Olimpíadas - FIM

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POV Sheilla Castro

O meu coração se encontrava completamente acelerado por esta fazendo parte de mais uma final da seleção brasileira, mas dessa vez era completamente diferente já que eu me encontrava na comissão técnica para ajudar o Zé Roberto e o Paulo a ver tudo que precisaríamos para enfrentar a seleção dos Estados Unidos que tinha crescido bastante nos jogos e conseguido vencer a equipe italiana. Dou um sorriso olhando para a quadra onde as meninas estavam fazendo o aquecimento, toco as alianças no meu dedo anelar já que eu estava usando a aliança de Gabriela também e olho na direção da minha namorada que estava concentrada.

Brasil, brasil, brasil

O som das vozes gritando o nome da seleção estava dando uma atmosfera completamente encantadora e me fazia encher o peito de orgulho por estar fazendo parte de tudo isso. Me aproximo de onde o Zé Roberto estava olhando algo em sua prancheta, ele me explica que tinha organizado na prancheta como iria querer o começo de jogo e eu apenas concordo apenas pedindo para que ele lembrasse das jogadoras que precisaríamos marcar um pouco. Eu conhecia a forma que as americanas gostavam de jogar e sem duvidas iria usar muito bem disso.

- Sheilla – a voz manhosa da minha namorada me faz abrir um sorriso e ir na sua direção – você está se sentindo bem?

- Pode parar de se preocupar comigo? – pergunto olhando para a minha namorada e toco o seu rosto com carinho – foi apenas uma queda de pressão

- você deveria ter ficado no quarto se cuidando e não vindo para cá – reclamou a Gabriela de um jeito marrento, porém era fofo – eu vou falar com o Zé para te mandar embora pro hotel

- será que você pode parar com essa besteira? – falo segurando o seu rosto com carinho para que ela me olhe – estamos em frente ao mundo todo e não quero discutir

- tudo bem – ela diz soltando um longo suspiro logo em seguida e olha para a seleção oponente – será que vamos conseguir?

- vocês venceram a Itália com a Egonu na melhor forma dela – falo sorrindo para a minha namorada e dou uma piscadinha – eu tenho certeza que será fácil vencer as americanas

- Americanas não – Gabriela falou rapidamente fazendo uma careta no final – chileteiras é o termo certo

Eu apenas neguei com a cabeça da cara de menina sapeca que a minha namorada estava fazendo, a desejei sorte já que não poderia dar um selinho nela por estar sendo profissional naquele momento e ela voltou para a quadra já chamando a Carolana e a Daroit para uma conversa rápida sobre o time das chicleteiras. Eu estava nervosa por essa final, mas eu tenho total confiança que as meninas vão conseguir fazer um jogo brilhante.

[ ... ]

O primeiro set do jogo tinha sido um "fracasso" para a seleção brasileira que havia cometido muitos erros bobos que as prejudicaram no placar, Larson sorria na minha direção e eu apenas sorria negando com a cabeça para a minha amiga chicleteira que agora estava fazendo parte da comissão técnica. O Zé chamou as meninas no final do primeiro set para as orientar sobre os erros que tinham cometido e eu entrei no meio da conversa já dizendo onde eu tinha visto lugares na defesa americana que poderia ser facilmente usado para pontos.

- ei Pri e Carol – chamo os nomes da central e da ponteira loira que vem na minha direção – tenham calma que tudo vai se encaixar e vocês vão poder levar as medalhas de ouro para entregar aquelas duas gravidinhas choronas

Elas apenas sorriam na minha direção confirmando com a cabeça antes de voltarem para a quadra se posicionando nos seus lugares, olho para a minha namorada e ela se encontrava completamente concentrada na sua posição. Ela deveria ter ligado o seu mood Gabi limpa fundo de quadra e agora sem duvidas as chicleteiras iriam ter muito trabalho para conseguir fazer com que elas ganhassem aquele set.

Segunda Chance - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora