29 // a isca

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Ok ... Seguindo a menina ela me levou por dentro das paredes, fomos parar em algum lugar.

Pera... É o centro do labirinto ???? Pela deusa, como essa menina sabia chegar aqui ??? Tem água, comida, medicamento. Não aguento de tanta dor em meu ombro, ou de tanta sede.

     — Chegou sua oportunidade de ser útil Maya, vá lá e pegue as coisas para gente. Eu poderia fazer isso... Mas não quero ser alvo de armadilhas.

     — Como assim armadilhas menina ???

     — Eu só conheço essa parte do labirinto, porque foram meus pais obrigados que construíram isso. Eles foram bruxos de altos níveis e eu herdei o sangue deles. Só que depois de não serem úteis, as bruxas más apenas jogaram nós aqui.

     — Como pode em tão pouca idade, parecer tão madura ?

     — Meus pais me criaram de uma forma completamente diferente do mundo normal, já presenciei muita coisa. Mesmo com meus 8 anos. E o fato de ser bruxa desde sempre ajudou Bastante, com grandes poderes vem grandes responsabilidades.

     — Apenas 8 ??? Não posso acreditar...

     — a propósito me chamo Agnes. Agora prefiro não ser pega, vai você. Qualquer coisa estou aqui. 

Sem exitar, olho para os lados e vou andando pouco a pouco. Tomando o maior cuidado do mundo e quando coloco a mão para pegar os primeiros alimentos. Surge uma mulher do meu lado.

     — Ora, ora... Temos a primeira que conseguiu chegar ao centro do labirinto. Parabéns, passou para uma segunda fase e a última.

     — Do que está falando ? Quem É você ?

     — sou uma das bruxas organizadoras desse divertimento.

     — Pra senhora que não é obrigada a lutar sem poderes.

Percebo então seu olhar me examinando, até que misericórdia.... Seus olhos param fixos em meu braço. Era a marca, era tudo que me faltava agora.

     — veja o que temos aqui senhora suprema. Devo me curvar hahaha_ ela falava com deboche.

Então um barulho e feito e a pequena Agnes vem andando com toda a confiança para nosso lado.

     — Ooooo sua bruxa velha, pode tirando os olhos dela se não quiser morrer. _ eu poderia rir com seu tom, se ela não pudesse morrer ali.

     — Cadê seus pais pestinha ? Eles preferiram morrer do que ter que cuidar de você ???

Vejo que agnes quer ir pra cima dela e de prontidão dou um jeito de segurar aquela menina. Iria protegê-la sem pestanejar.

     — mas que próxima fase é essa ? Nós chegamos até aqui. Acabou. _ falo com a mulher

     — Nada disso, Vocês iram agora para o que chamamos de floresta, a fase definitiva. Teram que sobreviver a ela e chegarem do outro lado. Só quando encontrarem a líder do clã de bruxas negras, seram libertas. Só os melhores estão lá, agora sobrevivam....

E lá vamos nós de novo, entramos em outro portal a força.

~°~°~°~°~°~°~°~°~°~°~°~

Era noite, até agora não encontramos ninguém. Só sabemos o caminho que temos que atravessar e olha.... É longo. É uma floresta fechada, faz barulhos sinistros aqui. A sorte é que Agnes, a menina de OITO ANOS, soube fazer fogo usando só os elementos da natureza. O que me assusta um pouco, ela poderia facilmente me matar quando estivesse dormindo.

     — Ei, Maya... A gente precisa cuidar desse ferimento no seu ombro.

     — Dói tanto, mas com a adrenalina do momento nem estava sentindo. Mas, como fazer ??

     — Tenho uma idéia, porém você não irá gostar_ Agnes diz, tirando a faca da cintura.

     — QUE ISSO MENINA, TÁ DOIDA ????? VOU AMPUTAR MEU BRAÇO NÃO.

     — Não é isso, a gente pode esquentar a faca quente e pressionar encima da ferida... Só que vai ficar uma cicatriz horrível.

Penso, penso e penso muito. Mas, teria que ser feito. Ela então esquenta a faca na fogueira, fico a olhando me tremendo de medo, que aflição sentia de imaginar. Quando então ela chega perto de mim, viro um pouco meu rosto e ela pressiona a faca no meu ombro.

PELA dEUSA DA LUA, KRLH QUE DOR FODIDA ERA AQUELA. O CHEIRO DE QUEIMADO SUBIA NO AR E ME DAVA ÂNSIA, A FUMACINHA QUE CHEGAVA A SUBIR.... EU GRITAVA E ME CONTORCIA.

Quando acaba, Ela colocou umas folhas de alguma planta anestésica que ela encontrou. Alivia e muito, ela se senta novamente ao meu lado.

Pensava o Agnes já teria passado e como ela teria sido criada, para ter estômago para essas coisas. Ela foi privada de sua infância, era para ela estar brincando uma hora dessas e não aqui, sendo mais adulta que eu.

Isso me fazia pensar nos filhos que gostaria de ter, será que Fenrir seria um bom pai ? Agnes me fazia isso, me colocava a pensar como se ela fosse minha filha, afinal é uma criança. Por mais pose de adulta que pareça.

Um tempo depois....

     — Maya ?

     — Oi, minha querida...

     — Se não for pedir demais, você poderia ficar aqui do meu lado para eu dormir ? É que esses barulhos me dão um pouco de medo. Minha mãe falava que não deveria ter medo de nada, mas...

     — Ei, tá tudo bem. Não sairei daqui.

Vou para o lado dela, que deita sua cabeça em meu colo. Faço cafuné em seus cabelos e sinto ela relaxar, estava mais apavorada que ela. Mas, nesse momento ela precisaria de um ponto de conforto e eu seria esse lugar, eu precisava ser.

Cresci sem meus pais e sei como doía lembrar que eles estavam mortos, quantas noites de chuvas mal dormidas com medo de trovões.

Ela adormece em meu colo e fico ali, acordada. Porém, pouco a pouco... Meus olhos vão se fechando com o tempo.

~°~°~°~°~°~°~°~°~°~°~

Acordo a alerta, Agnes ainda está dormindo. Porém acabei de escutar algo, um grito eu acho. Meus sentidos dizem que estou em perigo e eu sei disso. Começo a vê uma névoa vindo, as folhas das plantas murcham e quando levo um pouco meus dedos, queima.

     — AGNES ACORDA, ESTAMOS EM PERIGO.

Sem dar tempo dela pensar direito, sem nem ligar para a dor ainda em meu ombro. Só a pego em meu colo e saiu correndo. Ela era magrinha então para mim, até que conseguia. Quando vou correndo e vendo a névoa vindo, em desespero fugia. Agnes chorava em meu colo. Apenas colocava minha mão em sua cabeça a protegendo.

Vejo um rio, passando e sem pensar apenas pulo nele.

     — prende a respiração.

Assim falo e afundamos, ficamos ali esperando passar. Quase morrendo sem ar embaixo daquela água.

Destinada a ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora