28 // o famoso eu que lute

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Um dia se passou, continuo no mesmo local. Talvez o medo de ter que lutar com alguém fosse maior que tudo. Estou faminta, com sede ! Uma coisa que percebi, é que as vezes eles dão armas, comidas e até água no que eu diria "centro" do labirinto.

Só vemos um clarão no céu e assim somos avisados. Mas, só de pensar que todos vão para lá me dá calafrios, o perigo que deve ser ! Acho que já aceitei minha morte... Fenrir teria que lidar, infelizmente, com essa dor. Chegava a imaginar nossa futura geração.

Sou interrompida por um barulho, fico a alerta ! Quando vejo uma pessoa com uma faca e só penso em uma coisa : F U D E U

Saio correndo que nem uma louca, taquipariu. Vou vendo aquelas paredes e só vou indo adentrando, chegava a ficar tonta. Via aquele cara atrás de mim assim que virava a cada esquina. Não sabia o que fazer, até que chego em um caminho sem saída. Era meu fim, com certeza !

     — Sinto muito, mas planejo sobreviver a isso. Prometo te dá uma morte rápida, só não prometo ser indolor._ o homem fala.

      — Moço, pelo amor da deusa da lua... Olha, segue teu caminho que não pretendo matar ninguém, só quero morrer de fome talvez ou de sede. Imaginando uma chance de ser salva ...

     — Creio não ser possível, sabe... eu sempre fui um vampiro cruel e não irei melhorar agora. Diga suas últimas palavras...

     — Vou morrer tentando ..._digo

Ele vem para cima de mim, só peço do fundo do meu coração ser protegida pela deusa da lua. Confesso que sinto algo dentro de mim muito forte !

Eu possuía um reflexo um pouco rápido, mas acho que não seria o suficiente. Quando ele se aproxima, tento pensar em algo rápido... ele era um vampiro, então sem poderes, seus ossos já estavam velhos pelo tempo que ficou imortal. Vejo que uma de suas pernas estava um pouco atrofiada.

Era a minha chance, talvez deveria me aproveitar daquela sua fraqueja. Ele chega perto de mim e tenta passar sua faca em minha barriga, por sorte vou um pouco para trás. Entretanto, ele me empurra com força na parede e acabo caindo no chão, ele segura em meu pescoço me levantando. Segurava com minhas duas mãos a dele que me enforcava, tentando me soltar, me debatendo descontroladamente.

Até que ele pega sua faca e enfia em meu ombro.

     — AHHHHH, O QUE EU TE FIZ ? POR QUE SÓ NÃO ME DEIXOU IR ?

     — Aprenda algo nesse último segundo de sua vida, algumas pessoas só são más. Não tente achar um motivo ou uma razão para isso, eu apenas sinto prazer em machucar.

     — Então não terei dó em fazer isso senhor.

Dou o chute mais forte que consigo em seu joelho, escuto o alto barulho que ele faz em se quebrar. Ele cai no chão, recuando gemendo de dor. Paro um pouco e olho para meu ombro, tenho que fazer algo crucial... Preciso arrumar coragem e arrancar essa faca, ou seria melhor deixá-la aqui e não mexer?

Decido arrancar, vejo que o homem tenta se levantar e agora tinha ódio em seus olhos. Vamos lá Maya, coragem. Era tudo que pensava em minha mente. Seguro bem firme com a minha mão....

     — É agora, 1, 2 e 3...

Puxo aquela faca de meu ombro, que não sai rapidamente como via em filmes. Sinto e infelizmente ouço, aquela ferramenta letal sendo tirada da minha carne. Escorrendo assim, um pouco de sangue.

Com a faca em punhos e com o homem chegando perto de mim, penso no quê fazer. Seria capaz de matá-lo !? provavelmente não, era fraca psicologicamente para isso.

     — O que vai fazer agora, doce menina ?

     — Isso...

O empurro com toda minha força que em sua caída, segura meus braços me levando junto ao chão. Vejo a faca caindo ao meu lado, ele então me dá um soco no rosto. Como doía, era a primeira vez que fui agredida. Ele se arrasta e pega a faca e agora, coloca em meu pescoço rapidamente. Sinto as primeiras gotas de sangue, misturadas com o suor descendo em meu pescoço.

Já estava preparada, até que a faca cai de sua mão e ele encima de mim. Era seu corpo morto, o empurro e olho para seu corpo, em sua cabeça havia agora uma faca cravada. Começo a observar todos os lados e vejo uma garota, COMO ASSIM UMA GAROTA ? ELA QUE FEZ ISSO ?

     — Obrigada por me salvar_ agradeço dando um sorriso, fingindo não sentir toda a dor que sentia no momento.

     — Não fiz por você, ele matou os meus pais. Eu o procuraria para me vingar até no inferno, se lá ele estivesse.

     — Não vai tentar me matar como ele tentou ?

     — Não sou como essa raça imunda que gosta de sofrimento, não quero gastar meu tempo com coisas sem valores. Apenas quero sair daqui, mesmo que agora sem meus pais. Prometi a minha mãe isso.

     — Acredite, era tudo que mais queria também.

     — Você sabe fazer algo ? Lutar ? Ou é rápida ?

     — Não sei, mas me chamo Maya e sou uma pessoa bem legal _ forço um sorriso para aquela miniatura de adulto

     — tanto faz, vou precisar de alguém para arriscar a vida no meio, para trazer suprimentos. Você serve.

Acho que aquilo era uma quase ordem para ir com ela, de qualquer maneira... a pessoa a minha frente era uma criança. Deveria tentar ao menos protegê-la, mesmo que quem acabou de salvar minha vida tenha sido ela.

Vou a seguindo, pois, parece saber os caminhos certos desse labirinto. Me pergunto quem é essa criaturinha corajosa ! Tomara que eu descubra, gostei da personalidade dela. Sem perceber que ela parou, acabo quase tropeçando nela.

     — Tá cega mulher ? Me pergunto como ele não te matou de primeira...

     — Seja mais educada mocinha, se bobiar tenho quase idade para ser sua mãe. Se fosse mãe na adolescência, é claro.

Ela apenas finge me ignorar e puxa umas raízes de uma das paredes, tem um espaço para entrar, como um túnel. Nem tinha percebido o quão grossas eram elas. Realmente era algo que abrigaria uma pessoa dentro. Apenas queria saber como ela sabia daquilo. Apenas a sigo.

A música é para dar uma adrenalina skksks não pensei em nada melhor, no futuro prometo revisar e achar algo que preste. E vou tentar voltar a postar. Bjsss. Não esqueçam da estrelinha.

Destinada a ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora