlei e iria ficar mais do que aquecido.
Não sei se iria aguentar até lá,eu realmente estava com frio e mesmo negando para Tanaka(que é meu melhor amigo)não conseguia esconder tal fato,meus lábios tremiam e minhas bochechas estavam rosadas por conta das rajadas de vento.Sorte minha que o quase careca era lerdo e imperativo demais para notar.

O sinal tocou indicando o término da última aula,olhei em volta vendo meus colegas suspirar de alívio e de cansaço,aquela aula de matemática estava realmente mais cansativa e chata que as anteriores e a professora de meia idade falando de vagar só piorava,ou talvez fosse por conta da ansiedade que eu estava sentido pra ir logo para a quadra que deixava tudo mais chato.

Guardei de mal jeito todos os meus materiais que estavam espalhados sob a mesa de madeira escura na minha bolsa escolar que estava com a alça um pouco gasta,sim,mal começou o ano e minha bolsa já estava nesse estado um pouco deprimente.Acho,não,tenho certeza que eu sou irresponsável.

Quando saí da sala praticamente correndo pelos corredores trombei com meu pior pesadelo,na verdade,pesadelo de qualquer um da escola.Asahi Azumane,o terror da escola.
O cara além de ser o triplo do meu tamanho ainda tinha a face do próprio demônio,ele parecia estar sempre com raiva e de saco cheio da vida,agradeço aos deuses por ser seu último ano na escola.

Os corredores que estavam cheio de alunos que em sua grande suma iriam para casa e a outra parte iria fazer as atividades dos diversos clubes,todos,eu disse TODOS os alunos pararam de fazer oque estavam fazendo só para me observar,mais especificamente ver oque o grande Asahi iria fazer.

Eu que estava no chão paralisado e tremendo igual um cabrito olhei pro seus olhos que queimavam em grandes chamas raivosas.

Puta que pariu,é hoje que eu morro!.

Asahi Azumane.
15:20.

O professor de história falava animado sobre os povos antigos e suas crenças sem pé nem cabeça,ele era um ótimo professor e eu adorava sua matéria ouso até dizer que é a minha favorita porém existe a arte e eu adoro essa matéria,á falar em arte,eu estava agora desenhando uma...pessoa.
Acabo de desenhar suas madeixas que pareciam macias,agora é hora de colorir.

Será que um dia eu serei corajoso o suficiente para dizer o quanto eu te amo?.

Miyamura:O senhor Asahi poderia prestar a atenção na matéria?Ou terei que mandar direto pra diretoria?.-perguntou debochado.

Tive medo de falar algo e piorar ainda mais minha situação então só abaixei a cabeça abrindo o caderno escolar desta vez,teria que deixar pra depois o desenho.

Miyamura:Já que o senhor Asahi é bem melhor que nós terá que ir pra diretoria,a senhora Hori saberá o que fazer com você senhor Azumane.-ditou com raiva.

Eu acenei com a cabeça,eu tinha MUITO medo do professor chamar meu pai ou pior a minha...mãe,não iria fazer nenhum movimento que poderia ser mal interpretado tampouco falar algo,não,eu tinha,eu tenho que ficar de bico calado sempre.
Eu sei o quão antiético é mandar um aluno para a diretoria sem ter feito nada grandioso mas me opor só iria estender mais ainda tudo isso,talvez por esses e outros motivos mais complexos eu nunca me oponho,é tão raro quanto encontrar uma mulher que ainda não foi assediada pelo menos uma vez na vida.

Passar muito tempo com a Bianca não está me fazendo muito bem.

{Quebra de tempo}.

Sua expressão raivosa era de arrepiar todos os pelos do meu corpo,a mulher com cabelos grisalhos e de uma óbvia idade avançada(mesmo que a mesma tente esconder sua velhice com maquiagem,é bem óbvio que ela já deve estar na casa dos 50)estava pronta pra me dar uma bronca das grandes,Hori já estava farda de me ver em sua sala.Por que eu ia á diretoria com frequência?Nem eu sabia responder,eu apenas especulo que seja por causa dos boatos que me rondam,todos os professores me tratam como um delinquente e vivem me mandando para cá mesmo eu não fazendo nada errado.

𝓝𝓾𝓷𝓬𝓪 𝓳𝓾𝓵𝓰𝓾𝓮 𝓾𝓶 𝓵𝓲𝓿𝓻𝓸 𝓹𝓮𝓵𝓪 𝓬𝓪𝓹𝓪.Onde histórias criam vida. Descubra agora