cap 32 // na cabeça de Henrique

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O que me trouxe a situação que estou agora, é o mais importante. Torturar essa mulher a minha frente e conseguir informações sobre minha querida.... Suprema, ainda era difícil de me acostumar. A um tempo atrás também me perguntaria como iria torturar uma pessoa se nunca tive contato com isso, mas quer saber um fato interessante !? Tudo mudou.

Depois que me tornei lobo, mesmo que da classe mais baixa... Tenho tido muitos pensamentos obscuros, é como se a todo momento alguém falasse na minha cabeça frases ou coisas que deveriam ser feitas. E uma delas é maneiras indescritíveis de tortura, que já estudei um pouco na escola e acabo percebendo que tenho os matérias necessários, bem a minha frente.

A bruxa de magia negra em nenhum momento tirou seus olhos de mim. Podia farejar seu cheiro de suor pelo seu medo aparente, isso de alguma forma despertava algo que nunca foi sentido aqui dentro do meu peito... Interessante !

     — É o seguinte, serei direto ! Eu preciso de informações e você às tem, vou conseguir elas de qualquer jeito... porém aí vai de você escolher se será por bem ou mal... Qual sua resposta ?

Então do mesmo jeito que entrou, ela continua com um silêncio absoluto.

     — Hum... Gostei ! Da maneira mais difícil então_ digo dando uma risada e vendo os materiais para uso.

Coloco todos juntos encima de uma mesa e vou passando meu dedo por cada um para escolher o melhor para aquele momento. Mas antes... Teria que prender ela na cadeira que estava dentro de sua cela, algo fácil por estar sem poderes e eu ser um lobo.

Quando ela me vê aproximando vai um pouco para trás com cautela, nesse momento tiro a chave de meu bolso e coloco na fechadura...

     — Olha, a gente pode começar sem violência nenhuma e talvez eu até te solte. Contanto que sente na cadeira e colabore.

Quando acabo de virar a chave e abro a grade, ela vem correndo com tudo em minha direção. Só meto um socão no meio da sua cara que cai desmaiada no chão. Ela que preferiu o jeito difícil.

A pego em meu colo, coloco sentada na cadeira, amarrando uma corda em seus braços e pernas, evitando assim seu movimento.

Espero então ela acordar ; um tempo depois vejo ela recuperando sua consciência olhando meio vagamente para seus braços agora presos, até perceber o que havia acontecido e começar a se debater naquela cadeira gritando palavras estranhas para mim.

     — Não adianta meu docinho, acredite... Eu já estive no seu lugar e ninguém vai te escutar. Mas sabe quem me salvou !? A Maya, a Suprema dos lobos, aquela mesmo que te impediu de raptar pessoas dessa alcatéia. AGORA ME DIGA, CADÊ ELA !?

     — Você acha que me importo com o que vai fazer ? Faça, eu não tenho medo ! Não te falarei e sabe por que !? Eu simplesmente não me importo, ela estragou meus planos aquele dia e para mim, melhor seria se ela estivesse morta. Assim como planejo fazer com cada um dessa alcatéia como vingança, matando primeiro as crianças na frente de suas famílias, em seguida as mulheres, deixando assim por último os homens, para que sofram as dores da perda, me implorando para que os mate por tamanho sofrimento.

     — Ótimo, era tudo que precisava ouvir. O 1% de remorso que eu teria, magicamente desapareceu. Engraçado né !?

Resolvo começar de pouco a pouco, pego o martelo em primeiro lugar. Abro sua mão no braço da cadeira e bato com toda a minha força em seu dedo indicador, que faz um alto barulho, junto com seu grito ensurdecedor. Aquilo despertou algo profundo em mim, um sentimento tão bom, algo como um impulso para fazer mais e mais, para preencher essa voz que pedia por gritos.

Destinada a ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora