Segunda Chance - Sheibi

Pré Reveillon

POV Gabriela

Desde o episódio do natal que eu estava fazendo o possível para evitar a Sheilla depois de ter cometido aquele erro de ir até o apartamento dela para entregar o anel que tinha comprado de presente de natal para ela. O que eu tinha na mente na hora que cometi a loucura de ir até o seu apartamento? A loucura tinha tomado conta de mim depois que tomei uma vodka misturada com alguma cachaça que o Fernando tinha trazido de uma viagem para o nordeste e quando dei por mim estava enviando uma mensagem para Sheilla pedindo para encontrar com ela. Quando a encontrei no apartamento, entreguei o presente e quase nos beijamos acabei tendo um pequeno "ataque" de confusão que me fez sair correndo como uma louca daquele lugar.

Passei o dia 25 com a minha família em um almoço, mas a tarde acabei recebendo um convite de algumas amigas para curtir um pouco o Rio de Janeiro e obvio que aceitei sendo a melhor forma para fugir de Sheilla. Troquei algumas mensagens com a mais velha apenas por causa da Liz e Ninna que estavam querendo aprender a jogar tênis, eu fique orgulhosa e me prontifiquei a ser a treinadora das meninas. Mas esse era o único motivo realmente para conversarmos. Durante os 4 dias que estava no rio ainda aproveitei para fazer uma permuta com uma loja de carro e agora eu era a orgulhosa dona de uma land rover velar na cor branca, eu ainda tinha ficado tentada a escolher um esportivo, porém um carro maior atenderia mais as minhas necessidades quando quisesse sair com mais gente ou simplesmente quando quisesse ir me isolar em algum hotel fazenda.

Estaciono o meu carro em frente a um conhecido hotel carioca, arrumo os óculos de sol no meu rosto e passo a mão pelos meus cabelos que estavam completamente cacheados da forma que eu tinha nascido depois que eu fiz um belo tratamento para conseguir os ter de volta. Pego meu celular a procura de uma boa playlist para tocar, deixo o sertanejo ser a minha trilha sonora daquele momento e saiu do carro para esperar a minha companhia de viagem. Já que tinha comprado o meu novo carro decidi fazer a viagem para Angra nele e depois iria de Angra para BH dirigindo para poder aproveitar um pouco o caminho. Abro um sorriso ao ver uma loira saindo do hotel puxando uma mala e em seu ombro tinha uma mochila vermelha

- Eu vim pegar a veia da lancha ou uma entregadora do ifood? – perguntei somente para encher um pouco o saco da minha amiga.

- eu sei que o seu sonho é poder ficar comigo de novo, musinha – a veia da lancha diz abrindo um sorriso convencido em seu rosto e eu apenas reviro os meus olhos – mais já saiu da minha faixa etária.

- a sua psicóloga já te disse que a sua faixa etária é por causa que nunca superou sua a Ariele – respondo usando um tom de deboche e cruzando os meus braços.

- O seu cu – ela me mostra a porra daquele enorme dedo do meio dela e eu apenas dou uma gargalhada – nos duas já nos resolvemos a muito tempo

- Ok – falo levantando as minhas mãos em sinal de rendição e destravo o porta mala do meu carro – me dá essa mala pra eu colocar no porta malas

- Claro e guarda com cuidado que tem coisa ai que pode quebrar – ela diz me entregando a mala de rodinhas e a minha vontade foi jogar a mala rapidamente em cima no porta mala – está clonando cartão pra ter comprado um carro desses?

- Você já leu o livro do Machado de Assis chamado Dom Casmurro? – falo debochando da minha amiga enquanto entro no banco do motorista – sabia que nele existe um grande conflito onde todos ficam sempre se questionando se a Capitu traiu ou não?

[ ... ]

Demorou um pouco mais de duas horas para conseguirmos chegar em Angra dos Reis e o motivo tinha sido uma parada minha para abastecer o meu carro e a Gattaz resolveu jogar um longo papo com a frentista que não demorou a se encantar pela minha amiga. Ela tinha que ficar jogando o charme dela em cima de toda mulher que colocava seus olhos? Pelo jeito sim e infelizmente ela não conseguiu um desconto na gasolina que estava um absurdo. A pousada que tinha sido escolhida em consenso por todas não era uma das mais luxuosas de Angra, porém era linda demais e tinha uma das coisas que mais procurávamos que era um pouco de privacidade. Os quartos tinham sido todos alugados por pessoas ligadas ao vôlei e pelo menos durante esses dias a pousada seria "nossa" como tínhamos conversado com o dono.