Três porquinhos não dão conta de dois lobos maus

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Mais um capítulo, daqui a pouco sai mais um--- hoje é sexta de combo!!

Contem: Linguagem impropria, violência, assédio

Os personagens não me pertencem, são da obra original de Ken Wakui

Fonte da imagem : google imagens 

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A tarde estava passando tranquilamente, o grupo caminhou pelo parque, encontraram algumas cachoeiras e por fim resolveram ver onde ficavam as choupanas. Talvez pudessem alugar uma delas durante algum feriado, seria bom tirar uma folga de tudo e se isolar na natureza.

Os amigos se distraíram por um momento não percebendo que ao entrar em uma das cabanas haviam deixado Angry para o lado de fora. O azulado, por sua vez também estava distraído com o jardim externo, era muito bonito.

Havia dois pinheiros lado a lado, a porta da cabana se alinhava no meio das duas árvores, a cerca era toda revestida de alguma espécie de trepadeira, o que deixava o muro todo verde e folheado, com flores brancas pequenas e de miolo amarelo, elas liberavam um cheiro tão bom que logo foi reconhecido pelo menino- era o seu próprio cheiro. As damas-da-noite eram o toque final no encantador cenário que seus olhos viam.

Quando uma brisa leve bateu em seu rosto trazendo um perfume amadeirado, Angry saiu de seu devaneio. Com os olhos procurava a origem daquele odor, parecia familiar, entretanto não conseguia identificar da onde o conhecia. O aroma vinha de fora dos muros, mais precisamente da floresta.

Poderia ser de uma árvore ou talvez de alguém que estivesse passando por ali, afinal era sexta e tinham muitas pessoas no parque. Aquela fragrância era provocativa para os sentidos do Kawata. Hipnótico era a palavra, sedutor o suficiente para fazer com que suas pernas se movessem sem permissão e só notou que já adentrava a mata, quando um estalo de galho seco quebrou seu transe.

Angry- "Hã??...como eu vim parar aqui? ". Pensou, estava um pouco mais afastado da cabana, não muito pois ainda a conseguia ver em meio as árvores. O barulho de passos ecoava em seus ouvidos, significava que haviam pessoas por ali, menos mal né? ...talvez! Deveria voltar logo para junto de seus protetores. Pretendia fazer isso, já se virava para a direção de onde veio quando a voz grossa o fez arrepiar.

xxx- Você pede por proteção para ficar longe de mim, e ainda assim, é só sentir meu cheiro que já vem que nem um cachorrinho, né ?

Apoiado com as costas em uma das árvores atrás de Angry estava Rindou. A fala fez o mais novo dar meia volta e encarar o loiro. Reparando bem, ele tinha uma aparência que fazia recordar da história do livro de sua avó- Olhos púrpura, voz grossa, personalidade manipuladora e aroma amadeirado- estavam em uma floresta e justo hoje foi um péssimo dia para usar casaco vermelho de capuz por cima do uniforme.

Angry não tinha respostas para o que acabara de ouvir, apenas o encarava tentando entender o que ele fazia ali. Piscou algumas vezes, até encontrar o que responder.

Angry- O cheiro era seu? Achei que um animal morto estava por aqui, iria enterra-lo. Se bem que não tem muita diferença entre vocês, né? – Respondia com uma pergunta sarcástica.

Rindou- Tão engraçadinho chapeuzinho vermelho- disse começando a se aproximar- Cuidado que tem lobos bem perigosos por aqui- parando bem de frente com o Kawata.- Cadê seus amiguinhos hein? É perigoso andar pela floresta sozinho, sabia?

Souya não queria transparecer que estava começando a ficar desconfortável com a proximidade entre ambos. O olhar penetrante do mais alto tinha o poder de mantê-lo estático – mais uma infeliz coincidência com o livro. Fechou os olhos respirando fundo, quando os abriu novamente deu uma risadinha cínica.

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