cap 16 // explicação parte 1

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Começo pouco a pouco, me afastar. Estava completamente em choque, lágrimas não paravam de sair do meu rosto. Lembro de como machuquei Fenrir e do que falei a ele. Estava fora de mim.

     — Eu sinto... Muito...

     — Ei, não foi sua culpa

Ele se levanta vindo em minha direção

     — Não se aproxima, por favor. Tenho medo de perder o controle uma terceira vez

     — Pode perder, ainda sim... Estarei aqui da próxima, e da próxima vez. Até que consiga Se controlar.

Ele diz me imprensando na parede, pegando delicadamente minha mão e colocando em seu peito.

     — Com o tempo vai cicatrizar, vai ficar a marca com certeza. Mas, toda vez que eu olhar... Vou lembrar que eu estava com MINHA companheira, quando ela precisou. Vou lembrar, da primeira vez que me senti humano novamente, vulnerável, apaixonado

Quando Fenrir fala isso, meus olhos que já choravam ;Querem soltar mais lágrimas e é nesse momento que ele me beija.

Um beijo casto no começo, algo reconfortante. Algo que me tranquilizou. Quando nos afastamos centímetros, ele me faz uma pergunta

     — Tá melhor, meu amor ?

Há aquele sorrisinho de lado, acabava comigo. Aquele desgraçado, se aproveitando de minha fragilidade. Sabe... Estava muito sensível, vulnerável. Quem em sã consciência, recusaria um beijo daquele homem ?

Ele volta a me beijar, agora seus lábios estavam sedentos de desejo, ele conseguia tirar o meu fôlego. Então Fenrir me pega em seu colo e me coloca em sua cama, a bandeja de café da manhã é jogada ao chão. Um verdadeiro desperdício que na hora não importava para mim. Ele já estava sem camisa e agora eu só de sutiã.

Algo dentro de mim queimava mais forte, ainda mais de quando era humana ou só bruxa. Deve ser a merda da nossa ligação de lobos.

     — Você é linda em todas as formas

Ele diz beijando meus seios, e subindo para o meu pescoço com leves mordidas que ficariam a marca. Quando vejo que o negócio está esquentando de verdade, a porta é aberta.

     — Supremo, está tudo bem ? Escutamos barulh....

Olho para porta, com o Fenrir ainda encima de mim e vejo o homem que sufoquei ontem. MERDA, ESSA PARTE TAMBÉM ERA REAL. ELES ESTÃO VIVOS, ELES MENTIRAM PARA MIM, ME ABANDONARAM.

A mulher que já chamei de mãe, aparece e entra no quarto também. Que olha simplesmente abismada para a cena.

     — SEU CACHORRO SARNENTO, SAIA DE CIMA DA MINHA FILHA AGORA.

Fenrir me dá um beijo, me jogando o lençol e sai de cima de mim. Colocando sua blusa novamente.

     — Deixem ela descansar, sendo pais ou não dela... Ainda sou eu que mando aqui, depois que ela se sentir bem o suficiente, a gente vai conversar todos juntos.

     — Obrigada lobinho_ digo a ele dando uma piscadela.

Antes de fechar a porta, ele dá uma última olhada para mim e diz :

     — isso ainda não acabou, minha suprema_ dando uma piscada e saí.

Fico ali refletindo tudo que aconteceu, o jeito como fazia as pazes com o Fenrir facilmente. Era sempre um jogo, para vê quem caia primeiro na sedução. A cada momento, um perdia. Penso que hoje ia ter um dia muito longo pela frente, uso meus feitiços e faço com que o café da manhã no chão, seja limpo.

Resolvo tomar um banho, deduzo que o MEU lobinho não ligaria se eu pegasse uma blusa sua emprestada. Abro o chuveiro e tomo um banho relaxante, sentindo a água quente em meu corpo que se arrepia com o toque. Fico refletindo ali a situação, lavo meus cabelos. Uso e abuso das coisas de Fenrir, confesso.

Saiu extremamente cheirosa, visto o conjunto de top e shortinho preto que usaria agora para quando voltar loba. Vou no closet do lobinho e pego uma camisa que chega a tampar o short de tão grande. Era preta e estava com o cheiro dele.

Descido descer então as escadas, com a mão no corrimão de madeira. Percorro meus olhos para o sofá da sala e vejo o casal aflito, mas o que me chama atenção era o cheiro maravilhoso que Fenrir tinha, nunca me esqueceria : chocolate derretido, com um ar refrescante de menta.

Quando ele me olha com a sua roupa, vejo seus olhos castanhos. Agora brilhando com seu tom verde esmeralda.

     — Você adora me provocar e sabe, mais bonita que você com minha roupa, é você sem ela. Quando eu te ter em minhas mãos, nunca mais vai querer se afastar de mim.

Com essa declaração quente por pensamento que Fenrir fez, me tremo todinha. Ele me abalou, mas faço a forte e prossigo invicta.

     — Cachorro que muito late, não morde Fenrir_ dou uma leve risadinha quando vejo o mesmo, fechar a cara.

Me sento no sofá ao lado do supremo, o casal no outro.

     — Filha, o que você falou ontem !? Você se matou ? Como pode ?_ a mulher começa

     — Não acredito, que você tem a coragem de me perguntar isso._ falo

     — Você tentou matar seu pai_ o homem que foi sufocado, diz.

     — Ele já está morto, só queria tornar a mentira em uma verdade.

Fenrir então segura minhas mãos e pede para eu explicar tudo. Conto tudo para ele, sobre como meu pai era inconstante na nossa vida, sobre como passei os melhores últimos momentos com meus pais antes do acidente de carro, e da morte deles.

     — COMO PUDERAM FAZER ISSO ? ESPERAVA MAIS DE VOCÊ COMO HOMEM, VOCÊ É MEU BRAÇO DIREITO, MEU ÔMEGA _ Fenrir grita

     — Desculpe supremo, deveria ter lê contado a verdade. Maya, eu tive meus motivos. _ ele diz primeiro para o Alpha e depois para mim

     — pois fale, sou todos ouvidos.

     — Quando me apaixonei pela sua mãe, naquela floresta... Foi a melhor coisa da minha vida, quando nos casamos, quando tivemos você que era nossa princesinha. Mas, sua mãe uma bruxa e eu me tornei líder de uma alcatéia ; Juntou ainda tudo com a profecia e os perigos. Se sua mãe vivesse comigo e as bruxas viessem atacar, matariam facilmente os lobos e consequentemente a você. Eu não poderia ir ficar com sua mãe e abandonar a matilha. Então a gente ficava separados, e eu voltava quando podia para vê vocês. Porém, meu lobo precisava de sua companheira ao seu lado. Consegui convencer sua mãe quando você já estava maior, que seria melhor assim e ela muito relutante, aceitou.

Eu me apoiava em Fenrir, se não fosse ele ali me escorando. Facilmente, eu já teria desabado. A mulher começa a falar...

     — Minha pequena, eu nunca quis esse mundo para você. Esses perigos e tudo que se tornaria, não queria essa dura realidade para você. Pensei que se te mantivesse longe de tudo e todos, conseguiria fazer tê-la uma vida normal. E foi assim, estavas crescendo cheia de luz, forte, independente e seu pai precisava mais de mim naquele momento Maya. Precisava de uma bruxa para defender a alcatéia e de sua companheira. Eu tive que ir, mas eu sempre estive com você. Quando você sentia aquelas presenças na floresta, era eu minha filha. Eu jamais deixaria nada de ruim te tocar naquele lugar, eu daria minha vida por você mil vezes se fosse necessário. Você é a minha rainha, forte, determinada, que adora chá desde criança e tem uma atração por uma certa cachoeira.

Aquilo com certeza, era um soco no estômago para mim ; Algo demais, para eu lidar no momento...

Continua.....

Fiquem com Deus ♥️

Destinada a ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora